Temas diversos. Observar, pensar, sentir, fazer crítica construtiva e refletir sobre tudo que o mundo e a própria vida nos traz - é o meu propósito. Um pequeno espaço para uma visão subjetiva, talvez impregnada de utopia, mas, certamente, repleta de perguntas, questionamentos, dúvidas e buscas, que norteiam a vida de muitas pessoas nos dias de hoje.

As perguntas sobre a existência e a vida humana, sobre a fé, a Bíblia, a religião, a Igreja (sobretudo a Igreja Católica) e sobre a sociedade em que vivemos – me ajudam a buscar uma compreensão melhor desses assuntos, com a qual eu me identifico. Nessa busca, encontrando as melhores interpretações, análises e colocações – faço questão para compartilhá-las com os visitantes desta página.

Dedico este Blog de modo especial a todos os adolescentes e jovens cuja vida está cheia de indagações.
"Navegar em mar aberto, vivendo em graça ou não, inteiramente no poder de Deus..." (Soren Kierkegaard)

sábado, 21 de junho de 2025

“Compartilhar o nosso com os necessitados”. – Reflexão de José Antonio Pagola.

 

“Mas ele lhes disse: Dai-lhes vós de comer”. (Lc 9,13)

Hoje temos uma ótima reflexão, que tem como a base o texto bíblico Lc 9,11b-17  (Jesus sacia a fome da multidão). É de autoria do padre e teólogo espanhol José Antonio Pagola.

O texto foi publicado pelo autor na sua página no Facebook.

Vale a pena ler!

WCejnóg

Por José Antonio Pagola

19 Junho 2025

Compartilhar o nosso com os necessitados

Havia dois problemas mais angustiantes nas aldeias da Galileia: fome e divisão. Era o que mais fazia Jesus sofrer. Quando seus discípulos lhe pediram que os ensinasse a orar, Jesus aponta para dois pedidos: “Pai, dá-nos o pão necessário”; “Pai, perdoa-nos as nossas dívidas, assim como nós perdoamos aos nossos devedores.”

O que poderíam fazer contra as forças que os estavam destruindo e contra as divisões que os estavam fazendo sofrer? Jesus viu claramente a vontade de Deus: compartilhar o pouco que tínham e perdoar as dívidas mutuamente. Assim, um novo mundo nasce.  

Fontes cristãs mantêm a memória de uma refeição memorial com Jesus. Foi para o acampamento e muitas pessoas participaram. É difícil reconstruir o que aconteceu. A memória que ficou foi esta: entre as pessoas colheram apenas "cinco pães e dois peixes", mas partilharam o pouco que tinham e, com a bênção de Jesus, todos puderam comer.

No início da história, há um diálogo muito esclarecedor. Vendo que as pessoas estão como fome, os discípulos propõem uma solução mais confortável e menos comprometedora: "Que essa gente vá às aldeias e compre o que comer"; Que cada um resolva os seus problemas da melhor forma possível. Jesus responde chamando-os à responsabilidade; «Dai-lhes vós de comer»; Não deixeis as famílias abandonadas à sua sorte.

Devemos fazer como pede Jesus. Vivemos à beira do mar para as famílias do mundo e não podemos perder a nossa identidade cristã; não podemos ser infiéis a Jesus; a nossa recitação eucarística não  pode carecer da sua sensibilidade e do seu horizonte. Então, como uma religião como a nossa deve ser um movimento de seguidores mais fiéis a Jesus?

Em primeiro lugar, não devemos perder a nossa perspectiva fundamental: que tenhamos cada vez mais uma grande empatia por aqueles que nós não conhecemos; por aqueles que sofrem e estão privados de paz e dignidade. Em segundo lugar, que nos empenhemos em pequenas iniciativas, concretas, modestas, parciais, que nos ensinem a partilhar e a identificar-nos mais com o estilo de Jesus.

Santíssimo Corpo e Sangue de Cristo – C

(Lucas 9,11b-17)

22 de junho

Fonte: Facebook

 

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