“Então perguntou Jesus: Vocês entenderam todas essas coisas? - Sim, responderam eles.” (Mt 13,51)
Hoje trago para este espaço uma reflexão muito atual, que tem como pano de fundo o texto bíblico Mt 13, 44-52 (Jesus ensina usando as parábolas). É de autoria do padre e teólogo espanhol José Antonio Pagola. Foi publicada na no site do Instituto Humanitas Unisinos (IHU).
Vale a pena ler!
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IHU – ADITAL
24 Julho 2020
A leitura que a Igreja propõe neste domingo é o Evangelho de Mateus capítulo 13,44-52 que corresponde ao 17° Domingo do ciclo A do Ano Litúrgico. O teólogo espanhol José Antonio Pagola comenta o texto.
Eis o texto.
Não era fácil acreditar em Jesus. Alguns se sentiam atraídos pelas suas palavras. Em outros, pelo contrário, surgiam não poucas dúvidas. Era razoável seguir Jesus ou era uma loucura?
Hoje ocorre o mesmo: vale a pena comprometer-se com seu projeto de humanizar a vida ou é mais prático ocupar-nos cada um do nosso próprio bem-estar? Entretanto pode-se passar a vida sem tomar nenhuma decisão.
Jesus conta duas breves parábolas. Nos dois relatos, o respectivo protagonista encontra um tesouro enormemente valioso ou uma pérola de valor incalculável. Os dois reagem da mesma forma: vendem tudo o que têm e ficam com o tesouro ou com a pérola. É, sem dúvida, o mais sensato e razoável.
O reino de Deus está “oculto”. Muitos ainda não descobriram o grande plano de Deus para um novo mundo. No entanto, não é um mistério inacessível. Está “oculto” em Jesus, na sua vida e na sua mensagem. Uma comunidade cristã que não descobriu o reino de Deus não conhece bem Jesus, não pode seguir seus passos.
A descoberta do reino de Deus muda a vida de quem o descobre. Sua “alegria” é inconfundível. Encontrou o essencial, o melhor de Jesus, o que pode transformar a sua vida. Se os cristãos não descobrirem o projeto de Jesus, na Igreja não haverá alegria.
Os dois protagonistas das parábolas tomam a mesma decisão: “vendem tudo o que têm”. Nada é mais importante do que “procurar o reino de Deus e sua justiça”. Todo o resto vem depois, é relativo e deve estar subordinado ao projeto de Deus.
Esta é a decisão mais importante que temos que tomar na Igreja e nas comunidades cristãs: libertar-nos de tantas coisas acidentais para nos comprometermos com o reino de Deus. Despojar-nos do supérfluo. Esquecer-nos de outros interesses. Saber “perder” para “ganhar” na autenticidade. Se o fizemos, estamos colaborando na conversão da Igreja.
Fonte:IHU – Comentário do Evangelho
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