Temas diversos. Observar, pensar, sentir, fazer crítica construtiva e refletir sobre tudo que o mundo e a própria vida nos traz - é o meu propósito. Um pequeno espaço para uma visão subjetiva, talvez impregnada de utopia, mas, certamente, repleta de perguntas, questionamentos, dúvidas e buscas, que norteiam a vida de muitas pessoas nos dias de hoje.

As perguntas sobre a existência e a vida humana, sobre a fé, a Bíblia, a religião, a Igreja (sobretudo a Igreja Católica) e sobre a sociedade em que vivemos – me ajudam a buscar uma compreensão melhor desses assuntos, com a qual eu me identifico. Nessa busca, encontrando as melhores interpretações, análises e colocações – faço questão para compartilhá-las com os visitantes desta página.

Dedico este Blog de modo especial a todos os adolescentes e jovens cuja vida está cheia de indagações.
"Navegar em mar aberto, vivendo em graça ou não, inteiramente no poder de Deus..." (Soren Kierkegaard)

sábado, 7 de janeiro de 2023

“Escutando a própria vocação”. – Reflexão de José Antonio Pagola.

 

“Assim que Jesus foi batizado, saiu da água. Naquele momento, o céu se abriu, e ele viu o Espírito de Deus descendo como pomba e pousando sobre ele. Então uma voz dos céus disse: <Este é o meu Filho amado, de quem me agrado>.”  (Mt 3, 16-17)

Abaixo, uma interessante reflexão, muito útil a todas as pessoas, que procuram manter viva a chama da sua fé cristã nos dias de hoje. A reflexão tem como pano de fundo o texto bíblico Mateus 3,13-17 (o batismo de Jesus). É de autoria do padre e teólogo espanhol José Antonio Pagola.

O texto foi publicado pelo autor na sua página no Facebook.

Vale a pena ler!

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 Por José Antonio Pagola

06 Janeiro 2023

Escutando a própria vocação

Os relatos do Evangelho são muito limitados em descrever o batismo de Jesus. Eles dão mais importância à experiência vivida por ele naquele momento, e isso é, sem dúvida, decisivo para sua atuação futura.

Jesus não voltará mais para sua casa em Nazaré. Ele também não ficará entre os discípulos do Batista. Animado pelo Espírito, iniciou uma nova vida, totalmente dedicada ao serviço da sua missão evangelizadora.

Podemos dizer que a hora do batismo foi para Jesus o momento privilegiado em que experimentou a sua vocação profética: teve a consciência de viver possuído pelo Espírito do Pai, e ouviu o apelo a anunciar aos seus filhos e filhas uma mensagem de salvação.

A escuta da própria vocação não cabe a um grupo de homens e mulheres, chamados a viver uma missão privilegiada. Mais cedo ou mais tarde, todos nós devemos nos perguntar qual é a razão última de nossas vidas diárias e por que começamos um novo dia a cada amanhecer. Não se trata de descobrir grandes coisas. Simplesmente saber que nossa vidinha pode ter sentido para os outros, e que nosso cotidiano pode ser vida para alguém.

Tampouco se trata de um dia ouvir um chamado definitivo. O sentido da vida deve ser descoberto ao longo dos dias, manhã após manhã. Em toda vocação há algo incerto. Somos sempre solicitados a uma atitude de busca, disponibilidade e abertura.

Só na medida em que uma pessoa responde fielmente à sua missão descobre, precisamente a partir dessa resposta, todo o horizonte de exigências e promessas que está contido no seu trabalho quotidiano.

Frequentemente vivemos um ritmo de vida, trabalho e ocupações que nos atordoa, distrai e desumaniza. Fazemos muitas coisas ao longo da vida, mas sabemos exatamente por quê e para quê? Mudamos constantemente de um lugar para outro, mas sabemos por onde andar? Ouvimos muitas vozes, slogans e apelos, mas somos capazes de escutar a voz do Espírito, que nos convida a viver fielmente a nossa missão diária?

Batismo do Senhor – A

(Mateus 3,13-17)

8 de janeiro

José Antonio Pagola

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Fonte: Facebook

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