Temas diversos. Observar, pensar, sentir, fazer crítica construtiva e refletir sobre tudo que o mundo e a própria vida nos traz - é o meu propósito. Um pequeno espaço para uma visão subjetiva, talvez impregnada de utopia, mas, certamente, repleta de perguntas, questionamentos, dúvidas e buscas, que norteiam a vida de muitas pessoas nos dias de hoje.

As perguntas sobre a existência e a vida humana, sobre a fé, a Bíblia, a religião, a Igreja (sobretudo a Igreja Católica) e sobre a sociedade em que vivemos – me ajudam a buscar uma compreensão melhor desses assuntos, com a qual eu me identifico. Nessa busca, encontrando as melhores interpretações, análises e colocações – faço questão para compartilhá-las com os visitantes desta página.

Dedico este Blog de modo especial a todos os adolescentes e jovens cuja vida está cheia de indagações.
"Navegar em mar aberto, vivendo em graça ou não, inteiramente no poder de Deus..." (Soren Kierkegaard)

sábado, 31 de janeiro de 2015

Um novo ensinamento. – Reflexão de José Antonio Pagola. Muito atual!


“Maravilhavam-se da sua doutrina, porque os ensinava como quem tem autoridade e não como os escribas.” (Mc 1,22)

Abaixo, uma reflexão curta mas bem expressiva e importante, que tem como pano de fundo o texto bíblico MC 1, 21-28  (Jesus ensina na sinagoga e cura um possesso).
É de autoria do padre e teólogo espanhol José Antonio Pagola.
O texto foi publicado na Internet, na página do autor).
Vale a pena ler e meditar!
WCejnog


Um novo ensinamento
28 de janeiro de 2015.
José Antonio Pagola

O episódio é surpreendente e preocupante. Tudo acontece na "sinagoga", onde é oficialmente ensinada a lei, tal como é interpretada pelos professores autorizados. Isso acontece em "Sabbath", o dia em que judeus praticantes se reúnem para ouvir o comentário de seus líderes. É neste contexto que Jesus começou a "ensinar".

Nada é dito sobre o conteúdo de suas palavras. Não é isso que nos interessa aqui, mas o impacto que causou a sua intervenção. Jesus provoca espanto e admiração. Pessoas captam-lhe algo especial que não encontram em seus mestres religiosos: Jesus "não ensina como os escribas, mas com autoridade."

Os professores autorizados ensinam em nome da instituição. Aderir a tradições. Citam uma e outra vez mestres ilustres do passado. Sua autoridade vem de seu papel de interpretar oficialmente a lei. A autoridade de Jesus é diferente. Não é da instituição. Não é baseada na tradição. Tem uma outra fonte. Ela está cheia da presença do Espírito de Deus.

Eles serão capazes de perceber isso de imediato. Inesperadamente, um possesso inquieto interrompeu seu ensino. Ele não pode suportar. Ele está apavorado. Grita: "Você veio para nos destruir?" O homem se sentiu bem em ouvir o ensinamento dos escribas. Agora ele se sente ameaçado.

Jesus não veio para destruir ninguém. Na verdade a sua "autoridade" é dar a vida para as pessoas. Seu ensino humaniza e livra da escravidão. Suas palavras convidam para confiar em Deus. Sua mensagem é a melhor notícia que homem atormentado interiormente possa ouvir. Quando Jesus cura, as pessoas exclamam: "Eis um ensinamento novo, e feito com autoridade.”

Pesquisas indicam que a palavra da Igreja está a perder autoridade e credibilidade. Ela não é mais o suficiente para falar com autoridade e anunciar a Boa Nova de Deus. Não basta transmitir adequadamente a tradição afim de abrir os corações para a alegria da fé. O que nós precisamos urgentemente é de um novo ensinamento.

Nós não estamos para "escrever", mas para ser discípulos de Jesus. Temos que comunicar a sua mensagem, e não as nossas tradições. Temos que falar da cura para a vida humana, e não doutrinar as mentes. Nós temos que anunciar o Espírito de Deus, e não nossas teologias.

