Solenidade da Epifania*.
Para as
pessoas interessadas em compreender um pouco mais a mensagem principal que a
Festa dos Três Reis Magos deixa para os cristãos, trago hoje para o blog
Indagaçõs-Zapytania uma reflexão muito boa
e bem atual do padre e teólogo espanhol
José Antonio Pagola.
O texto já foi postado neste espaço em 2015, mas continua muito interessante e oportuno.
Vale a
pena ler!
WCejnog
A quem nós
adoramos?
José Antonio Pagola
Os Magos são do
"Oriente", um lugar que evoca a pátria judaica da astrologia e outras
ciências estranhas. Eles são pagãos. Não os apresentaram as Sagradas Escrituras
de Israel, mas a linguagem das estrelas. Desejam buscar a verdade e são
lançados para descobrir. São guiados pelo mistério, eles sentem necessidade de
"adoração".
Os Magos chegam ao
redor de Jerusalém. Eles têm visto uma
nova estrela brilhar que os faz pensar que nasce "rei dos judeus" e que
ela os levará a "adorá-lo." Este rei não é Augusto. Nem Herodes. Onde
está? Esta é a sua pergunta.
Herodes estava
"assustado". A notícia não lhe trouxe qualquer alegria. Ele é que foi
nomeado por Roma "Rei dos Judeus". Temos que acabar com o
recém-nascido: Onde está esse estranho rival? Os "principais sacerdotes e escribas"
conhecem as Escrituras e sabem que vai nascer em Belém, mas não se importam com
a criança e não gostariam de colocá-la em local de culto.
Isto é o que Jesus
encontra ao longo de sua vida: a hostilidade e rejeição da parte de
representantes do poder político; indiferença e resistência por parte de
líderes religiosos. Somente aqueles que
buscam o reino de Deus e a sua justiça vão O acolher.
Os Magos são encorajados
a continuar a sua longa busca. Às vezes, a estrela que guia desaparece
deixando-os na incerteza. Outras vezes, brilha novamente enchendo-os de "imensa
alegria". Finalmente “encontram o menino com Maria, sua mãe. Prostrando-se
diante dele, o adoraram.”
Em seguida, colocam
ao seu serviço a riqueza que eles têm e os tesouros que possuem. Esse garoto pode contar com eles, porque eles O reconhecem como seu Rei e Senhor.
Em sua aparente
ingenuidade, essa história levanta questões cruciais: a quem devemos nos
ajoelhar? Como é chamado o
"deus" que adoramos na profundidade do nosso ser? Dizemos que somos cristãos, mas, será que vivemos
a adorar o Menino de Belém? Colocamos aos seus pés a nossa riqueza e nosso
bem-estar? Será que estamos dispostos a ouvir o seu chamado para entrar no
reino de Deus e sempre buscar a sua justiça?
Em nossas vidas
sempre há alguma estrela que nos guia
em direção a Belém.
______________
* A Epifania do Senhor (do grego: Ἐπιφάνεια, : "a aparição; um fenômeno
miraculoso") é uma festa religiosa cristã que se celebrava no dia 6 de janeiro, ou seja,
doze dias após o Natal, porém, a partir da reforma do calendário
litúrgico em1969 passou a ser
comemorada 2 domingos após o Natal.
A Epifania é
relacionada ao momento da manifestação de Jesus Cristo como o enviado de Deus, quando o mesmo se
auto-conclama filho do Criador. Na narração bíblica Jesus deu-se a conhecer a diferentes pessoas e em
diferentes momentos, porém o mundo cristão celebra como Epifanias três eventos:
- A Epifania
propriamente dita perante os magos do oriente (como está relatado em 2 1:12) e que é celebrada no dia 6 de janeiro;
- A Epifania a João Batista no rio Jordão durante o Batismo de Jesus;
- A Epifania a seus discípulos e início de sua
vida pública com o milagre de Canáquando começa
o seu ministério.
[In: Wikipedia]
Fonte:/www.facebook.com
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