Temas diversos. Observar, pensar, sentir, fazer crítica construtiva e refletir sobre tudo que o mundo e a própria vida nos traz - é o meu propósito. Um pequeno espaço para uma visão subjetiva, talvez impregnada de utopia, mas, certamente, repleta de perguntas, questionamentos, dúvidas e buscas, que norteiam a vida de muitas pessoas nos dias de hoje.

As perguntas sobre a existência e a vida humana, sobre a fé, a Bíblia, a religião, a Igreja (sobretudo a Igreja Católica) e sobre a sociedade em que vivemos – me ajudam a buscar uma compreensão melhor desses assuntos, com a qual eu me identifico. Nessa busca, encontrando as melhores interpretações, análises e colocações – faço questão para compartilhá-las com os visitantes desta página.

Dedico este Blog de modo especial a todos os adolescentes e jovens cuja vida está cheia de indagações.
"Navegar em mar aberto, vivendo em graça ou não, inteiramente no poder de Deus..." (Soren Kierkegaard)

sábado, 10 de outubro de 2020

“Ir aos cruzamentos dos caminhos” – Reflexão de José Antonio Pagola.

 


"Ide, pois, às saídas dos caminhos, e convidai para as bodas a todos os que encontrardes. E os servos, saindo pelos caminhos, ajuntaram todos quantos encontraram, tanto maus como bons; e a festa nupcial foi cheia de convidados.”  (Mt 22, 9-10)

Abaixo, uma bonita reflexão, muito atual, que tem como pano de fundo o texto bíblico Mt 22, 1-14 (A parábola das bodas). É de autoria do padre e teólogo espanhol José Antonio Pagola.O texto foi publicado na no site do Instituto Humanitas Unisinos (IHU).

Vale a pena ler!

WCejnóg

IHU – ADITAL

09 Outubro 2020

A leitura que a Igreja propõe neste domingo é o Evangelho de Mateus 22,1-14, que corresponde ao 28° Domingo do ciclo A do Ano Litúrgico. O teólogo espanhol José Antonio Pagola comenta o texto.

Eis o texto.

Jesus conhecia muito bem a vida dura e monótona dos camponeses. Sabia como esperavam a chegada do sábado para se «libertarem» do trabalho. Via-os desfrutando das festas e casamentos. Que experiência poderia ser mais satisfatória para aquelas pessoas do que serem convidadas para um banquete e poderem sentar-se à mesa com os vizinhos e partilhar uma festa de casamento?


Movido pela sua experiência de Deus, Jesus começou a falar-lhes de uma maneira surpreendente. A vida não é apenas esta vida de trabalhos e preocupações, tristezas e dissabores. Deus está preparando uma festa final para todos seus filhos e filhas. A todos nos quer ver sentados junto a Ele, em torno da mesma mesa, desfrutando para sempre de uma vida plenamente feliz.

Não se contentava apenas em falar assim sobre Deus. Ele mesmo convidava todos à sua mesa e comia inclusive com pecadores e indesejáveis. Ele queria ser para todos o grande convite de Deus para a festa final. Queria vê-los receber com alegria sua chamada e criando entre todos um clima mais amistoso e fraterno que os prepararia adequadamente para a festa final.

O que aconteceu a este convite? Quem o anuncia? Quem o escuta? Onde se pode ter notícias desta festa? Satisfeitos com o nosso bem-estar, surdos a tudo o que não seja o nosso interesse, não acreditamos que precisamos de Deus. Não estaremos nos acostumando pouco a pouco a viver sem a necessidade de uma esperança última?

Na parábola de Mateus, quando os que têm terras e negócios rejeitam o convite, o rei diz aos seus servos: «Ide agora às encruzilhadas dos caminhos e a todos os que encontreis, convidem-nos para o casamento». A ordem é inaudita, mas reflete o que sente Jesus. Apesar de tanta rejeição e desprezo, haverá festa. Deus não mudou. Devemos continuar a convidar.

Mas agora é melhor ir à «encruzilhada dos caminhos», por onde transitam tantas pessoas errantes, sem terras nem negócios, a quem ninguém nunca convidou para uma festa. Eles podem entender melhor que ninguém o convite. Eles podem recordar-nos a necessidade última que temos de Deus. Podem ensinar-nos a esperança.

Fonte: IHU - Comentário do Evangelho

Nenhum comentário:

Postar um comentário