Fonte: www.facebook.com


quinta-feira, 29 de janeiro de 2015

Sobre trotes violentos nas Universidades. - A análise do sociólogo Antônio Almeida. Até quando isso vai ser tolerado?



O mês de janeiro está terminando e logo começará o ano letivo (no Brasil o ano escolar começa em fevereiro e termina em dezembro). Como todos os anos, novamente veremos na nossa cidade dezenas e dezenas de calouros – rapazes e moças, jovens estudantes que conseguiram ingressar para a Universidade Federal, ou para outras Instituições de Ensino Superior – vagando pelas ruas, praças e galerias pedindo moedas, ostentando um visual horroroso de nojentos e humilhados, mas supostamente felizes...
O que pensar sobre isso?

Sabe-se que existem muitas opiniões a respeito do trote universitário: existem pessoas que apoiam, pessoas que não gostam, mas toleram, outras não sabem opinar, e há também aquelas que se colocam radicalmente contra esse costume e principalmente contra as práticas (muitas vezes violentas) que derivam dele.

Eu, particularmente, sempre considerei o trote universitário um verdadeiro absurdo. Acho que esse costume não se justifica com absolutamente nada. É idiotice pura!  Não combina com a inteligência do ser humano. Deveria ser categoricamente proibido em todas as Instituições de Ensino Superior  e em qualquer outro lugar público. Essa é a minha opinião.

E para abordar a questão dos trotes universitários no Brasil com mais clareza e muita competência, trago hoje para o blog Indagações-Zapytania uma análise bem concreta e esclarecedora, do sociólogo Antônio Almeida. As suas observações e conclusões denunciam não só alguns casos concretos de trotes violentos, mas servem para questionar profundamente a própria existência e a falta de sentido desses costumes e rituais imbecís. 

A matéria foi publicada na RBA (Rede Brasil Atual) em novembro de 2014,  e também, postriormente, no site do Instituto Humanitas Unisinos (IHU).
(As fotografias foram coletadas da Internet).

Realmente, vale a pena ler e refletir sobre essa questão!


WCejnóg


IHU - NOTÍCIAS

Para o sociólogo Antônio Almeida, a cultura de trotes violentos em universidades colabora para uma 'formação social muito distorcida'. Ele destaca importância de denúncia feita por estudantes na Assembleia Legislativa de SP.
A reportagem é publicada por Rede Brasil Atual - RBA, 20-11-2014.








A reportagem

A denúncia coletiva de estudantes vítimas de estupro e violência sofridos em festas na Faculdade de Medicina da USP feita na Comissão de Direitos Humanos da Assembleia Legislativa de São Paulo, na semana passada, foi muito importante, considerando a dificuldade de se tornarem públicas ocorrências desse tipo. A análise é do sociólogo Antônio Almeida.

Para ele, o caso não é um incidente isolado, um excesso ou uma fatalidade. "Fatos desse tipo ocorrem sistematicamente dentro do ambiente universitário", afirmou Almeida, acrescentando que trotes violentos ocorrem de forma sistemática não só na Medicina da USP, como na Geociências da mesma universidade, na Escola Superior de Agricultura Luis de Queiroz (Esalq USP), na Faculdade de Medicina de Sorocaba e em escolas militares, como o Instituto Tecnológico de Aeronáutica (ITA).

“É um grupo que consegue de alguma forma interferir no rumo da instituição. Às vezes até controlando a diretoria, ou outras comissões importantes, tentando estabelecer a pauta dessa instituição. E pra obter esse controle da instituição esse grupo não tem o menor escrúpulo em usar violência", revelou o professor em entrevista à Rádio Brasil Atual.

"Em alguns casos a gente poderia até falar que são quadrilhas mesmo, organizadas, e que deveriam ser tratadas dessa forma pela lei. Tem situações que quem de fato comanda o grupo trotista são professores, dirigentes, diretores, reitores, às vezes pessoas do mercado de trabalho, ex-alunos”, completou.

