Temas diversos. Observar, pensar, sentir, fazer crítica construtiva e refletir sobre tudo que o mundo e a própria vida nos traz - é o meu propósito. Um pequeno espaço para uma visão subjetiva, talvez impregnada de utopia, mas, certamente, repleta de perguntas, questionamentos, dúvidas e buscas, que norteiam a vida de muitas pessoas nos dias de hoje.

As perguntas sobre a existência e a vida humana, sobre a fé, a Bíblia, a religião, a Igreja (sobretudo a Igreja Católica) e sobre a sociedade em que vivemos – me ajudam a buscar uma compreensão melhor desses assuntos, com a qual eu me identifico. Nessa busca, encontrando as melhores interpretações, análises e colocações – faço questão para compartilhá-las com os visitantes desta página.

Dedico este Blog de modo especial a todos os adolescentes e jovens cuja vida está cheia de indagações.
"Navegar em mar aberto, vivendo em graça ou não, inteiramente no poder de Deus..." (Soren Kierkegaard)

sexta-feira, 22 de maio de 2020

“Fazer discípulos de Jesus”. – Reflexão de José Antonio Pagola. Muito boa!



Então, Jesus aproximou-se deles e disse: "Foi-me dada toda a autoridade no céu e na terra. Portanto, vão e façam discípulos de todas as nações, batizando-os em nome do Pai e do Filho e do Espírito Santo, ensinando-os a obedecer a tudo o que eu lhes ordenei. E eu estarei sempre com vocês, até o fim dos tempos". (Mt 28, 18-20)



Ascensão


Abaixo, uma reflexão muito atual, que tem como pano de fundo o texto bíblico Mt 28, 16-20 (“Eis que estou convosco todos os dias”). É de autoria do padre e teólogo espanhol José Antonio Pagola. Foi publicada na no site do Instituto Humanitas Unisinos (IHU).



Vale a pena ler!

WCejnóg



IHU – ADITAL

22 Maio 2020



A leitura que a Igreja propõe neste domingo é o Evangelho segundo Mateus 28,16-20 que corresponde ao Domingo da Ascensão, ciclo A do Ano Litúrgico. O teólogo espanhol José Antonio Pagola comenta o texto.



Eis o texto



Mateus descreve a despedida de Jesus traçando as linhas de força que guiarão para sempre seus discípulos, os traços que deverão marcar sua Igreja para cumprir fielmente sua missão.

O ponto de partida é a Galileia. Aí os convoca Jesus. A ressurreição não os deve levar a esquecer do vivido com Ele na Galileia. Aí o escutaram falar de Deus com parábolas comovedoras. Ali o viram aliviando o sofrimento, oferecendo o perdão de Deus e acolhendo os mais esquecidos. É isto precisamente o que deverão continuar a transmitir.



Entre os discípulos que rodeiam Jesus ressuscitado, há “crentes” e há quem “duvida”. O narrador é realista. Os discípulos “prostram-se”. Sem dúvida, querem acreditar, mas em alguns deles desperta a dúvida e a indecisão. Talvez estejam assustados, não podem captar tudo o que aquilo significa. Mateus conhece a fé frágil das comunidades cristãs. Se não contassem com Jesus, logo se apagariam.



Jesus aproxima-se” e entra em contato com eles. Ele tem a força e o poder que lhes falta. O Ressuscitado recebeu do Pai a autoridade do Filho de Deus com “pleno poder no céu e na terra”. Se se apoiam Nele, não vacilarão.



Jesus indica-lhes com precisão qual deve ser sua missão. Não é propriamente “ensinar doutrina”, não é apenas “anunciar o Ressuscitado”. Sem dúvida, os discípulos de Jesus terão de cuidar de diversos aspectos: “dar testemunho do Ressuscitado”, “proclamar o evangelho”, “implantar comunidades”, mas tudo estará finalmente orientado para um objetivo: “fazer discípulos” de Jesus.



Esta é a nossa missão: fazer “seguidores” de Jesus que conheçam sua mensagem, que sintonizem com seu projeto, que aprendam a viver como Ele e que reproduzam hoje sua presença no mundo. Atividades tão fundamentais como o batismo, o compromisso de aderir a Jesus e o ensino de “tudo o que é ordenado” por Ele são vias para aprender a ser seus discípulos. Jesus promete-lhes sua presença e ajuda constante. Não estarão sós nem desamparados. Nem mesmo que sejam poucos. Nem mesmo que sejam apenas dois ou três.



Assim é a comunidade cristã. A força do Ressuscitado é sustentada com seu Espírito. Tudo está orientado para aprender e ensinar a viver como Jesus e a partir de Jesus. Ele continua vivo nas suas comunidades. Continua conosco e entre nós, curando, perdoando, acolhendo... salvando.




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