Temas diversos. Observar, pensar, sentir, fazer crítica construtiva e refletir sobre tudo que o mundo e a própria vida nos traz - é o meu propósito. Um pequeno espaço para uma visão subjetiva, talvez impregnada de utopia, mas, certamente, repleta de perguntas, questionamentos, dúvidas e buscas, que norteiam a vida de muitas pessoas nos dias de hoje.

As perguntas sobre a existência e a vida humana, sobre a fé, a Bíblia, a religião, a Igreja (sobretudo a Igreja Católica) e sobre a sociedade em que vivemos – me ajudam a buscar uma compreensão melhor desses assuntos, com a qual eu me identifico. Nessa busca, encontrando as melhores interpretações, análises e colocações – faço questão para compartilhá-las com os visitantes desta página.

Dedico este Blog de modo especial a todos os adolescentes e jovens cuja vida está cheia de indagações.
"Navegar em mar aberto, vivendo em graça ou não, inteiramente no poder de Deus..." (Soren Kierkegaard)

sábado, 1 de março de 2025

“A falta de verdade”. – Reflexão de José Antonio Pagola.

 

“Jesus fez também a seguinte comparação: <Pode um cego guiar outro cego? Não cairão os dois no buraco? >”.  (Lc 6, 39)

 

Hoje aqui, no blog Indagações-Zapytania, dispomos de uma reflexão muito atual, que tem como base o texto bíblico Lucas 6,39-45 (Não seguir os caminhos da mentira). É de autoria do padre e teólogo espanhol José Antonio Pagola. O texto foi publicado pelo autor na sua página no Facebook.

Vale a pena ler!

WCejnóg

 Por José Antonio Pagola

16 de fevereiro de 2025

A FALTA DE VERDADE

A veracidade sempre foi uma preocupação importante na educação. Nós a conhecemos desde que éramos crianças. Nossos pais e educadores conseguiam “entender” todas as nossas brincadeiras, mas nos pediam para sermos honestos. Eles queriam nos fazer ver que “dizer a verdade” é muito importante.

Eles estavam certos. A verdade é um dos pilares sobre os quais se baseiam a consciência moral e a convivência. Sem verdade não é possível viver com dignidade. Sem verdade, a coexistência justa não é possível. O ser humano se sente traído em uma de suas demandas mais profundas.

Hoje, todos os tipos de abusos e violações são fortemente condenados, mas as mentiras que tentam encobri-los nem sempre são denunciadas com a mesma energia. E, no entanto, as injustiças sempre se alimentam de mentiras. Somente distorcendo a realidade foi possível, há alguns anos, travar uma guerra tão injusta quanto a agressão ao Iraque.

Isso acontece muitas vezes. Grupos de poder colocam em prática diversos mecanismos para direcionar a opinião pública e levar a sociedade a uma determinada posição. Mas muitas vezes eles fazem isso escondendo a verdade e distorcendo os dados, de modo que as pessoas acabam vivendo com uma visão distorcida da realidade.

As consequências são sérias. Quando a verdade é escondida, existe o risco de que os contornos do "bem" e do "mal" desapareçam. Não é mais possível distinguir claramente entre o que é "justo" e o que é "injusto". Mentiras não permitem que abusos sejam vistos. Somos como "pessoas cegas" tentando guiar outras "pessoas cegas".

Diante de tantas falsificações egoístas, sempre há pessoas que têm uma visão clara e veem a realidade como ela é. São aqueles que estão atentos ao sofrimento dos inocentes. Eles colocam a verdade no meio de tantas mentiras. Eles trazem luz em meio a tanta escuridão.

8º Tempo Comum – C

(Lucas 6,39-45)

2 de março

José Antonio Pagola

buenasnoticias@ppc-editorial.com

 Fonte: Facebook

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