Temas diversos. Observar, pensar, sentir, fazer crítica construtiva e refletir sobre tudo que o mundo e a própria vida nos traz - é o meu propósito. Um pequeno espaço para uma visão subjetiva, talvez impregnada de utopia, mas, certamente, repleta de perguntas, questionamentos, dúvidas e buscas, que norteiam a vida de muitas pessoas nos dias de hoje.

As perguntas sobre a existência e a vida humana, sobre a fé, a Bíblia, a religião, a Igreja (sobretudo a Igreja Católica) e sobre a sociedade em que vivemos – me ajudam a buscar uma compreensão melhor desses assuntos, com a qual eu me identifico. Nessa busca, encontrando as melhores interpretações, análises e colocações – faço questão para compartilhá-las com os visitantes desta página.

Dedico este Blog de modo especial a todos os adolescentes e jovens cuja vida está cheia de indagações.
"Navegar em mar aberto, vivendo em graça ou não, inteiramente no poder de Deus..." (Soren Kierkegaard)

sexta-feira, 19 de novembro de 2021

“Testemunhas da verdade”. – Reflexão de José Antonio Pagola. Excelente!

 

"<Então, você é rei!>, disse Pilatos. Jesus respondeu: <Tu dizes que sou rei. De fato, por esta razão nasci e para isto vim ao mundo: para testemunhar da verdade. Todos os que são da verdade me ouvem>.”  (Jo 18, 37)

A reflexão que trago hoje para o blog Indagações-Zapytania, do padre e teólogo espanhol José Antônio Pagola, é muito precisa e importante. Tem como pano de fundo o texto bíblico Jo 18, 33-37 (Jesus diante de Pilatos).

Foi publicado no site do Instituto Humanitas Unisinos (IHU).

WCejnóg


 IHU – ADITAL

19 Novembro 2021

A leitura que a Igreja propõe neste domingo é o Evangelho de Jesus Cristo segundo João 18, 33-37, que corresponde à Solenidade de Jesus Cristo Rei do Universo, ciclo B, do Ano Litúrgico. O teólogo espanhol José Antonio Pagola comenta o texto. 

Testemunhas da verdade

O julgamento tem lugar no palácio onde o prefeito romano reside quando vai para Jerusalém. Acaba de amanhecer. Pilatos ocupa o lugar do qual dita as suas sentenças. Jesus comparece amarrado, como um criminoso. Ali estão, frente a frente, o representante do império mais poderoso e o profeta do reino de Deus.

Pilatos considera incrível que aquele homem tente desafiar Roma: «Então, tu és rei?». Jesus é muito claro: «O meu reino não é deste mundo». Não pertence a nenhum sistema injusto deste mundo. Não pretende ocupar nenhum trono. Não procura poder nem riqueza.

Mas não lhe esconde a verdade: «Sou rei». Vim a este mundo para introduzir verdade. Se o seu reino fosse deste mundo, teria «guardas» que lutariam por ele com armas. Mas os seus seguidores não são «legionários», mas sim «discípulos» que escutam a sua mensagem e se dedicam a colocar a verdade, a justiça e o amor no mundo.

 

O reino de Jesus não é o de Pilatos. O prefeito vive para extrair as riquezas dos povos e levá-las a Roma. Jesus vive «para ser testemunha da verdade». A sua vida é todo um desafio: «Tudo o que é da verdade escuta a minha voz». Pilatos não é da verdade. Não escuta a voz de Jesus. Dentro de umas horas tentará apagá-la para sempre.

O seguidor de Jesus não é «guardião» da verdade, mas uma «testemunha». A sua tarefa não é disputar, combater e derrotar os adversários, mas viver a verdade do evangelho e comunicar a experiência de Jesus, que está a mudar a sua vida.

O cristão tampouco é «dono» da verdade, mas sim uma testemunha. Não impõe a sua doutrina, não controla a fé dos outros, não pretende ter razão em tudo. Vive convertendo-se a Jesus, contagia a atração que sente por ele, ajuda a olhar para o evangelho, coloca em toda a parte a verdade de Jesus. A Igreja atrairá as pessoas quando virem que o nosso rosto se parece ao de Jesus, e que a nossa vida recorda a dele.

Fonte:IHU – Comentário do Evangelho

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