Temas diversos. Observar, pensar, sentir, fazer crítica construtiva e refletir sobre tudo que o mundo e a própria vida nos traz - é o meu propósito. Um pequeno espaço para uma visão subjetiva, talvez impregnada de utopia, mas, certamente, repleta de perguntas, questionamentos, dúvidas e buscas, que norteiam a vida de muitas pessoas nos dias de hoje.

As perguntas sobre a existência e a vida humana, sobre a fé, a Bíblia, a religião, a Igreja (sobretudo a Igreja Católica) e sobre a sociedade em que vivemos – me ajudam a buscar uma compreensão melhor desses assuntos, com a qual eu me identifico. Nessa busca, encontrando as melhores interpretações, análises e colocações – faço questão para compartilhá-las com os visitantes desta página.

Dedico este Blog de modo especial a todos os adolescentes e jovens cuja vida está cheia de indagações.
"Navegar em mar aberto, vivendo em graça ou não, inteiramente no poder de Deus..." (Soren Kierkegaard)

domingo, 5 de fevereiro de 2012

“Ouvir” o que Deus nos fala.


O principal elemento do cristianismo, que o distingue das outras religiões – como já foi mostrado anteriormente  – é a revelação Divina, que chega ao seu ponto culminante com Jesus Cristo, Filho de Deus, enviado como Salvador e Redentor da humanidade.  Ele mesmo  disse:  Eu Sou o Caminho, a Verdade e a Vida” (Jo 14, 6).  E ainda: "Na verdade, na verdade vos digo que quem ouve a minha palavra e crê naquele que me enviou, tem a vida eterna;  não entrará em condenação, mas passou da morte para a vida" (Jo 5, 24).

Para os cristãos, portanto, não há dúvida que o Filho é a palavra definitiva do Pai.  Depois dele não haverá outra Revelação. Ele mesmo é a própria Revelação Divina. Esta é a novidade e a força da fé cristã.  Dessa forma Deus  oferece  a  todos nós,  homens e mulheres, uma resposta clara e definitiva às perguntas que fazemos sobre o sentido e o fim da vida humana.  

É óbvio  que o homem  tem o direito – se assim estiver convencido -  de não acreditar e não  ‘ligar’ para esse fato. Tem o direito de pensar e construir outros conceitos  e “doutrinas”, muitas vezes negando Deus e o seu Projeto.  Às vezes ele faz isso, porque entende que assim pode ‘promover’ o homem...!   Às vezes – porque ele mesmo quer ocupar o lugar de Deus...   O homem pode fazer essas coisas.  Pode até se ‘rebaixar’ a um ‘nada’ ou  ficar convencido de que tudo termina com a morte e ponto final.  O homem tem  o direito para pensar e agir desse jeito porque Deus o fez livre. Aliás, o livre arbítrio é uma das características  que o assemelha ao seu Criador.  E quando alguém  defende essas suas teses com sinceridade – devemos aceitar e respeitar.

Porém, para quem acredita em Deus e em seu Filho Jesus Cristo,  ser cristão não é só acreditar, mas também se abrir totalmente para a sua Palavra e querer entender o  seu Projeto, que Ele nos revelou. Não há outra saída para o ser humano: ele deve se posicionar diante de Deus. O homem ou aceita ou rejeita; ou crê ou não crê. 

Isso ficará ainda mais evidente quando  refletirmos  sobre Jesus Cristo: Quem Ele é? Qual é o seu papel? O que Ele pretende? Realmente conhecemos Jesus? O que Ele significa para cada um  de nós?  O homem pode ignorá-lo? ...  São as perguntas muito importantes, porque entendendo quem é Jesus Cristo - a vida toda se transforma!
WCejnog

O texto abaixo endossa ainda mais este assunto:

(8)
 
(...) Quando alguém espera por um telefonema muito importante, vai fazer tudo para ficar atento e ouvir o seu toque. Quando, portanto, Deus infinito se dirige para a sua criação, não pode ser indiferente para ela se e o que Deus lhe fala.  Mesmo a própria possibilidade de Deus poder nos comunicar algo, já deve ser para nós um desafio para investigar se Ele realmente já não fez isso, e tentar entender a sua mensagem.

No momento, porém, quando Deus fala “de fato”, o ser humano se transforma. Ele se torna alguém, a quem o próprio Deus abordou, então precisa ouvir e assumir atitudes adequadas. Pode abrir ou fechar os seus olhos e ouvidas para as palavras e atuações de Deus. O pronunciamento de Deus, no entanto, nunca pode ficar não vinculativo. Até mesmo as respostas da parte do homem não podem depender apenas do próprio reconhecimento. O homem aqui ou acredita, ou fica com a culpa de descuidar algo muito importante (supondo, naturalmente, que ele realmente sabe alguma coisa sobre o fato da Revelação).  E, porque Deus quer transmitir aos homens somente as notícias importantes, este ou aproveita ou desperdiça nesse momento a chance  de saber das coisas mais importantes sobre si mesmo e sobre o mundo. 

Não importa que talvez muitos, que ficam de lado, pensam que sem Deus a sua vida é mais fácil. Cada um dos que realmente acredita em Deus pode lhes mostrar que a fé  traz para ele uma alegria autêntica e enriquece a sua vida.

(KRENZER, F. Taka jest nasza wiara, Paris,  Éditions Du Dialogue, 1981, p.54)*

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*Obs.:Para embasar as minhas pequenas reflexões (simples, diretas e questionadoras) acerca de perguntas que, suponho, perturbam a todos nós, sirvo-me  do  livro do Ferdinand Krenzer- “Morgen wird man wieder Glauben”  e,  usando aqui uma edição desse livro no idioma polonês (Taka jest nasza wiara), faço uma tradução livre (para o português) apontando  alguns trechos, muito bem elaborados pelo autor. É um prazer seguir o seu pensamento.

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