"Após terem observado tudo segundo a Lei do Senhor, voltaram para a Galileia, à sua cidade de Nazaré. O menino ia crescendo e se fortificava: estava cheio de sabedoria, e a graça de Deus repousava nele". (Lc 2, 39-40)
Sagrada Família
Hoje trago para este espaço mais uma boa reflexão, muito concreta e bem atual, que tem como pano de fundo o texto bíblico Lc 2, 22-40 (Apresentação do Senhor). É de autoria do padre e teólogo espanhol José Antonio Pagola. Foi publicada na no site do Instituto Humanitas Unisinos (IHU).
Vale a pena ler!
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IHU – ADITAL
26 Dezembro 2020
A leitura que a Igreja propõe neste domingo é o Evangelho de Lucas 2,22-40, que corresponde à Solenidade da Sagrada Família, ciclo B do Ano Litúrgico. O teólogo espanhol José Antonio Pagola comenta o texto.
Eis o texto
A passagem de Lucas termina dizendo: «A criança, por seu lado, ia crescendo e fortalecendo-se, cheia de sabedoria; e a graça de Deus estava com ela».
Quando falamos hoje de «educar na fé», o que queremos dizer? Concretamente, o objetivo é que os filhos entendam e vivam de uma forma responsável e coerente a sua adesão a Jesus Cristo, aprendendo a viver de forma saudável e positiva a partir do evangelho.
Mas hoje em dia a fé não pode ser vivida de qualquer maneira. As crianças necessitam aprender a ser crentes no meio de uma sociedade descristianizada. Isto exige viver uma fé personalizada, não pela tradição, mas fruto de uma decisão pessoal; uma fé vivida e experimentada, isto é, uma fé que se alimenta não de ideias e doutrinas, mas sim de uma experiência gratificante; uma fé não individualista, mas partilhada de alguma forma numa comunidade crente; uma fé centrada no essencial, que pode coexistir com dúvidas e interrogações; uma fé não envergonhada, mas comprometida e testemunhada no meio de uma sociedade indiferente.
Isto requer todo um estilo de educar hoje na fé, em que o importante é transmitir uma experiência mais do que de ideias e doutrinas; ensinar a viver valores cristãos mais do que a sujeição a algumas normas; desenvolver a responsabilidade pessoal em vez de impor costumes; introduzir na comunidade cristã em vez de desenvolver o individualismo religioso; cultivar a adesão confiada a Jesus em vez de resolver de forma abstrata problemas de fé.
Na educação da fé, o decisivo é o exemplo. Que os filhos possam encontrar na sua própria casa «modelos de identificação», que não lhes seja difícil saber como quem deveriam comportar-se para viver a sua fé de forma saudável, alegre e responsável.
Fonte: IHU – Comentário do Evangelho
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