Temas diversos. Observar, pensar, sentir, fazer crítica construtiva e refletir sobre tudo que o mundo e a própria vida nos traz - é o meu propósito. Um pequeno espaço para uma visão subjetiva, talvez impregnada de utopia, mas, certamente, repleta de perguntas, questionamentos, dúvidas e buscas, que norteiam a vida de muitas pessoas nos dias de hoje.

As perguntas sobre a existência e a vida humana, sobre a fé, a Bíblia, a religião, a Igreja (sobretudo a Igreja Católica) e sobre a sociedade em que vivemos – me ajudam a buscar uma compreensão melhor desses assuntos, com a qual eu me identifico. Nessa busca, encontrando as melhores interpretações, análises e colocações – faço questão para compartilhá-las com os visitantes desta página.

Dedico este Blog de modo especial a todos os adolescentes e jovens cuja vida está cheia de indagações.
"Navegar em mar aberto, vivendo em graça ou não, inteiramente no poder de Deus..." (Soren Kierkegaard)

sábado, 30 de março de 2013

“Shalom” para todos!



Páscoa dos Pés Descalços

No chão frio com poeiras do tempo,
há sempre pés descalços que pisam o chão.
Há promessas de compromissos,
 há procura da verdade. 
Há suposições na tarde. 
Há gente comendo bobagem.
Cumprem-se promessas... 
Surgem novas mensagens.
Alguém que aparece do silêncio, 
alguém que sente saudades; 
alguém que está de novo, 
com fome na bagagem.
Todos são sempre bem vindos, 
desde que apareçam por bem. 
A comida é sempre farta; 
mas tem gente que não têm.
Tem gente que passa horas, na fila por uma sardinha. 
Bacalhau é bicho raro, só na casa da vizinha. 
Vizinha não tem pé no chão, usa sapato brilhoso;
 bacalhau e chocolate, não derrama em qualquer estômago.
A vida é este eterno caminhar, descalço... Para muitos. 

(Autora: Mira Ira) 


Radosnych Świąt wielkanocnych!




Wielkanoc

Droga, wierzba sadzona wśród zielonej łąki,
Na której pierwsze jaskry żółcieją i mlecze.
Pośród wierzb po kamieniach wąska struga ciecze,
A pod niebem wysoko śpiewają skowronki.

Wśród tej łąki wilgotnej od porannej rosy,
Droga, ktorą co święto szli ludzie ze śpiewką,
Idzie sobie Pan Jezus, wpółnagi i bosy
Z wielkanocną w przebitej dłoni choragiewką.

Naprzeciw idzie chłopka. Ma kosy złociste,
Łowicka jej spódniczka i piękna zapaska.
Poznała Zbawiciela z świętego obrazka,
Upadła na kolana i krzyknęła: "Chryste!".

Bije głową o ziemię z serdeczną rozpaczą,
A Chrystus się pochylił nad klęczącym ciałem
I rzeknie: "Powiedz ludziom, niech więcej nie płaczą,
Dwa dni leżałem w grobie. I dziś zmartwychwstałem."

(Jan Lechoń)

 

sexta-feira, 29 de março de 2013

“Servo sofredor -Jesus assume as dores e angústias de todos os perseguidos da história...” - Reflexão de Marcel Domergue.



Sexta-Feira Santa. Paixão de Jesus Cristo.

Reflexão publicada no site do Instituto Humanitas Unisinos (IHU), pode servir para meditação neste momento todo especial da Semana Santa. Trago-a também para o blog Indagações.
Não deixe de ler.
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Notícias

Sexta-Feira Santa. Paixão do Senhor 

Qual é o poder deste crucificado? A atração irresistível da Verdade! Verdade que não vem juntar-se a “verdades”, ao que já existe no homem, mas que desvela o que nele, embora oculto, é capaz de torná-lo plenamente humano: o amor, pois amor e verdade se casam. Onipotência de um amor poderoso o bastante para renunciar ao poder e, amorosamente, ir ao encontro da fraqueza.
A reflexão é de Marcel Domergue, sacerdote jesuíta francês, publicada no sítio Croire, comentando as leituras da Sexta-Feira Santa (29 de março de 2013). A tradução é de Francisco O. Lara,
João Bosco Lara e José J. Lara.