O professor do Departamento de Economia, Administração e Sociologia da Esalq screveu três livros sobre trote, Universidade, preconceito e trote; Trote na Esalq; e Anatomia do Trote Universitário; além do projeto de pós-doutorado Trote Universitário e a Mídia. Ele explica que o grupo trotista tem uma disciplina rígida. No primeiro ano, o aluno que recebe o trote tem de se calar. Se não ficar em silêncio é expulso do grupo.

“Esse silêncio é o mesmo das organizações mafiosas, que depois vai acobertar todas as práticas ilegais, indecentes, criminosas até desses grupos. Esse aluno que está lá no pedágio é um soldado raso de uma hierarquia que tem general. Às vezes, esse general é um docente da universidade, um diretor, o ministro da Agricultura ou o ministro da Saúde.”

Há muito dinheiro envolvido nos trotes e festas. A universidade, de alguma forma, acaba patrocinando esses grupos, informa Almeida, que é professor da Esalq. Eles recebem apoio institucional na forma de verba, de participação e comissões em coisas que na verdade não deveriam participar.

“Eu acho muito grave. É uma das coisas mais graves na educação brasileira. As pessoas querem afirmar que o trote é uma brincadeira, uma forma de recepção, que o trote integra as pessoas na universidade. Isso é uma mentira. O trote divide os alunos do campus, causa muitas perdas, alunos que deixam a universidade ou que ficam com ferimentos pro resto da vida, ou pior ainda, que ficam dentro dessa mentalidade superpreconceituosa do trote.”

A cultura de violência dos grupos trotistas é baseada na impunidade. É a cultura do abuso. "São práticas cotidianas consideradas normais", avalia o professor. “Teve um caso aqui na Esalq em que uma menina foi estuprada por oito rapazes. Depois de ter sido estuprada ela recebeu o apelido de 'pizza', porque 'dá pra oito'."

Segundo o sociólogo, não são todos, mas muitos que provocam a violência nos trotes e festas são de classes mais abastadas, praticam atos violentos como forma de exercício de poder. No primeiro ano, o aluno recebe o trote, no segundo, é obrigado a dar o trote, se não der é desligado do grupo. “É um treinamento na opressão, é um currículo oculto na formação de opressores. O trote é um núcleo de uma formação social muito distorcida que está instalado dentro da universidade, e a universidade precisa coibir isso, educar, desmontar esse tipo de comportamento e não estimular.

Almeida também cita como exemplo o caso da Esalq, que trabalha com questões ambientais e agrícolas. “O Brasil é o país que mais consome agrotóxicos no mundo. E em uma das principais escolas de agricultura do país, a agroecologia e as preocupações ambientais não são colocadas no currículo. O que está em jogo aí é a concepção de agricultura, de medicina, de psicologia, de engenharia. A gente está lutando pra ter uma sociedade mais igualitária, mais justa, mais transparente, mais democrática, e a universidade tem que dar a sua contribuição", concluiu.

Relatório

A USP vai apresentar na quarta-feira (26/nov/14) relatório sobre os casos. A informação é do professor de clínica médica geral Mílton de Arruda Martins, que preside uma comissão que averigua as denúncias de estudantes. “A nossa comissão fez um relatório que vai ser encaminhado à congregação da faculdade, que é o órgão máximo. A ideia é que a faculdade vai reconhecer a existência de todos os problemas, não vamos esconder nada”, disse o professor ontem (19/nov/14), após ser ouvido no Ministério Público Estadual. A reunião da congregação da faculdade será fechada. No entanto, segundo professor, os dados apresentados serão divulgados.


segunda-feira, 26 de janeiro de 2015

A política é: matar pobres todos os dias e de todas as formas. – Artigo de Gizele Martins. Assunto importante!



Para a maioria da sociedade brasileira a imagem da vida real nas favelas de grandes cidades só é conhecida através dos jornais e da TV, ou pelas imagens passadas em algumas novelas,   minisséries e filmes.  Mas, para aqueles que moram lá, muitas vezes a realidade é bem diferente. Sobretudo, quando se trata de grandes favelas das maiores cidades como Rio de Janeiro, São Paulo e Belo Horizote. A pobreza, o tráfico de drogas, as dificuldades de sobrevivência marcam  duramente a vida de muitas pessoas que vivem nessas comunidades. 

