Temas diversos. Observar, pensar, sentir, fazer crítica construtiva e refletir sobre tudo que o mundo e a própria vida nos traz - é o meu propósito. Um pequeno espaço para uma visão subjetiva, talvez impregnada de utopia, mas, certamente, repleta de perguntas, questionamentos, dúvidas e buscas, que norteiam a vida de muitas pessoas nos dias de hoje.

As perguntas sobre a existência e a vida humana, sobre a fé, a Bíblia, a religião, a Igreja (sobretudo a Igreja Católica) e sobre a sociedade em que vivemos – me ajudam a buscar uma compreensão melhor desses assuntos, com a qual eu me identifico. Nessa busca, encontrando as melhores interpretações, análises e colocações – faço questão para compartilhá-las com os visitantes desta página.

Dedico este Blog de modo especial a todos os adolescentes e jovens cuja vida está cheia de indagações.
"Navegar em mar aberto, vivendo em graça ou não, inteiramente no poder de Deus..." (Soren Kierkegaard)

sábado, 7 de novembro de 2020

“Antes que seja tarde”. – Reflexão de José Antonio Pagola. Excelente!

 

"Portanto, vigiem, porque vocês não sabem o dia nem a hora!"  (Mt 25,13)

Hoje trago para este espaço uma boa reflexão, muito atual, que tem como pano de fundo o texto bíblico Mt 25, 1-13 (A parábola das Dez Virgens). É de autoria do padre e teólogo espanhol José Antonio Pagola.

O texto foi publicado na no site do Instituto Humanitas Unisinos (IHU).

Vale a pena ler!

WCejnóg

IHU – ADITAL

06 Novembro 2020

A leitura que a Igreja propõe neste domingo é o Evangelho de Mateus 25, 1-13, que corresponde ao 32° Domingo do ciclo A do Ano Litúrgico. O teólogo espanhol José Antonio Pagola comenta o texto. 

Eis o texto

Mateus escreveu o seu evangelho em momentos críticos para os seguidores de Jesus. A vinda de Cristo foi-se atrasando. A fé de muitos se foi relaxando. Era necessário reavivar de novo a primeira conversão recordando uma parábola de Jesus.


O relato fala-nos de uma festa de casamento. Cheias de alegria, um grupo de jovens «saem à espera do esposo». Nem todas estão bem preparadas. Algumas levam consigo óleo para acender as suas tochas; as outras nem sequer pensaram nisso. Acreditam que basta levar tochas nas mãos.

Como o esposo demora em chegar, «a todas entra o sono e adormecem». Os problemas começam quando se anuncia a chegada do esposo. As jovens previdentes acendem as suas tochas e entram com ele no banquete. As inconscientes veem-se obrigadas a sair para comprá-lo. Quando voltam, «a porta está fechada». É demasiado tarde.

É um erro procurar um significado secreto para o «óleo»: será uma alegoria falar do fervor espiritual, da vida interior, das boas obras, do amor...? A parábola é simplesmente uma chamada para viver a adesão a Cristo de forma responsável e lúcida agora mesmo, antes que seja tarde. Cada um saberá o que é que deverá cuidar.

É uma irresponsabilidade chamar-nos a nós mesmos de cristãos e viver a própria religião sem fazer qualquer esforço por nos parecermos com Ele. É um erro viver em autocomplacência na própria Igreja sem considerar uma verdadeira conversão aos valores evangélicos. É próprio de inconscientes sentirmo-nos seguidores de Jesus sem "entrar" no projeto de Deus que ele quis colocar em marcha.

Nestes momentos em que é tão fácil «relaxar», cair no ceticismo e «ir andando» pelos caminhos seguros de sempre, só encontro uma maneira de estar na Igreja: convertendo-nos a Jesus Cristo.

Fonte: IHU – Comentário do Evangelho


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