Eis o texto 

Referências bíblicas:
1ª leitura: Is 52,13-53,12
Salmo: Sl 30
2ª leitura: Hb 4,14-16.5,7-9
Evangelho: Jo 18,1 a 19,42
“Eis o homem”

A ninguém passam despercebidas as semelhanças que existem entre a profecia do Servo (1ª leitura) e os relatos da Paixão. Os evangelistas tinham, com certeza, Isaías em mente, ao redigirem o texto. Tem-se a impressão de que Jesus segue um modelo pré-fabricado. Os exegetas se perguntam quem seria este Servo sofredor de Is 52-53. Seria Davi perseguido por Saul? Ou Jeremias, o profeta perseguido? Ou o povo de Israel, hostilizado pelos pagãos? É forçoso responder: são estes e muitos outros mais, ou seja, todos os que foram, são e serão um dia levados a bradar “Meu Deus, meu Deus, por que me abandonaste?” (Mc 15,34). Jesus assume as dores e angústias de todos os perseguidos da história, de todos os que sofreram, sofrem e sofrerão por não importa qual motivo.

 “Eis o homem”, diz Pilatos: eis o homem todo e todos os homens! Em Isaías, à vista do estado miserável a que foi reduzido o Servo sofredor, as testemunhas o tomam primeiramente por um pecador castigado por Deus, um “leproso” a ser evitado. Mas, bruscamente (Is 53,4), elas se voltam em outra direção: o que ali vemos, somos nós mesmos! Este homem é a revelação do nosso mal, da nossa desgraça conhecida ou ignorada. Ele carrega o pecado do mundo e forçoso é voltarmos nosso olhar para aquele que trespassamos. Nele se manifestam todas as dimensões de nossa sempre disfarçada perversidade bem como “a largura, a altura e a profundidade do amor” de um Deus que quis ser até este extremo Emanuel, o
“Deus-conosco”.  

Falência da justiça

A Paixão é um processo. A Bíblia está cheia de alusões ao processo que Deus move contra os homens: é o tema do julgamento. Aqui, porém, assistimos ao processo que os homens movem contra Deus. Aliás, um duplo processo: dos judeus (que O conhecem) e dos pagãos (que não sabem onde se encontra a verdade). Os dois inimigos, que materializam na Escritura o imemorial conflito entre homem e homem, participam agora da condenação à morte do Justo. Primeira conivência, primeiro acordo, compartilhamento perverso na injustiça.

Esta primeira cumplicidade reverterá depois, tornando-se aliança no amor entre judeus e não judeus, por obra do Espírito que Jesus “emite” no momento mesmo de sua morte: “paredoken to pneuma” (Jo 19,30). Mas, antes disso, eis que a justiça é escarnecida pelos homens! Jesus prossegue em seu caminho... Renuncia também Ele à justiça: os culpados não serão punidos, mas salvos. Tudo é subvertido pela Paixão de Cristo. E nós ficamos definitivamente isentos do regime da justiça, em virtude da qual poderíamos ser condenados. A Paixão é sentença de absolvição para todos os pecadores!

Da justiça ao amor

Não é possível inventariar tudo o que nos revela a Paixão segundo S. João. No seio mesmo de sua humilhação, Jesus é nela Mestre e Senhor: no Jardim das Oliveiras, os guardas caem por terra ante a revelação de sua identidade (18,6); Ele não julga diretamente o guarda que o esbofeteia, mas convida-o a julgar-se a si próprio (18,23); avalia, pelo contrário, a falta de Pilatos, comparando-a à "de quem o entregou" (19,11). Eis como é exercido o julgamento cujo veredito é sempre de perdão: não se trata de ignorar a culpa, mas, sim, de absolvê-la! Desviar os olhos do que foi trespassado é passar ao largo do perdão. Jesus é Senhor e até mesmo Rei (18,23-38). Ora, todo Rei exerce o poder. Qual é o poder deste crucificado? A atração irresistível da Verdade! Verdade que não vem juntar-se a “verdades”, ao que já existe no homem, mas que desvela o que nele, embora oculto, é capaz de torná-lo plenamente humano: o amor, pois amor e verdade se casam. Onipotência de um amor poderoso o bastante para renunciar ao poder e, amorosamente, ir ao encontro da fraqueza. Retornamos assim ao início do relato de S. João: “Tendo amado os seus que estavam no mundo, amou-os até o fim” (13,1).