Temas diversos. Observar, pensar, sentir, fazer crítica construtiva e refletir sobre tudo que o mundo e a própria vida nos traz - é o meu propósito. Um pequeno espaço para uma visão subjetiva, talvez impregnada de utopia, mas, certamente, repleta de perguntas, questionamentos, dúvidas e buscas, que norteiam a vida de muitas pessoas nos dias de hoje.

As perguntas sobre a existência e a vida humana, sobre a fé, a Bíblia, a religião, a Igreja (sobretudo a Igreja Católica) e sobre a sociedade em que vivemos – me ajudam a buscar uma compreensão melhor desses assuntos, com a qual eu me identifico. Nessa busca, encontrando as melhores interpretações, análises e colocações – faço questão para compartilhá-las com os visitantes desta página.

Dedico este Blog de modo especial a todos os adolescentes e jovens cuja vida está cheia de indagações.
"Navegar em mar aberto, vivendo em graça ou não, inteiramente no poder de Deus..." (Soren Kierkegaard)

quinta-feira, 16 de fevereiro de 2023

“Cordialidade”. – Reflexão de José Antonio Pagola.

 


“Mas eu digo: Amem os seus inimigos e orem por aqueles que os perseguem, para que vocês venham a ser filhos de seu Pai que está nos céus. Porque ele faz raiar o seu sol sobre maus e bons e derrama chuva sobre justos e injustos”. (Mt 5, 44-45)

 

Hoje temos à disposição uma boa reflexão, muito concreta e relevante para os dias de hoje, que tem como pano de fundo o texto bíblico Mateus 5,38-48 (Amor cristão é mais do que afeição). É de autoria do padre e teólogo espanhol José Antonio Pagola.

O texto foi publicado pelo autor na sua página no Facebook.

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WCejnóg

Por José Antonio Pagola

15 Janeiro 2023

CORDIALIDADE

A manifestação sensível dos sentimentos não é o melhor critério para verificar o amor cristão, mas o comportamento atencioso para o bem do outro, sem poupar esforços. Em geral, um serviço humilde aos necessitados contém, quase sempre, mais amor do que muitas palavras comoventes.

Mas, às vezes, deu-se tanta ênfase ao esforço da vontade que chegamos a privar a caridade de seu conteúdo afetivo. E, no entanto, o amor cristão que nasce no íntimo da pessoa também inspira sentimentos e se traduz em afeto cordial.

Amar o próximo exige fazer o bem a ele, mas também significa aceitá-lo, respeitá-lo, valorizar o que há de bom nele, fazê-lo sentir nossa acolhida e nosso amor. A caridade cristã induz a pessoa a adotar uma atitude cordial de simpatia, solicitude e afeto, superando posições de antipatia, indiferença ou rejeição.

Naturalmente, nossa forma pessoal de amar é condicionada pela sensibilidade, riqueza afetiva ou capacidade de comunicação de cada um. Mas o amor cristão promove a cordialidade, o afeto sincero e a amizade entre as pessoas.

Esta cordialidade não é mera cortesia exterior exigida pelas boas maneiras, nem simpatia espontânea que nasce do contacto com pessoas agradáveis, mas sim a atitude sincera e purificada de quem se deixa animar pelo amor cristão.

Talvez não tenhamos enfatizado suficientemente hoje a importância de cultivar esta cordialidade na família, no trabalho e em todas as nossas relações. No entanto, a cordialidade faz com que as pessoas se sintam melhor, ameniza as tensões e os conflitos de posição, fortalece a amizade e faz crescer a fraternidade.

A cordialidade ajuda a nos libertar dos sentimentos de indiferença e rejeição, pois se opõe diretamente à nossa tendência de dominar, manipular ou fazer sofrer os outros. Quem sabe comunicar afeto de forma saudável e generosa cria um mundo mais humano e habitável em seu ambiente.

Jesus insiste em mostrar essa cordialidade não só diante do amigo ou da pessoa simpática, mas também diante daquele que nos rejeita. Recordemos algumas das suas palavras que revelam o seu estilo de ser: «Se cumprimentas apenas os teus irmãos, o que estás a fazer de extraordinário?».

7 Tempo Comum – A

(Mateus 5,38-48)

19 de fevereiro

José Antonio Pagola

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Fonte: Facebook

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