Temas diversos. Observar, pensar, sentir, fazer crítica construtiva e refletir sobre tudo que o mundo e a própria vida nos traz - é o meu propósito. Um pequeno espaço para uma visão subjetiva, talvez impregnada de utopia, mas, certamente, repleta de perguntas, questionamentos, dúvidas e buscas, que norteiam a vida de muitas pessoas nos dias de hoje.

As perguntas sobre a existência e a vida humana, sobre a fé, a Bíblia, a religião, a Igreja (sobretudo a Igreja Católica) e sobre a sociedade em que vivemos – me ajudam a buscar uma compreensão melhor desses assuntos, com a qual eu me identifico. Nessa busca, encontrando as melhores interpretações, análises e colocações – faço questão para compartilhá-las com os visitantes desta página.

Dedico este Blog de modo especial a todos os adolescentes e jovens cuja vida está cheia de indagações.
"Navegar em mar aberto, vivendo em graça ou não, inteiramente no poder de Deus..." (Soren Kierkegaard)

sábado, 8 de fevereiro de 2025

“Não tenha medo!” – Reflexão de José Antonio Pagola.

 

E vendo isto Simão Pedro, prostrou-se aos pés de Jesus, dizendo: Senhor, ausenta-te de mim, que sou um homem pecador. Pois que o espanto se apoderara dele, e de todos os que com ele estavam, por causa da pesca de peixe que haviam feito.

E, de igual modo, também de Tiago e João, filhos de Zebedeu, que eram companheiros de Simão. E disse Jesus a Simão: Não temas; de agora em diante serás pescador de homens.

E, levando os barcos para terra, deixaram tudo, e o seguiram.” (Lc 5,8-11)

Hoje temos à disposição uma reflexão muito boa, baseada no texto bíblico Lucas 5,1-11 (A pesca maravilhosa). É de autoria do padre e teólogo espanhol José Antonio Pagola.

O texto foi publicado pelo autor na sua página no Facebook. Muito bom!

Vale a pena ler!

WCejnóg

Por José Antonio Pagola

07 Fevereiro 2025

Não tenha medo

A culpa em si não é algo inventado pelas religiões. Constitui uma das experiências humanas mais antigas e universais. Antes que o sentimento religioso venha à tona, é possível perceber no ser humano aquela sensação de "ter falhado" em alguma coisa. O problema não é a experiência da culpa, mas como lidar com ela.

Existe uma maneira saudável de viver com a culpa. A pessoa assume a responsabilidade por suas ações, lamenta o dano que possa ter causado e se esforça para melhorar seu comportamento no futuro. Experimentada dessa forma, a experiência da culpa faz parte do crescimento da pessoa em direção à maturidade.

Mas também há maneiras prejudiciais de sentir essa culpa. A pessoa se fecha em sua indignidade, alimenta sentimentos infantis de mancha e sujeira, destrói sua autoestima e se anula. O indivíduo se atormenta, se humilha, luta consigo mesmo, mas ao final de todos os seus esforços não se liberta nem cresce como pessoa.

O que é próprio de um cristão é viver sua experiência de culpa diante de um Deus que é amor e somente amor. O crente reconhece que foi infiel a esse amor. Isso dá à sua culpa peso e seriedade absolutos. Mas, ao mesmo tempo, liberta-o de afundar, porque sabe que, mesmo sendo pecador, é acolhido por Deus: nele pode sempre encontrar a misericórdia que salva de toda indignidade e fracasso.

Segundo a história, Pedro, dominado por sua indignidade, joga-se aos pés de Jesus, dizendo: "Afasta-te de mim, Senhor, porque sou um pecador". A resposta de Jesus não poderia ter sido outra senão: “Não tenha medo”, não tenha medo de ser pecador e de estar comigo. Este é o destino do crente: ele sabe que é pecador, mas ao mesmo tempo sabe que é aceito, compreendido e amado incondicionalmente por aquele Deus revelado em Jesus.

 

5 Tempo comum – C

(Lucas 5,1-11)

9 de fevereiro

José Antonio Pagola

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Fonte: Facebook

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