“E aconteceu que, ao ouvir Isabel
a saudação de Maria, a criancinha saltou no seu ventre; e Isabel foi cheia do
Espírito Santo.
E exclamou com grande voz, e disse: Bendita és tu entre as mulheres, e bendito
o fruto do teu ventre.
E de onde me provém isto a mim, que venha visitar-me a mãe do meu Senhor?
Pois eis que, ao chegar aos meus ouvidos a voz da tua saudação, a criancinha
saltou de alegria no meu ventre.
Bem-aventurada a que creu, pois hão de cumprir-se as coisas que da parte do
Senhor lhe foram ditas". (Lc 1, 41-45)
Hoje trago para este espaço uma reflexão muito interessante. É do padre e teólogo espanhol José Antônio Pagola. Tem como pano de fundo o texto bíblico Lc 1, 39-56 (Visitação de Nossa Senhora).
Vale a pena conferir.
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IHU – ADITAL
13 Agosto 2021
A leitura que a Igreja propõe neste domingo é o Evangelho de Lucas 1, 39-56, que corresponde à Solenidade da Assunção da Virgem Maria, ciclo B, do Ano Litúrgico. O teólogo espanhol José Antonio Pagola comenta o texto.
Caraterísticas de Maria
A visita de Maria a Isabel permite ao Evangelista Lucas pôr em contato o Batista e Jesus, antes mesmo de ter nascido. A cena está carregada de uma atmosfera muito especial. As duas vão ser mães. As duas foram chamadas a colaborar no plano de Deus. Não há homens. Zacarias ficou mudo. José está surpreendentemente ausente. As duas mulheres ocupam toda a cena.
Maria, que chegou rapidamente de Nazaré, converte-se na figura central. Tudo gira em torno dela e do seu Filho. A sua imagem brilha com uns rasgos mais genuínos do que muitos outros que lhe foram adicionados ao longo dos séculos a partir de devoções e títulos afastados dos Evangelhos.
Maria, «a mãe do meu Senhor»
Assim o proclama Isabel a gritos e cheia do Espírito Santo. É certo: para os seguidores de Jesus, Maria é acima de tudo a Mãe de nosso Senhor. Daí inicia toda a sua grandeza. Os primeiros cristãos nunca separam Maria de Jesus. São inseparáveis. «Abençoada por Deus entre todas as mulheres», ela nos oferece a Jesus, «fruto bendito do seu ventre».
Maria, a crente
Isabel declara-a ditosa porque «acreditou». Maria é grande não simplesmente pela sua maternidade biológica, mas por ter acolhido com fé o chamado de Deus para ser Mãe do Salvador. Soube escutar a Deus; guardou a sua Palavra dentro do seu coração; meditou-a; pô-la em prática cumprindo fielmente a sua vocação. Maria é Mãe crente.
Maria, a evangelizadora
Maria oferece a todos a salvação de Deus, que acolheu no seu próprio Filho. Essa é a sua grande missão e o seu serviço. Segundo o relato, Maria evangeliza não só com os seus gestos e palavras, mas porque aonde vai leva consigo a pessoa de Jesus e o seu Espírito. Isto é o essencial do ato evangelizador.
Maria, portadora da alegria
A saudação de Maria comunica a alegria que brota do seu Filho Jesus. Ela foi a primeira a escutar o convite de Deus: «Alegra-te… o Senhor está contigo». Agora, a partir de uma atitude de serviço e de ajuda a quem necessita, Maria irradia a Boa Nova de Jesus, o Cristo, a quem ela sempre leva consigo. Ela é para a Igreja o melhor modelo de evangelização com alegria.
Fonte:IHU – Comentário do Evangelho.
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