Temas diversos. Observar, pensar, sentir, fazer crítica construtiva e refletir sobre tudo que o mundo e a própria vida nos traz - é o meu propósito. Um pequeno espaço para uma visão subjetiva, talvez impregnada de utopia, mas, certamente, repleta de perguntas, questionamentos, dúvidas e buscas, que norteiam a vida de muitas pessoas nos dias de hoje.

As perguntas sobre a existência e a vida humana, sobre a fé, a Bíblia, a religião, a Igreja (sobretudo a Igreja Católica) e sobre a sociedade em que vivemos – me ajudam a buscar uma compreensão melhor desses assuntos, com a qual eu me identifico. Nessa busca, encontrando as melhores interpretações, análises e colocações – faço questão para compartilhá-las com os visitantes desta página.

Dedico este Blog de modo especial a todos os adolescentes e jovens cuja vida está cheia de indagações.
"Navegar em mar aberto, vivendo em graça ou não, inteiramente no poder de Deus..." (Soren Kierkegaard)

sábado, 18 de janeiro de 2025

“Alegria e amor”. – Reflexão de José Antonio Pagola.

 

Sua mãe disse aos empregados:< Façam tudo o que ele lhes mandar>". (Jo 2,5)

 

Abaixo, uma excelente reflexão, que tem como pano de fundo o texto bíblico

João 2,1-11(Jesus transforma água em vinho). É de autoria do padre e teólogo espanhol José Antonio Pagola. O texto foi publicado pelo autor na sua página no Facebook.

Vale a pena ler!

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Por José António Pagola

16 de janeiro de 2025

ALEGRIA E AMOR

Segundo o evangelista João, Jesus realizou sinais para dar a conhecer o mistério contido na sua pessoa e para convidar as pessoas a acolherem o poder salvador que Ele trazia consigo. Qual foi o primeiro sinal? Qual é a primeira coisa que devemos encontrar em Jesus?

O evangelista fala de um casamento em Caná da Galileia, uma pequena aldeia nas montanhas, a quinze quilômetros de Nazaré. No entanto, a cena tem um carácter claramente simbólico. Nem a mulher nem o marido têm rosto: não falam nem agem. O único importante é um "convidado" chamado Jesus.

Os casamentos eram a celebração mais esperada e amada entre os habitantes da Galileia. Durante vários dias, familiares e amigos acompanharam os noivos, comendo e bebendo com eles, dançando danças nupciais e cantando canções de amor. De repente, a mãe de Jesus aponta algo terrível: "Já não têm vinho". Como vão continuar a cantar e a dançar?

O vinho é essencial num casamento. Para estas pessoas, o vinho era também o símbolo mais expressivo de amor e alegria. Diz a tradição: "O vinho alegra o coração." A noiva cantou ao seu amado uma bonita canção de amor: "O teu amor é melhor que o vinho". O que pode ser um casamento sem alegria e amor? O que pode ser celebrado com o coração triste e vazio de amor?

No pátio da casa existem "seis jarros de pedra". Eles são enormes. São "colocados ali", de forma fixa. Armazenam "água" para purificação. Representam a piedade religiosa daqueles camponeses que tentam viver "puros" diante de Deus. Jesus transforma a água em vinho. A sua intervenção introduzirá amor e alegria nesta religião. Esta é a sua primeira contribuição.

Como podemos fingir seguir Jesus sem nos importarmos mais com a alegria e o amor entre nós? O que pode ser mais importante do que isto na Igreja e no mundo? De nada servem todos os nossos esforços se não somos capazes de introduzir o amor na nossa religião?

Nada pode ser mais triste do que dizer de uma comunidade cristã: "Já não têm vinho".

2º Tempo Comum – C

(João 2,1-11)

19 de janeiro

José António Pagola

buenasnoticias@ppc-editorial.com

Fonte: Facebook

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