“Sua mãe disse aos empregados:< Façam tudo o que ele lhes mandar>". (Jo 2,5)
Abaixo, uma excelente reflexão, que tem como pano de fundo o texto bíblico
João 2,1-11(Jesus transforma água em vinho). É de autoria do padre e teólogo espanhol José Antonio Pagola. O texto foi publicado pelo autor na sua página no Facebook.
Vale a pena ler!
WCejnóg
Por José António Pagola
16 de janeiro de 2025
ALEGRIA E AMOR
Segundo o evangelista João, Jesus realizou sinais para dar a conhecer o mistério contido na sua pessoa e para convidar as pessoas a acolherem o poder salvador que Ele trazia consigo. Qual foi o primeiro sinal? Qual é a primeira coisa que devemos encontrar em Jesus?
O evangelista fala de um casamento em Caná da Galileia, uma pequena aldeia nas montanhas, a quinze quilômetros de Nazaré. No entanto, a cena tem um carácter claramente simbólico. Nem a mulher nem o marido têm rosto: não falam nem agem. O único importante é um "convidado" chamado Jesus.
Os casamentos eram a celebração mais esperada e amada entre os habitantes da Galileia. Durante vários dias, familiares e amigos acompanharam os noivos, comendo e bebendo com eles, dançando danças nupciais e cantando canções de amor. De repente, a mãe de Jesus aponta algo terrível: "Já não têm vinho". Como vão continuar a cantar e a dançar?
O vinho é essencial num casamento. Para estas pessoas, o vinho era também o símbolo mais expressivo de amor e alegria. Diz a tradição: "O vinho alegra o coração." A noiva cantou ao seu amado uma bonita canção de amor: "O teu amor é melhor que o vinho". O que pode ser um casamento sem alegria e amor? O que pode ser celebrado com o coração triste e vazio de amor?
No pátio da casa existem "seis jarros de pedra". Eles são enormes. São "colocados ali", de forma fixa. Armazenam "água" para purificação. Representam a piedade religiosa daqueles camponeses que tentam viver "puros" diante de Deus. Jesus transforma a água em vinho. A sua intervenção introduzirá amor e alegria nesta religião. Esta é a sua primeira contribuição.
Como podemos fingir seguir Jesus sem nos importarmos mais com a alegria e o amor entre nós? O que pode ser mais importante do que isto na Igreja e no mundo? De nada servem todos os nossos esforços se não somos capazes de introduzir o amor na nossa religião?
Nada pode ser mais triste do que dizer de uma comunidade cristã: "Já não têm vinho".
2º Tempo Comum – C
(João 2,1-11)
19 de janeiro
José António Pagola
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Fonte: Facebook
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