"E Jesus respondeu-lhe: O primeiro de todos os mandamentos é: Ouve, Israel, o Senhor nosso Deus é o único Senhor. Amarás, pois, ao Senhor teu Deus de todo o teu coração, e de toda a tua alma, e de todo o teu entendimento, e de todas as tuas forças; este é o primeiro mandamento. E o segundo, semelhante a este, é: Amarás o teu próximo como a ti mesmo. Não há outro mandamento maior do que estes”. (Mc 12, 29-31)
Hoje temos uma excelente reflexão, baseada no texto bíblico Marcos 12,28-34 (O mandamento mais importante). É de autoria do padre e teólogo espanhol José Antonio Pagola.
O texto foi publicado pelo autor na sua página no Facebook.
Vale a pena conferir!
WCejnóg
Por José Antonio Pagola
30 de outubro de 2024
Primeiro de todos
Poucas experiências cristãs são mais alegres do que encontrar de repente uma palavra de Jesus que ilumina o mais profundo do nosso ser com uma luz nova e intensa. Esta é a resposta àquele escriba que pergunta: “Qual mandamento é o primeiro de todos?”
Jesus não hesita. A primeira coisa é amar. Não há nada mais decisivo do que amar a Deus de todo o coração e amar os outros como amamos a nós mesmos. O amor sempre tem a última palavra. Está claro. O amor é o que verdadeiramente justifica a nossa existência. A seiva da vida. O segredo final da nossa felicidade. A chave da nossa vida pessoal e social.
É assim. Pessoas de grande inteligência, com uma capacidade de trabalho surpreendente, de uma eficiência surpreendente nos vários campos da vida, acabam por ser seres medíocres, vazios e frios quando se fecham à fraternidade e se tornam incapazes de amor, de ternura ou de solidariedade.
Pelo contrário, homens e mulheres de possibilidades aparentemente muito limitadas, pouco dotados para grandes sucessos, muitas vezes acabam por irradiar ao seu redor uma vida autêntica simplesmente porque correm o risco de renunciar aos seus interesses egoístas e são capazes de viver com generosidade atenta para com os outros.
Acredite ou não, dia após dia vamos construindo em cada um de nós um pequeno monstro de egoísmo, frieza e insensibilidade para com os outros ou um pequeno prodígio de ternura, fraternidade e solidariedade com os necessitados. Quem pode nos libertar daquela incrível preguiça de amar generosamente e daquele egoísmo que se aninha no fundo do nosso ser?
O amor não é improvisado, nem inventado, nem fabricado de forma alguma. O amor é acolhido, aprendido e difundido. Uma maior atenção ao amor de Deus revelado em Jesus, uma escuta mais profunda do Evangelho e uma maior abertura ao seu Espírito podem fazer emergir gradualmente do nosso ser possibilidades de amor das quais hoje nem sequer suspeitamos.
31 Tempo Comum – B
(Marcos 12:28-34)
3 de novembro
José Antonio Pagola
goodnews@ppc-editorial.com
Fonte: Facebook
Nenhum comentário:
Postar um comentário