Nos últimos anos, em função do Mundial de Futebol – Copa Brasil 2014, o poder público executou várias “políticas pacificadoras” em diversas favelas para garantir a realização e a segurança do evento. Em muitas delas foram implantadas Unidades de Polícia Pacificadora (UPP), cuja relação com as comunidades nem sempre  é tão pacífica. Algumas áreas mais estratégicas foram ‘desocupadas’. Oficialmente essas medidas foram muito pouco divulgadas. Deixaram estragos e causaram outros problemas humanitários que necessitarão de soluções. Ademais, em vista temos um outro evento mundial – as Olimpíadas de 2016, a serem realizadas no  Rio de Janeiro.

Para entender um pouco melhor dessa situação, e sobretudo do drama das comunidades das favelas, trago hoje para o blog Indagações-Zapytania o artigo da jornalista Gizele Martins. Foi publicado no Canal Ibase no dia 13/01/2015.
Não deixe de ler!
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Canal Ibase
NOTÍCIAS
CIDADES E TERRITÓRIOS
13/01/2015

A política é: matar pobres todos os dias

Por Gizele Martins*

Publicado originalmente na revista  Vírus Planetário





Ocupação do exército na Maré.
Uma história de violações.
FOTO: Tomaz Silva/ABr



Já não é mais possível militar na favela como antes, fazer comunicação comunitária hoje é quase um suicídio, mas o que esperar desse Estado que recebe com grande alegria uma Copa do Mundo a troco de tudo, a troco de grandes remoções, extermínio de pobres, negros e nordestinos no lugar de muita grana e grandes negociações nacionais e internacionais?

São inúmeras famílias destruídas, são inúmeras famílias despejadas. A criminalização da pobreza é histórica. Tá todo mundo vendo, a UPP, desde o seu projeto já era falido, era só mais uma forma de criminalização da pobreza. É e sempre foi questionável este projeto de matar pobre. Como um Estado acha que resolver o “problema da favela”, segundo a lógica deles, deve ser por meio de uma policia racista, suja e que serve e sempre serviu aos ricos, aos grandes empresários e ao Estado?

A UPP é e sempre foi uma política racista, afinal, é um projeto de Estado. Este ano, num debate com representantes do governo, questionaram a ausência da presença de moradores de favelas em projetos levados pelas UPPs, respondi que ninguém é burro, que conhecemos esta política desde que nascemos, desde que favela é favela e que se queriam um debate decente, que discutíamos ali a desmilitarização da polícia e o fim do Estado que nos mata. Me ignoraram, claro!

Rio de Janeiro, 02/07/2013 – Movimentos sociais protestam, em frente à favela Nova Holanda, no Complexo da Maré, e na Avenida Brasil, contra ação da tropa do Bope na comunidade em junho, que resultou na morte de 10 pessoas. Foto de Tomaz Silva/Abr

É fácil ignorar quando se quer manter o emprego num alto cargo governamental e quando não se mora num bairro pobre ou na favela. Ontem, quando mais uma vez eu tentava sair de casa, houve mais um tiroteio na minha rua, um dos moradores gritava para eu não passar, pois tudo podia acontecer, já que o Exército apontava o seu armamento pesado em todas as direções. O morador dizia: “Já não temos o direito de ir e vir, era uma vez a Paz”.

É fato que nunca tivemos a tal paz, mas está cada dia mais difícil sobreviver neste território chamado Favela. E quando se fala que a política é matar pobre todos os dias e de todas as formas, é porque não só o tanque de guerra incomoda ou os tiroteios constantes, mas o altos preços nos aluguéis, vendas de casas, luz, água, remoções, despejos, fim da cultura popular, pedir permissão para fazer um churrasco na rua, ter soldados em torno de festas populares, por acharem que um bando de pobre junto é muito perigoso, são tantas coisas, tantas mudanças, tantas, até a comida está cara. Quem ganha salário mínimo, ou não tem nada, reaparece “morando” nas calçadas ou nos grandes galpões abandonados. Ou seja, daqui a alguns anos, se não for por nossa resistência diária, sabe-se lá se continuará existindo este território chamado favela, acho que não, pelos menos perto dos grandes centros urbanos não existirão mais.
Seguimos lutando, a Favela, resiste!

