“Viver atentos aos irmãos necessitados”. – Reflexão de José Antonio Pagola.

"Qual, pois, destes três te parece que foi o próximo daquele que caiu nas mãos dos salteadores? E ele disse: O que usou de misericórdia para com ele. Disse, pois, Jesus: Vai, e faze da mesma maneira”. (Lc 10,36-37)

 

Hoje temos uma ótima reflexão, baseada no texto bíblico Lucas 10,25-37 (Parábola do bom samaritano). É de autoria do padre e teólogo espanhol José Antonio Pagola.

O texto foi publicado pelo autor na sua página no Facebook.

Vale a pena ler!

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Por José Antonio Pagola

09 Julho 2025

VIVER ATENTOS AOS IRMÃOS NECESSITADOS

Não é preciso uma análise profunda para descobrir as atitudes de autodefesa, desconfiança e evitação que adotamos diante de pessoas que podem perturbar nossa paz de espírito. Quantos desvios tomamos para evitar aqueles que nos incomodam ou podem nos incomodar. Como nos apressamos para evitar aqueles que nos sobrecarregam com seus problemas, tristezas e decepções.

É como se vivêssemos em constante estado de guarda contra qualquer pessoa que possa ameaçar nossa felicidade. E quando não conseguimos encontrar uma maneira melhor de justificar nossa fuga de pessoas que precisam de nós, podemos sempre recorrer ao fato de que "estamos muito ocupados".

A "parábola do samaritano" é bem relevante nesta sociedade de homens e mulheres, cada um cuidando de seus próprios negócios, agitados por seus próprios interesses e cada um gritando suas próprias exigências.

De acordo com Jesus, só existe uma maneira de "ser humano". E não é a do sacerdote ou do levita, que veem os necessitados e "fazem um desvio" para continuar seu caminho, mas a do samaritano, que caminha pela vida com os olhos e o coração abertos para se deter diante daqueles que podem precisar de sua ajuda.

Quando ouvimos sinceramente as palavras de Jesus, sabemos que ele nos chama a passar da hostilidade para a hospitalidade. Sabemos que ele nos impele a viver de forma diferente, criando um espaço maior em nossas vidas para aqueles que precisam de nós. Não podemos nos esconder atrás de "nossas ocupações" ou nos refugiar em belas teorias.

Aqueles que compreenderam a fraternidade cristã sabem que todos somos "companheiros de viagem" que compartilham a mesma condição de seres frágeis que precisam uns dos outros. Aqueles que vivem atentos ao irmão ou irmã necessitados que encontram ao longo do caminho descobrem um novo gosto pela vida. Segundo Jesus, "eles herdarão a vida eterna".

15º Tempo Comum – C

(Lucas 10,25-37)

13 de julho

José Antonio Pagola

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Fonte: Facebook