Temas diversos. Observar, pensar, sentir, fazer crítica construtiva e refletir sobre tudo que o mundo e a própria vida nos traz - é o meu propósito. Um pequeno espaço para uma visão subjetiva, talvez impregnada de utopia, mas, certamente, repleta de perguntas, questionamentos, dúvidas e buscas, que norteiam a vida de muitas pessoas nos dias de hoje.

As perguntas sobre a existência e a vida humana, sobre a fé, a Bíblia, a religião, a Igreja (sobretudo a Igreja Católica) e sobre a sociedade em que vivemos – me ajudam a buscar uma compreensão melhor desses assuntos, com a qual eu me identifico. Nessa busca, encontrando as melhores interpretações, análises e colocações – faço questão para compartilhá-las com os visitantes desta página.

Dedico este Blog de modo especial a todos os adolescentes e jovens cuja vida está cheia de indagações.
"Navegar em mar aberto, vivendo em graça ou não, inteiramente no poder de Deus..." (Soren Kierkegaard)

sexta-feira, 20 de novembro de 2020

“A surpresa final”. – Reflexão de José Antonio Pagola. Excelente!

 

"Ele responderá: ‘Digo-lhes a verdade: o que vocês deixaram de fazer a alguns destes mais pequeninos, também a mim deixaram de fazê-lo’.”  (Mt 25, 45)

Abaixo, uma bonita reflexão, muito atual, que tem como pano de fundo o texto bíblico Mt 25, 31-46  (Pois eu estava com fome e não me destes de comer..). É de autoria do padre e teólogo espanhol José Antonio Pagola. O texto foi publicado na no site do Instituto Humanitas Unisinos (IHU).

Vale a pena ler!

WCejnóg

IHU – ADITAL

20 Novembro 2020

A leitura que a Igreja propõe neste domingo é o Evangelho de Mateus 25,31-46, que corresponde à Solenidade de Jesus Cristo Rei, ciclo do Ano Litúrgico. O teólogo espanhol José Antonio Pagola comenta o texto. 

Eis o texto.

Os cristãos, levamos vinte séculos a falar do amor. Repetimos constantemente que o amor é o critério último de toda a atitude e comportamento. Afirmamos que, por amor, o julgamento final será pronunciado sobre todas as pessoas, estruturas e realizações dos homens. No entanto, com essa bela linguagem do amor, muitas vezes podemos esconder a autêntica mensagem de Jesus, muito mais direta, simples e concreta.

É surpreendente notar que Jesus pouco fala nos Evangelhos da palavra «amor». Nem nesta parábola que descreve o destino final dos humanos. No final, não seremos julgados de maneira geral pelo amor, mas por algo muito mais concreto: o que fizemos quando encontramos alguém que precisava de nós? Como reagimos aos problemas e sofrimentos de pessoas concretas que fomos encontrando no nosso caminho?

O decisivo na vida não é o que dizemos ou pensamos, o que acreditamos ou escrevemos. Não basta tampouco sentimentos bonitos nem protestos estéreis. O importante é ajudar a quem nos necessita.

A maioria dos cristãos, sentimo-nos satisfeitos e tranquilos porque não fazemos a ninguém nenhum mal especialmente grave. Esquecemos que, segundo a advertência de Jesus, estamos a preparar o nosso fracasso final sempre que fechamos os nossos olhos às necessidades alheias, sempre que evitamos qualquer responsabilidade que não seja em benefício próprio, sempre que nos contentamos em criticar tudo, sem dar uma mão a ninguém.

A parábola de Jesus obriga-nos a fazer perguntas muito concretas: Vou fazer algo por alguém? A que pessoas posso eu prestar ajuda? O que faço eu para que reine um pouco mais de justiça, solidariedade e amizade entre nós? Que mais poderia fazer?


O último e decisivo ensinamento de Jesus é o seguinte: o reino de Deus é e será sempre dos que amam o pobre e o ajudam nas suas necessidades. Isto é o essencial e definitivo. Um dia os nossos olhos irão se abrir e descobriremos com surpresa que o amor é a única verdade e que Deus reina ali onde há homens e mulheres capazes de amar e preocupar-se com os outros.

 

 

Fonte:IHU – Comentário do Evangelho


 

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