Temas diversos. Observar, pensar, sentir, fazer crítica construtiva e refletir sobre tudo que o mundo e a própria vida nos traz - é o meu propósito. Um pequeno espaço para uma visão subjetiva, talvez impregnada de utopia, mas, certamente, repleta de perguntas, questionamentos, dúvidas e buscas, que norteiam a vida de muitas pessoas nos dias de hoje.

As perguntas sobre a existência e a vida humana, sobre a fé, a Bíblia, a religião, a Igreja (sobretudo a Igreja Católica) e sobre a sociedade em que vivemos – me ajudam a buscar uma compreensão melhor desses assuntos, com a qual eu me identifico. Nessa busca, encontrando as melhores interpretações, análises e colocações – faço questão para compartilhá-las com os visitantes desta página.

Dedico este Blog de modo especial a todos os adolescentes e jovens cuja vida está cheia de indagações.
"Navegar em mar aberto, vivendo em graça ou não, inteiramente no poder de Deus..." (Soren Kierkegaard)

sexta-feira, 21 de maio de 2021

“Abertos ao Espírito”. – Reflexão de José Antonio Pagola. Excelente!

Novamente Jesus disse: "Paz seja com vocês! Assim como o Pai me enviou, eu os envio". E com isso, soprou sobre eles e disse: "Recebam o Espírito Santo”. (Jo 20, 21-22)

 

Pentecostes

A reflexão que trago hoje para o blog Indagações-Zapytania, do padre e teólogo espanhol José Antônio Pagola, é muito precisa e bem atual. Tem como pano de fundo o texto bíblico Jo 20, 19-23. (Jesus aparece aos discípulos). Foi publicada no site do Instituto Humanitas Unisinos (IHU).

Vale a pena ler.

Wcejnog

IHU – ADITAL

21 Maio 2021

A leitura que a Igreja propõe neste domingo é o Evangelho de João 20,19-23, que corresponde à Festa de Pentecostes, ciclo B, do Ano Litúrgico. O teólogo espanhol José Antonio Pagola comenta o texto.  

Abertos ao Espírito 

Não falam muito. Não se fazem notar. A sua presença é modesta e calada, mas são «sal da terra». Enquanto houver no mundo mulheres e homens atentos ao Espírito de Deus, será possível continuar à espera. Eles são o melhor presente para uma Igreja ameaçada pela mediocridade espiritual. 

A sua influência não provém do que fazem ou do que falam ou escrevem, mas de uma realidade mais profunda. Encontram-se retirados em mosteiros ou escondidos no meio das pessoas. Não se destacam pela sua atividade e, contudo, irradiam energia interior onde quer que estejam. 

Não vivem de aparências. A sua vida nasce do mais profundo do seu ser. Vivem em harmonia consigo mesmos, atentos a fazer coincidir a sua existência com a chamada do Espírito que os habita. Sem que eles mesmos se apercebam, são sobre a Terra, reflexo do Mistério de Deus. 

Têm defeitos e limitações. Não estão imunizados contra o pecado. Mas não se deixam absorver pelos problemas e conflitos da vida. Voltam uma e outra vez ao fundo do seu ser. Esforçam-se por viver na presença de Deus. Ele é o centro e a fonte que unifica os seus desejos, palavras e decisões. 

Basta pôr-se em contato com eles para tomar consciência da dispersão e agitação que há dentro de nós. Junto deles é fácil perceber a falta de unidade interior, o vazio e a superficialidade das nossas vidas. Eles fazem-nos intuir dimensões que desconhecemos. 

 

Estes homens e mulheres abertos ao Espírito são fonte de luz e vida. A sua influência é oculta e misteriosa. Estabelecem com os outros uma relação que nasce de Deus. Vivem em comunhão com pessoas que nunca viram. Amam com ternura e compaixão pessoas que não conhecem. Deus fá-los viver em união profunda com toda a criação. 

 

No meio de uma sociedade materialista e superficial, que tanto desqualifica e maltrata os valores do espírito, quero recordar estes homens e mulheres «espirituais». Eles lembram-nos o maior anseio do coração humano e a Fonte última onde se apaga toda a sede.

Fonte: IHU – Comentário doEvangelho

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