Temas diversos. Observar, pensar, sentir, fazer crítica construtiva e refletir sobre tudo que o mundo e a própria vida nos traz - é o meu propósito. Um pequeno espaço para uma visão subjetiva, talvez impregnada de utopia, mas, certamente, repleta de perguntas, questionamentos, dúvidas e buscas, que norteiam a vida de muitas pessoas nos dias de hoje.

As perguntas sobre a existência e a vida humana, sobre a fé, a Bíblia, a religião, a Igreja (sobretudo a Igreja Católica) e sobre a sociedade em que vivemos – me ajudam a buscar uma compreensão melhor desses assuntos, com a qual eu me identifico. Nessa busca, encontrando as melhores interpretações, análises e colocações – faço questão para compartilhá-las com os visitantes desta página.

Dedico este Blog de modo especial a todos os adolescentes e jovens cuja vida está cheia de indagações.
"Navegar em mar aberto, vivendo em graça ou não, inteiramente no poder de Deus..." (Soren Kierkegaard)

sábado, 15 de março de 2025

“Viver perante o Mistério” – Reflexão de José Antonio Pagola.

 

    Considero que todas as reflexões que trago para este blog Indagações-Zapytania trazem uma interpretação interessante e uma visão autêntica e realista das mensagens contidas nos textos da Bíblia. Tenho muito aprazo pelos autores, cujos textos apresento aqui.

    A Palavra das Escrituras é o caminho para a libertação do ser humano como filho de Deus, e de valorização da sua dignidade. A Palavra de Deus nunca deve ser usada para formular a desinformação e, com isso, fomentar ingenuidade, hipocrisia ou falsidade.

    Esta é a ideia principal deste blog: através das boas reflexões encontrar os esclarecimentos, que possam nos ajudar a alcançar respostas melhores para as indagações que nos inquietam. Espero que, pelo menos em parte, as postagens deste blog estão cumprindo o seu objetivo.                                                                                                                                                                                                                                       (WCejnog)

 

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E saiu da nuvem uma voz que dizia: Este é o meu amado Filho; a ele ouvi. E, tendo soado aquela voz, Jesus foi achado só; e eles calaram-se, e por aqueles dias não contaram a ninguém nada do que tinham visto”. (Lc 9,35-36)

Hoje temos uma excelente reflexão, baseada no texto bíblico Lucas 9,28-36

(Transfiguração de Jesus). É de autoria do padre e teólogo espanhol José Antonio Pagola.

O texto foi publicado pelo autor na sua página no Facebook.

Vale a pena ler!

WCejnóg

Por José António Pagola

12 de março de 2025

VIVER PERANTE O MISTÉRIO

O homem moderno começa a experimentar a insatisfação produzida no seu coração pelo vazio interior, pela trivialidade da vida quotidiana, pela superficialidade da nossa sociedade, pela falta de comunicação com o Mistério.

São muitos os que, umas vezes de forma vaga e confusa, outras vezes de forma clara e palpável, sentem uma indizível desilusão e um desencanto com uma sociedade que despersonaliza as pessoas, as esvazia internamente e as torna incapazes de se abrirem ao Transcendente.

O caminho seguido pela humanidade é fácil de descrever: aprendeu a utilizar o instrumento da sua razão com uma eficácia cada vez maior; tem conseguido acumular uma quantidade cada vez maior de dados; sistematizou os seus conhecimentos em ciências cada vez mais complexas; transformou a ciência em técnicas cada vez mais poderosas para dominar o mundo e a vida.

Esta fascinante viagem através dos séculos traz riscos. Inconscientemente, passamos a acreditar que a razão nos levará à libertação total. Não aceitamos o Mistério. E, no entanto, o Mistério está presente no mais profundo da nossa existência.

Os seres humanos querem saber e dominar tudo. Mas ele não pode conhecer e controlar nem a sua origem nem o seu destino final. E o mais racional seria reconhecer que estamos envolvidos em algo que nos transcende: devemos ver-nos humildemente dentro de um horizonte de Mistério.


Na mensagem de Jesus há um convite escandaloso aos ouvidos modernos: nem tudo se reduz à razão. O ser humano deve aprender a viver perante o Mistério. E o Mistério tem um nome: Deus, nosso “Pai”, que nos acolhe e nos chama a viver como irmãos.

Talvez o nosso maior problema seja tornarmo-nos incapazes de orar e de comunicar com um Pai. Somos órfãos e não nos conseguimos entender como irmãos. Ainda hoje, no meio das nuvens e da escuridão, podemos ouvir uma voz que nos continua a chamar: "Este é o meu filho... Escutai-o."

2 Quaresma – C

(Lucas 9:28-36)

16 de março

José António Pagola

buenasnoticias@ppc-editorial.com

 Fonte: Facebook


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