Temas diversos. Observar, pensar, sentir, fazer crítica construtiva e refletir sobre tudo que o mundo e a própria vida nos traz - é o meu propósito. Um pequeno espaço para uma visão subjetiva, talvez impregnada de utopia, mas, certamente, repleta de perguntas, questionamentos, dúvidas e buscas, que norteiam a vida de muitas pessoas nos dias de hoje.

As perguntas sobre a existência e a vida humana, sobre a fé, a Bíblia, a religião, a Igreja (sobretudo a Igreja Católica) e sobre a sociedade em que vivemos – me ajudam a buscar uma compreensão melhor desses assuntos, com a qual eu me identifico. Nessa busca, encontrando as melhores interpretações, análises e colocações – faço questão para compartilhá-las com os visitantes desta página.

Dedico este Blog de modo especial a todos os adolescentes e jovens cuja vida está cheia de indagações.
"Navegar em mar aberto, vivendo em graça ou não, inteiramente no poder de Deus..." (Soren Kierkegaard)

sábado, 15 de julho de 2023

“Aprendendo a semear como Jesus”. – Reflexão de José Antonio Pagola.

 

O semeador saiu a semear”. (Mt 13,3)

Abaixo, uma excelente reflexão, que tem como pano de fundo o texto bíblico Mt 13,1-23 (Parábola do semeador). É de autoria do padre e teólogo espanhol José Antonio Pagola.

O texto foi publicado pelo autor na sua página no Facebook.

Vale a pena ler!

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Por José Antonio Pagola

11 Julho 2023

APRENDENDO A SEMEAR COMO JESUS

Não foi fácil para Jesus realizar seu projeto. Ele foi imediatamente recebido com críticas e rejeição. Sua palavra não teve a recepção que se poderia esperar. Entre seus seguidores mais próximos, o desânimo e a desconfiança começaram a despertar. Valeu a pena continuar trabalhando com Jesus? Não era tudo isso uma utopia impossível?

Jesus disse-lhes o que esperava. Contou-lhes a parábola do semeador para lhes mostrar o realismo com que trabalhava e a fé inabalável que o animava. As duas coisas. Há, certamente, trabalho infrutífero que pode ser estragado, mas o projeto final de Deus não falhará. Você não deve ceder ao desânimo. Você tem que continuar plantando. No final, haverá uma colheita abundante.

Aqueles que ouviram a parábola sabiam que ele estava falando de si mesmo. Jesus também. Ele semeou sua palavra onde quer que visse alguma esperança de que ela pudesse germinar. Semeou gestos de bondade e misericórdia até nos ambientes mais inesperados: entre pessoas distantes da religião.

Jesus semeou com o realismo e a confiança de um camponês da Galiléia. Todos sabiam que as colheitas seriam estragadas em mais de um lugar em uma terra tão desigual. Mas isso não desanimou ninguém: nenhum agricultor deixou de plantar por causa disso. O importante era a colheita final. Algo semelhante acontece com o reino de Deus. Obstáculos e resistências não faltam, mas a força de Deus dá seus frutos. Seria um absurdo parar de plantar.

Na Igreja de Jesus não precisamos de ceifeiros. A nossa não é colher sucesso, conquistar as ruas, dominar a sociedade, encher as igrejas, impor nossa fé religiosa. O que precisamos são semeadores. Seguidores de Jesus que semeiam palavras de esperança e gestos de compaixão por onde passam.

Esta é a conversão que devemos promover entre nós hoje: passar da obsessão da "colheita" ao trabalho paciente da "semeadura". Jesus nos deixou a parábola do semeador, não do ceifeiro.

15 Tempo Comum – A

(Mateus 13,1-23)

16 de julho

José Antonio Pagola

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Fonte: Facebook

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