Temas diversos. Observar, pensar, sentir, fazer crítica construtiva e refletir sobre tudo que o mundo e a própria vida nos traz - é o meu propósito. Um pequeno espaço para uma visão subjetiva, talvez impregnada de utopia, mas, certamente, repleta de perguntas, questionamentos, dúvidas e buscas, que norteiam a vida de muitas pessoas nos dias de hoje.

As perguntas sobre a existência e a vida humana, sobre a fé, a Bíblia, a religião, a Igreja (sobretudo a Igreja Católica) e sobre a sociedade em que vivemos – me ajudam a buscar uma compreensão melhor desses assuntos, com a qual eu me identifico. Nessa busca, encontrando as melhores interpretações, análises e colocações – faço questão para compartilhá-las com os visitantes desta página.

Dedico este Blog de modo especial a todos os adolescentes e jovens cuja vida está cheia de indagações.
"Navegar em mar aberto, vivendo em graça ou não, inteiramente no poder de Deus..." (Soren Kierkegaard)

sexta-feira, 10 de setembro de 2021

“O que alguns dizem hoje” – Reflexão de José Antonio Pagola.Muito atual!

"E vocês?", perguntou ele. "Quem vocês dizem que eu sou?" (Mc 7,29)

Abaixo temos uma boa reflexão, muito atual, que tem como pano de fundo o texto bíblico Mc 8,27-35 (Tu és o Messias). É de autoria do padre e teólogo espanhol José Antonio Pagola.

O texto foi publicado na no site do Instituto Humanitas Unisinos (IHU).

Vale a pena ler!

WCejnóg

IHU – ADITAL

10 Setembro 2021

A leitura que a Igreja propõe neste domingo é o Evangelho de Marcos 8,27-35, que corresponde ao 24º domingo do Tempo Comum, ciclo B, do Ano Litúrgico. O teólogo espanhol José Antonio Pagola comenta o texto. 

O que alguns dizem hoje


Também no novo milênio continua a ressoar a pergunta de Jesus: «E vós, quem dizes que sou?». Não é para levar a cabo uma sondagem de opinião. É uma pergunta que coloca cada um de nós a um nível mais profundo: quem é hoje Cristo para mim? Que sentido tem realmente na minha vida? As respostas podem ser muito diversas:

«Não me interessa. Assim simplesmente. Não me diz nada; não conto com ele. Sei que há alguns a quem ainda interessa; eu interesso-me por coisas mais práticas e imediatas». Cristo desapareceu do horizonte real dessas pessoas.

«Não tenho tempo para isso. Já faço bastante ao enfrentar-me com os problemas de cada dia; vivo ocupado, com pouco tempo e humor para pensar em muito mais». Nestas pessoas não há lugar para Cristo. Não chegam a suspeitar do estímulo e da força que Ele poderia trazer às suas vidas.

«Acho muito exigente. Não quero complicar a minha vida. É-me desconfortável pensar em Cristo. E, além disso, vem tudo isso de evitar o pecado, exigindo uma vida virtuosa, as práticas religiosas. É demasiado». Estas pessoas desconhecem Cristo; não sabem que poderiam introduzir uma nova liberdade na sua existência.

«Sinto-o muito longe. Tudo o que se refere a Deus e à religião me parece teórico e distante; são coisas de que não se pode saber nada com certeza. Além disso, o que posso fazer para conhecê-lo melhor e entender como vão as coisas?». Estas pessoas precisam encontrar um caminho que as leve a uma adesão mais viva com Cristo.

Esses tipos de reações não são algo «inventado»: já as ouvi eu próprio em mais de uma ocasião. Também conheço respostas aparentemente mais firmes: «Sou agnóstico»; «Adoto sempre posições progressistas»; «Só acredito na ciência». Estas afirmações resultam, para mim, inevitavelmente artificiais, quando não são o resultado de uma busca pessoal e sincera.

Jesus continua a ser um desconhecido. Muitos já não conseguem intuir o que é entender e viver a vida a partir Dele. Entretanto, o que nós seguidores estamos fazendo? Falamos a alguém de Jesus? Tornamo-lo credível com as nossas vidas? Deixamos de ser suas testemunhas?

Fonte: IHU – Comentário do Evangelho

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