Temas diversos. Observar, pensar, sentir, fazer crítica construtiva e refletir sobre tudo que o mundo e a própria vida nos traz - é o meu propósito. Um pequeno espaço para uma visão subjetiva, talvez impregnada de utopia, mas, certamente, repleta de perguntas, questionamentos, dúvidas e buscas, que norteiam a vida de muitas pessoas nos dias de hoje.

As perguntas sobre a existência e a vida humana, sobre a fé, a Bíblia, a religião, a Igreja (sobretudo a Igreja Católica) e sobre a sociedade em que vivemos – me ajudam a buscar uma compreensão melhor desses assuntos, com a qual eu me identifico. Nessa busca, encontrando as melhores interpretações, análises e colocações – faço questão para compartilhá-las com os visitantes desta página.

Dedico este Blog de modo especial a todos os adolescentes e jovens cuja vida está cheia de indagações.
"Navegar em mar aberto, vivendo em graça ou não, inteiramente no poder de Deus..." (Soren Kierkegaard)

sexta-feira, 20 de agosto de 2021

“A quem vamos recorrer?” – Reflexão de José Antonio Pagola.

 

"Simão Pedro lhe respondeu: "Senhor, para quem iremos? Tu tens as palavras de vida eterna. Nós cremos e sabemos que és o Santo de Deus".  (Jo 6, 68-69)

Abaixo, uma boa reflexão, muito atual, que tem como pano de fundo o texto bíblico Jo 6, 60-69  (A quem vamos seguir? Por onde vamos?). É de autoria do padre e teólogo espanhol José Antonio Pagola.

O texto foi publicado na no site do Instituto Humanitas Unisinos (IHU).

Vale a pena ler!

WCejnóg

IHU – ADITAL

20 Agosto 2021

A leitura que a Igreja propõe neste domingo é o Evangelho de João 6,60-69, que corresponde ao 21º domingo do Tempo Comum, ciclo B, do Ano Litúrgico. O teólogo espanhol José Antonio Pagola comenta o texto. 

A quem vamos recorrer?

Quem se aproxima de Jesus com frequência tem a impressão de encontrar alguém estranhamente atual e mais presente aos nossos problemas de hoje do que muitos dos nossos contemporâneos.

Há gestos e palavras de Jesus que nos impactam ainda hoje porque tocam o nervo dos nossos problemas e preocupações mais vitais. São gestos e palavras que resistem à passagem dos tempos e à mudança de ideologias. Os séculos decorridos não atenuaram a força e a vida que encerram, por pouco que estejamos atentos e abramos sinceramente os nossos corações.

No entanto, ao longo de vinte séculos é muito o pó que inevitavelmente se foi acumulando sobre a sua pessoa, a sua atuação e a sua mensagem. Um cristianismo cheio de boas intenções e desejos veneráveis impediu por vezes a muitos cristãos simples encontrar-se com a brisa cheia de vida daquele que perdoava as prostitutas, abraçava as crianças, chorava com os amigos, contagiava esperança, e convidava as pessoas a viver com liberdade o amor dos filhos de Deus.

Quantos homens e mulheres tiveram de ouvir as dissertações de moralistas bem-intencionados e as exposições de pregadores instruídos sem conseguirem encontrar-se com ele. 

Não nos devemos surpreender com a interpelação do escritor francês Jean Onimus: «Por que vais ser propriedade privada de pregadores, doutores e alguns eruditos, tu que disseste coisas tão simples, tão diretas, palavras que continuam sendo palavras de vida para todos os homens?». 

Se muitos cristãos que se têm ido afastando estes anos da Igreja, conhecessem diretamente os Evangelhos, sentiriam de novo aquilo que um dia foi expresso por Pedro: «Senhor, a quem vamos recorrer? Tu tens palavras de vida eterna. Nós acreditamos».

 

Fonte: IHU – Comentário doEvangelho

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