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*Gizele Martins é jornalista, editora do jornal O Cidadão da Maré e membro do Conselho Editorial da Vírus Planetário

Fonte: Canal Ibase

sábado, 24 de janeiro de 2015

Ir atrás de Jesus. – Reflexão de José Antonio Pagola. Muito atual!


E disse Jesus: "Sigam-me, e eu os farei pescadores de homens". No mesmo instante eles deixaram as suas redes e o seguiram. (Mc 1, 17-18)

Abaixo, uma excelente reflexão, muito atual,  sobre o texto Mc 1, 14-20 (Jesus chama os primeiros discípulos). É de autoria do padre e teólogo espanhol José Antonio Pagola.
O texto foi publicado no site do Instituto Humanitas Unisinos (IHU).
Vale a pena ler!
WCejnog
  


IHU - Notícias
Sexta, 23 de janeiro de 2015

Ir atrás de Jesus

A leitura que a Igreja propõe neste domingo é o Evangelho de Jesus Cristo segundo Marcos 1, 14-20 que corresponde ao 3º Domingo do Tempo Comum, ciclo B do Ano Litúrgico. O teólogo espanhol José Antonio Pagola comenta o texto.

Eis o texto

Quando João Batista foi detido, Jesus veio para a Galileia e começou a «proclamar a Boa Nova de Deus». Segundo Marcos, não ensina propriamente uma doutrina para que os Seus discípulos a aprendam e difundam corretamente. Jesus anuncia um acontecimento que está já a ocorrer. Ele já o está a viver e quer partilhar a Sua experiência com todos.

Marcos resume assim Sua mensagem: «Cumpriu-se o tempo»: já não tem de se olhar para atrás. «Está próximo o reino de Deus»: pois quer construir um mundo mais humano.  «Convertei-vos»:  não podeis continuar como se nada estivesse acontecendomudai a vossa forma de pensar e de atuar.  «Acreditai nesta Boa Nova». Este projeto de Deus é a melhor notícia que podeis escutar.

Depois deste solene resumo, a primeira atuação de Jesus é procurar colaboradores para levar adiante o Seu projeto. Jesus «passa junto ao lago da Galileia». Começou o Seu caminho. É um profeta itinerante que procura seguidores para fazer com eles um percurso apaixonante: viver abrindo caminhos ao reino de Deus. Não é um rabi sentado na Sua cátedra, que procura alunos para formar uma escola religiosa. Ser cristão não é aprender doutrinas, mas seguir Jesus no Seu projeto de vida.

Quem toma a iniciativa é sempre Jesus. Aproxima-se, fixa o Seu olhar naqueles quatro pescadores e chama-os a dar uma orientação nova às suas vidas. Sem sua intervenção, não nasce nunca um verdadeiro cristão. Os crentes, temos de viver com mais fé a presença viva de Cristo e o Seu olhar sobre cada um de nós. Se não é Ele, quem pode dar uma nova orientação às nossas vidas?

Mas o mais decisivo é escutar de dentro da Sua Chamada: «Vinde atrás de mim». Não é tarefa para um dia. Escutar esta chamada significa despertar a confiança em Jesus, reavivar a nossa adesão pessoal a Ele, ter fé no Seu projeto, identificar-nos com o Seu programa, reproduzir em nós as Suas atitudes ... e, desta forma, ganhar mais pessoas para o Seu projeto.

Este poderia ser hoje um bom lema para uma comunidade cristã: Ir atrás de Jesus. Colocá-Lo à frente de todos. Recordá-Lo cada domingo como o líder que vai à frente de nós. Gerar uma nova dinâmica. Centrar tudo em seguir mais próximo de Jesus Cristo. As nossas comunidades cristãs transformar-se-iam. A Igreja seria diferente.