“No caminho, ele lhes perguntou: Quem o povo diz que eu sou? Eles responderam: Alguns dizem que és João Batista; outros, Elias; e, ainda outros, um dos profetas. E vocês, perguntou ele, quem vocês dizem que eu sou? Pedro respondeu: Tu és o Cristo”. (Mc 8, 27-29)
Hoje temos uma ótima reflexão, baseada no texto bíblico Marcos 8,27-35 (Como seguir Jesus). É de autoria do padre e teólogo espanhol José Antonio Pagola.
O texto foi publicado pelo autor na sua página no Facebook.
Vale a pena ler!
WCejnóg
Por José Antonio Pagola
11 de setembro de 2024
O QUE JESUS PODE NOS DAR?
"Quem decidi para eu ser como sou?" Não sei exatamente como os cristãos de hoje responderão a esta pergunta sobre Jesus, mas talvez possamos intuir um pouco como pode ser para nós nestes momentos se conseguirmos encontrá-lo com mais profundidade e verdade.
Jesus pode ajudar-nos, antes de tudo, a conhecer-nos melhor. O seu evangelho faz-nos pensar e obriga-nos a colocarmos as questões mais importantes e decisivas da vida. O seu modo de sentir e de viver a existência, o seu modo de reagir ao sofrimento humano, a sua confiança indestrutível num Deus amigo da vida é o melhor que a história humana deu.
Acima de tudo, Jesus pode nos ensinar um novo estilo de vida. Quem dele se aproxima não é tanto atraído por uma nova doutrina, mas convidado a viver de uma forma diferente, mais enraizada na verdade e com um horizonte mais digno e esperançoso.
Jesus também pode libertar-nos de formas pouco saudáveis de viver a religião: fanatismo cego, desvios legalistas, medos egoístas. Pode, sobretudo, introduzir na nossa vida algo tão importante como a alegria de viver, o olhar compassivo para com as pessoas, a criatividade de quem vive amando.
Jesus pode nos redimir das imagens doentias de Deus que carregamos sem medir os efeitos nocivos que elas têm sobre nós. Pode ensinar-nos a experimentar Deus como presença próxima e amiga, fonte inesgotável de vida e de ternura. Deixar-nos guiar por Ele nos levará ao encontro de um Deus diferente, maior e mais humano que todas as nossas teorias.
Sim, de fato. Para encontrar Jesus num nível realmente autêntico, devemos ousar sair da inércia e da imobilidade, recuperar a liberdade interior e estar dispostos a “nascer de novo”, deixando para trás a observância rotineira e enfadonha de uma religião convencional.
Sei que Jesus pode ser o curador e libertador de muitas pessoas que vivem presas pela indiferença, distraídas pela vida moderna, paralisadas por uma religião vazia ou seduzidas pelo bem-estar material, mas sem caminho, sem verdade e sem vida.
24 Tempo Comum – B
(Marcos 8,27-35)
15 de setembro
José Antonio Pagola
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Fonte: Facebook
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