Temas diversos. Observar, pensar, sentir, fazer crítica construtiva e refletir sobre tudo que o mundo e a própria vida nos traz - é o meu propósito. Um pequeno espaço para uma visão subjetiva, talvez impregnada de utopia, mas, certamente, repleta de perguntas, questionamentos, dúvidas e buscas, que norteiam a vida de muitas pessoas nos dias de hoje.

As perguntas sobre a existência e a vida humana, sobre a fé, a Bíblia, a religião, a Igreja (sobretudo a Igreja Católica) e sobre a sociedade em que vivemos – me ajudam a buscar uma compreensão melhor desses assuntos, com a qual eu me identifico. Nessa busca, encontrando as melhores interpretações, análises e colocações – faço questão para compartilhá-las com os visitantes desta página.

Dedico este Blog de modo especial a todos os adolescentes e jovens cuja vida está cheia de indagações.
"Navegar em mar aberto, vivendo em graça ou não, inteiramente no poder de Deus..." (Soren Kierkegaard)

sexta-feira, 4 de setembro de 2020

“Habitar num espaço habitado por Jesus”. – Reflexão de José Antonio Pagola. Excelente!

Porque, onde estiverem dois ou três reunidos em meu nome, aí estou eu no meio deles”.  (Mt 18,20)

A reflexão que trago hoje para o blog Indagações-Zapytania, do padre e teólogo espanhol José Antônio Pagola, é muito precisa e importante. Tem como pano de fundo o texto bíblico  Mt 18, 15-20 (Correção fraterna e a oração em comum).

Foi publicado no site do Instituto Humanitas Unisinos (IHU).

Vale a pena ler.

WCejnog 


IHU – ADITAL 

04 Setembro 2020

A leitura que a Igreja propõe neste domingo é o Evangelho de Mateus capítulo 18,15-20, que corresponde ao 23° Domingo do ciclo A do Ano Litúrgico. O teólogo espanhol José Antonio Pagola comenta o texto.

Eis o texto.

Ao que parece, às primeiras gerações cristãs não lhes preocupava muito o número. No final do século I, eram apenas uns vinte mil, perdidos no meio do Império Romano. Eram muitos ou eram poucos? Eles formavam a Igreja de Jesus, e o importante era viver pelo seu Espírito. Paulo convida constantemente os membros das suas pequenas comunidades a que «vivam em Cristo». O quarto evangelho exorta os seus leitores a que «permaneçam com Ele».

Mateus, por sua vez, coloca estas palavras nos lábios de Jesus: «Onde dois ou três estejam reunidos em meu nome, aí estou eu no meio deles». Na Igreja de Jesus, não se pode estar de qualquer maneira: por hábito, inércia ou por medo. Seus seguidores devem estar «reunidos em seu nome», convertendo-se a Ele, alimentando-se do seu evangelho. Esta é também hoje a nossa primeira tarefa, mesmo que sejamos poucos, mesmo que sejamos dois ou três.


Reunir-se em nome de Jesus é criar um espaço para viver toda a existência em torno dele e a partir de seu horizonte. Um espaço espiritual bem definido não por doutrinas, costumes ou práticas, mas pelo Espírito de Jesus, que nos faz viver com seu estilo.

O centro deste «espaço de Jesus» é ocupado pela narrativa do Evangelho. É a experiência essencial de toda a comunidade cristã: «lembrar Jesus», recordar suas palavras, acolhê-las com fé e atualizá-las com alegria. Essa arte de acolher o evangelho nas nossas vidas permite-nos entrar em contato com Jesus e viver a experiência de ir crescendo como seus discípulos e seguidores.

Neste espaço criado em seu nome, vamos caminhando, não sem fraquezas e pecados, em direção à verdade do evangelho, descobrindo juntos o núcleo essencial da nossa fé e recuperando a nossa identidade cristã no meio de uma Igreja por vezes tão debilitada pela rotina e tão paralisada pelos medos.

Este espaço dominado por Jesus é o primeiro que temos de cuidar, consolidar e aprofundar nas nossas comunidades e paróquias. Não nos enganemos. A renovação da Igreja começa sempre no coração de dois ou três crentes que se reúnem em nome de Jesus.

Fonte: IHU – Comentário do Evangelho

 

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