Temas diversos. Observar, pensar, sentir, fazer crítica construtiva e refletir sobre tudo que o mundo e a própria vida nos traz - é o meu propósito. Um pequeno espaço para uma visão subjetiva, talvez impregnada de utopia, mas, certamente, repleta de perguntas, questionamentos, dúvidas e buscas, que norteiam a vida de muitas pessoas nos dias de hoje.

As perguntas sobre a existência e a vida humana, sobre a fé, a Bíblia, a religião, a Igreja (sobretudo a Igreja Católica) e sobre a sociedade em que vivemos – me ajudam a buscar uma compreensão melhor desses assuntos, com a qual eu me identifico. Nessa busca, encontrando as melhores interpretações, análises e colocações – faço questão para compartilhá-las com os visitantes desta página.

Dedico este Blog de modo especial a todos os adolescentes e jovens cuja vida está cheia de indagações.
"Navegar em mar aberto, vivendo em graça ou não, inteiramente no poder de Deus..." (Soren Kierkegaard)

sábado, 12 de dezembro de 2020

“Testemunhas da luz”. – Reflexão de José Antonio Pagola.

 


“Houve um homem enviado de Deus, cujo nome era João. Este veio para testemunho, para que testificasse da luz, para que todos cressem por ele. Não era ele a luz, mas para que testificasse da luz”. (Jo1, 6-8)

A reflexão que trago hoje para o blog Indagações-Zapytania, do padre e teólogo espanhol José Antônio Pagola, é muito precisa e bem atual. Tem como pano de fundo o texto bíblico  João 1, 6-8.18-19) (Prólogo do Evangelho de João).

Foi publicada no site do Instituto Humanitas Unisinos (IHU).

Vale a pena ler.

WCejnog

IHU – ADITAL

11 Dezembro 2020

A leitura que a Igreja propõe neste domingo é o Evangelho de João 1,6-8.18-19, que corresponde ao 3° Domingo do Advento, ciclo B do Ano Litúrgico. O teólogo espanhol José Antonio Pagola comenta o texto. 

Eis o texto

É curioso como apresenta o quarto evangelho a figura do Batista. É um «homem», sem mais qualificativos ou precisões. Nada é dito sobre sua origem ou condição social. Ele próprio sabe que não é importante. Não é o Messias, não é Elias, nem sequer é o Profeta que todos esperam. Só se vê a si mesmo como «a voz que grita no deserto: Preparai o caminho do Senhor». No entanto, Deus envia-O como «testemunha da luz», capaz de despertar a fé de todos. Uma pessoa que pode espalhar luz e vida. Que é ser testemunha da luz?

A testemunha é como João. Não se dá importância. Não procura ser original ou chamar a atenção. Não tenta impactar ninguém. Simplesmente vive a sua vida de uma forma convincente. Vê-se que Deus ilumina a sua vida. Irradia-o no seu modo de viver e acreditar.

A testemunha da luz não fala muito, mas é uma voz. Vive algo inconfundível. Comunica o que a Ele faz viver. Não diz coisas sobre Deus, mas contagia «algo». Não ensina doutrina religiosa, mas convida a acreditar. A vida da testemunha atrai e desperta interesse. Não culpabiliza ninguém. Não condena. Contagia confiança em Deus, liberta de medos. Abre sempre caminhos. É como o Batista, «abre o caminho para o Senhor».

A testemunha sente-se débil e limitada. Muitas vezes comprova que a sua fé não encontra apoio nem eco social. Inclusive vê-se rodeado de indiferença ou rejeição. Mas a testemunha de Deus não julga ninguém. Não vê os outros como adversários que tem de combater ou convencer: Deus sabe como encontrar-se com cada um dos seus filhos e filhas.

Diz-se que o mundo atual se está a converter num «deserto», mas a testemunha revela que algo sabe sobre Deus e o amor, algo sabe sobre a «fonte» e de como se acalma a sede de felicidade que há no ser humano. A vida está cheia de pequenas testemunhas. São crentes simples e humildes, conhecidos apenas por aqueles à sua volta. Pessoas muito boas. Vivem da verdade e do amor. Eles "abrem-nos o caminho" para Deus. São o melhor que temos na Igreja.

Fonte: IHU – Comentário doEvangelho


Nenhum comentário:

Postar um comentário