Temas diversos. Observar, pensar, sentir, fazer crítica construtiva e refletir sobre tudo que o mundo e a própria vida nos traz - é o meu propósito. Um pequeno espaço para uma visão subjetiva, talvez impregnada de utopia, mas, certamente, repleta de perguntas, questionamentos, dúvidas e buscas, que norteiam a vida de muitas pessoas nos dias de hoje.

As perguntas sobre a existência e a vida humana, sobre a fé, a Bíblia, a religião, a Igreja (sobretudo a Igreja Católica) e sobre a sociedade em que vivemos – me ajudam a buscar uma compreensão melhor desses assuntos, com a qual eu me identifico. Nessa busca, encontrando as melhores interpretações, análises e colocações – faço questão para compartilhá-las com os visitantes desta página.

Dedico este Blog de modo especial a todos os adolescentes e jovens cuja vida está cheia de indagações.
"Navegar em mar aberto, vivendo em graça ou não, inteiramente no poder de Deus..." (Soren Kierkegaard)

sábado, 20 de agosto de 2016

Seguidora fiel de Jesus. – Reflexão de José Antonio Pagola. Excelente!


Festa da Assunção

O comentário que trago hoje para o blog Indagações, do padre e teólogo espanhol José Antônio Pagola, é muito bom e bem atual. Tem como pano de fundo o texto bíblico Lc  1,39-56 (Magníficat de Maria).
Foi publicado no site do Instituto Humanitas Unisinos (IHU).

Vale a pena ler e interiorizar o conteúdo.
WCejnóg


IHU – Notícias
Sexta feira, 19 de agosto de 2016.

Seguidora fiel de Jesus

A leitura que a Igreja propõe neste domingo é o Evangelho segundo Lucas 1,39-56 que corresponde à Festa da Assunção, ciclo do Ano Litúrgico.
O teólogo espanhol José Antonio Pagola comenta o texto.

Eis o texto

"Sua fé no Deus dos pequenos nos faz sintonizar com Jesus". 
Desde seu coração de Mãe, Maria percebe como ninguém 
a ternura de Deus Pai e Mãe.


Os evangelistas apresentam a Virgem com traços que podem reavivar nossa devoção a Maria, Mãe de Jesus. Seu olhar nos ajuda a amá-la, meditá-la, imitá-la, rezá-la e confiar nela com um espírito novo e mais evangélico.

Maria é a grande crente. A primeira seguidora de Jesus. A mulher que sabe meditar no seu coração os atos e as palavras de seu Filho. A profetisa que canta a Deus, salvador dos pobres, que ele anuncia. A mãe fiel que permanece ao lado de seu Filho perseguido, condenado e morto na cruz. A testemunha de Cristo Ressuscitado, que recebe junto aos discípulos o Espírito que acompanhará sempre a Igreja de Jesus.

Lucas, por sua vez, nos convida a fazer nosso o cântico de Maria, para nos deixarmos conduzir pelo seu espírito até Jesus, pois no "Magnificat" resplandece mais ainda a fé de Maria e sua identificação maternal com seu Filho Jesus.

Maria começa proclamando a grandeza de Deus: "Meu espírito se alegra em Deus, meu Salvador, porque ele olhou a pequenez de sua serva". Maria é feliz porque Deus colocou seu olhar em sua pequenez. Assim é Deus com os pequenos. Maria canta com a mesma alegria que Jesus abençoa o Pai, porque ele fica oculto para os "sábios e prudentes" e se revela "aos simples". A fé de Maria no Deus dos pequenos nos faz sintonizar com Jesus.

Maria proclama o Deus "Todo Poderoso", porque "a sua misericórdia chega aos fiéis de geração em geração". Deus coloca o Seu poder a serviço da compaixão. Sua misericórdia abrange todas as gerações. Jesus prega a mesma coisa: Deus é misericordioso para com todos. Então, ele disse aos seus discípulos de todos os tempos: "Sede misericordiosos como o vosso Pai é misericordioso". Desde seu coração de mãe, Maria percebe como nenhuma outra pessoa a ternura de Deus Pai e Mãe, e nos introduz ao núcleo central da mensagem de Jesus: Deus é amor compassivo.

Maria proclama também o Deus dos pobres, porque "derruba do trono os poderosos" e deixa-os impotentes para continuar oprimindo; pelo contrário, "exalta os humildes" para que recuperem sua dignidade. Clama aos ricos o que é roubado dos pobres e "os despede de mãos vazias". E aos famintos, "ele os enche de bens" para desfrutar de uma vida mais humana. Jesus clamava o mesmo: "os últimos serão os primeiros". Maria leva-nos a aceitar a Boa Nova de Jesus: Deus é dos pobres.

Maria nos ensina, melhor que ninguém, a seguir Jesus, anunciando o Deus de compaixão, trabalhando para um mundo mais fraterno, confiando no Pai dos pequenos.




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