Temas diversos. Observar, pensar, sentir, fazer crítica construtiva e refletir sobre tudo que o mundo e a própria vida nos traz - é o meu propósito. Um pequeno espaço para uma visão subjetiva, talvez impregnada de utopia, mas, certamente, repleta de perguntas, questionamentos, dúvidas e buscas, que norteiam a vida de muitas pessoas nos dias de hoje.

As perguntas sobre a existência e a vida humana, sobre a fé, a Bíblia, a religião, a Igreja (sobretudo a Igreja Católica) e sobre a sociedade em que vivemos – me ajudam a buscar uma compreensão melhor desses assuntos, com a qual eu me identifico. Nessa busca, encontrando as melhores interpretações, análises e colocações – faço questão para compartilhá-las com os visitantes desta página.

Dedico este Blog de modo especial a todos os adolescentes e jovens cuja vida está cheia de indagações.
"Navegar em mar aberto, vivendo em graça ou não, inteiramente no poder de Deus..." (Soren Kierkegaard)

sábado, 11 de maio de 2024

“Pergunte ao céu”. – Reflexão de José Antonio Pagola.

 

“E disse-lhes: “Ide por todo o mundo e pregai o Evangelho a toda criatura”. (Mc 16, 15)

 

Abaixo, uma reflexão muito atual, que tem como base o texto bíblico Marcos 16,15-20 (Ascensão do Senhor). É de autoria do padre e teólogo espanhol José Antonio Pagola. O texto foi publicado pelo autor na sua página no Facebook.

Vale a pena ler!

WCejnóg

 

Por José Antonio Pagola

08 Maio 2024

PERGUNTE AO CÉU

O céu não pode ser descrito, mas podemos saboreá-lo. Não podemos alcançá-lo com a mente, mas é difícil não desejá-lo. Se falamos do céu não é para satisfazer a nossa curiosidade, mas para reavivar o nosso desejo e a nossa atração por Deus. Se nos lembrarmos disso, é para não esquecer o último desejo que carregamos no coração.

Ir para o céu não é chegar a um lugar, mas entrar para sempre no Mistério do amor de Deus. Finalmente, Deus não será mais alguém oculto e inacessível. Embora nos pareça incrível, poderemos conhecer, tocar, saborear e desfrutar do seu ser mais íntimo, da sua verdade mais profunda, da sua infinita bondade e beleza. Deus nos amará para sempre.

Esta comunhão com Deus não será uma experiência individual. Jesus ressuscitado nos acompanhará. Ninguém vai ao Pai senão por meio de Cristo. “Nele habita corporalmente toda a plenitude da divindade” (Col 2,9). Somente conhecendo e desfrutando do mistério encerrado em Cristo poderemos penetrar no mistério insondável de Deus. Cristo será o nosso “céu”. Ao vê-lo, “veremos” Deus.

Cristo não será o único mediador da nossa felicidade eterna. Incendiados pelo amor de Deus, cada um de nós se tornará “céu” para os outros à sua maneira. Da nossa limitação e finitude tocaremos o Mistério infinito de Deus, saboreando-o nas suas criaturas. Desfrutaremos seu amor insondável provando-o no amor humano. A alegria de Deus nos será dada encarnada no prazer humano.

O teólogo húngaro Ladislaus Boros tenta sugerir esta experiência indescritível: «Sentiremos o calor, experimentaremos o esplendor, a vitalidade, a riqueza transbordante da pessoa que hoje amamos, com quem desfrutamos e por quem agradecemos a Deus. Todo o seu ser, a profundidade da sua alma, a grandeza do seu coração, a criatividade, a amplitude, a excitação da sua reação amorosa nos serão dados.

Que plenitude alcançará em Deus a ternura, a comunhão e a alegria do amor e da amizade que aqui conhecemos. Com que intensidade aqueles de nós que já se amam tanto na terra se amarão então. Poucas experiências nos permitem prever melhor o destino último para o qual somos atraídos por Deus.

Ascensão do Senhor

(Marcos 16:15-20)

12 de maio

goodnews@ppc-editorial.com

Fonte: Facebook 

 

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