Temas diversos. Observar, pensar, sentir, fazer crítica construtiva e refletir sobre tudo que o mundo e a própria vida nos traz - é o meu propósito. Um pequeno espaço para uma visão subjetiva, talvez impregnada de utopia, mas, certamente, repleta de perguntas, questionamentos, dúvidas e buscas, que norteiam a vida de muitas pessoas nos dias de hoje.

As perguntas sobre a existência e a vida humana, sobre a fé, a Bíblia, a religião, a Igreja (sobretudo a Igreja Católica) e sobre a sociedade em que vivemos – me ajudam a buscar uma compreensão melhor desses assuntos, com a qual eu me identifico. Nessa busca, encontrando as melhores interpretações, análises e colocações – faço questão para compartilhá-las com os visitantes desta página.

Dedico este Blog de modo especial a todos os adolescentes e jovens cuja vida está cheia de indagações.
"Navegar em mar aberto, vivendo em graça ou não, inteiramente no poder de Deus..." (Soren Kierkegaard)

sábado, 13 de junho de 2020

“Cada domingo”. – Reflexão de José Antonio Pagola. Muito boa!


“Naquele tempo, ao ver as multidões, Jesus sentiu imensa pena, porque andavam desorientadas e perdidas como ovelhas sem pastor. Disse então aos discípulos: "Há uma colheita abundante, mas os trabalhadores são poucos. Peçam ao dono da seara que mande mais gente para fazer a colheita." (Mt 9, 36-38)

Abaixo, uma reflexão muito concreta e bem atual, que tem como pano de fundo o texto bíblico Mt 9,36-10,8 (Jesus chama e envia em missão os seus seguidores). É de autoria do padre e teólogo espanhol José Antonio Pagola. Foi publicada na no site do Instituto Humanitas Unisinos (IHU).

Mesmo impossibilitados de participar de celebrações eucarísticas neste tempo de pandemia do coronavirus COVID-19; aguardando com paciência e esperança pela volta de ‘tempo normal’ e dias mais seguros para todos, podemos aproveitar alguns momentos que temos hoje para transformá-los em reflexão e meditação. Certamente isso faz bem para o espírito.

Não deixe de ler!

WCejnóg


IHU – ADITAL

12 Junho 2020

A leitura que a Igreja propõe neste domingo é o Evangelho de Mateus capítulo 9,36-10,8 que corresponde ao 11° Domingo do ciclo A do Ano Litúrgico.

O teólogo espanhol José Antonio Pagola comenta o texto do Evangelho segundo João capítulo 6, 51-58, que corresponde à Festa do Corpo e Sangue de Cristo.

Eis o texto.

Para celebrar a Eucaristia dominical, não basta seguir as normas prescritas ou pronunciar as palavras obrigatórias. Não basta, tampouco, cantar, abençoar-nos ou darmos a paz no momento adequado. É muito fácil assistir à missa e não celebrar nada no coração; ouvir as leituras correspondentes e não escutar a voz de Deus; comungar piedosamente sem comungar Cristo; darmos a paz sem nos reconciliarmos com ninguém. Como viver a missa do domingo como uma experiência que renova e fortalece a nossa fé?

Para começar, temos de escutar com atenção e alegria a Palavra de Deus, e em concreto o evangelho de Jesus. Durante a semana, vimos a televisão, ouvimos a rádio e lemos a imprensa. Vivemos confundidos por todos os tipos de mensagens, vozes, notícias, informações e publicidade. Precisamos escutar outra voz diferente que nos cure por dentro.

É um respiro escutar as palavras diretas e simples de Jesus. Trazem verdade à nossa vida. Libertam-nos de enganos, medos e egoísmos que nos fazem mal. Ensinam-nos a viver com mais simplicidade e dignidade, com mais sentido e esperança. É uma sorte fazer o percurso da vida guiados, cada domingo, pela luz do evangelho.

A oração eucarística constitui o momento central. Não podemos distrair-nos. «Levantamos o coração» para dar graças a Deus. É bom, é justo e necessário agradecer a Deus pela vida, por toda a criação e pelo presente que é Jesus Cristo. A vida não é apenas trabalho, esforço e agitação. É também celebração, ação de graças e louvor a Deus. É bom reunir-nos cada domingo para sentir a vida como um presente e dar graças ao Criador.

A comunhão com Cristo é decisiva. É o momento de acolher Jesus na nossa vida para experimentá-lo em nós, para nos identificarmos com Ele e trabalhar, confortar e fortalecer pelo seu Espírito. Tudo isto não vivemos encerrados no nosso pequeno mundo. Cantamos juntos o Pai Nosso sentindo-nos irmãos de todos. Pedimos que a ninguém falte o pão nem o perdão. Damos a paz e procuramos para todos.

Fonte: IHU – Comentário do Evangelho

 

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