Temas diversos. Observar, pensar, sentir, fazer crítica construtiva e refletir sobre tudo que o mundo e a própria vida nos traz - é o meu propósito. Um pequeno espaço para uma visão subjetiva, talvez impregnada de utopia, mas, certamente, repleta de perguntas, questionamentos, dúvidas e buscas, que norteiam a vida de muitas pessoas nos dias de hoje.

As perguntas sobre a existência e a vida humana, sobre a fé, a Bíblia, a religião, a Igreja (sobretudo a Igreja Católica) e sobre a sociedade em que vivemos – me ajudam a buscar uma compreensão melhor desses assuntos, com a qual eu me identifico. Nessa busca, encontrando as melhores interpretações, análises e colocações – faço questão para compartilhá-las com os visitantes desta página.

Dedico este Blog de modo especial a todos os adolescentes e jovens cuja vida está cheia de indagações.
"Navegar em mar aberto, vivendo em graça ou não, inteiramente no poder de Deus..." (Soren Kierkegaard)

sábado, 8 de maio de 2021

“No estilo de Jesus”. – Reflexão de José Antonio Pagola.

"Este é o meu mandamento: Amem-se uns aos outros”. (Jo 15,17)

Abaixo, uma excelente reflexão, muito concreta e bem atual, que tem como pano de fundo o texto bíblico Jo 15, 9-17 (Permanecei no meu amor). É de autoria do padre e teólogo espanhol José Antonio Pagola. Foi publicada na no site do Instituto Humanitas Unisinos (IHU).

Vale a pena ler!

WCejnóg

IHU – ADITAL

07 Maio 2021

A leitura que a Igreja propõe neste domingo é o Evangelho de João 15,9-17, que corresponde ao 6° Domingo de Páscoa, ciclo B do Ano Litúrgico. O teólogo espanhol José Antonio Pagola comenta o texto. 

Eis o texto.

Jesus está despedindo-se dos seus discípulos. Amou-os apaixonadamente. Amou-os com o mesmo amor com que o Pai O amou. Agora tem que os deixar. Conhece o seu egoísmo. Não sabem como se amar. Vê-os discutir entre si para conseguirem os primeiros lugares. O que será deles?


As palavras de Jesus adquirem um tom solene. Devem ficar bem gravadas em todos: «Este é o meu mandato: que vos ameis uns aos outros como eu vos amei». Jesus não quer que seu estilo de amar se perca entre os seus. Se um dia o esquecem, ninguém os poderá reconhecer como discípulos seus.

De Jesus ficou uma recordação inesquecível. As primeiras gerações resumiam assim sua vida: «Passou por todo o lado fazendo o bem». Era bom encontrar-se com Ele. Procurava sempre o bem das pessoas. Ajudava a viver. A sua vida foi uma Boa Nova. Podia-se descobrir nele a proximidade boa de Deus.

Jesus tem um estilo de amar inconfundível. É muito sensível ao sofrimento das pessoas. Não pode passar ao largo de quem está sofrendo. Ao entrar um dia na pequena aldeia de Naim, encontra com um enterro: uma viúva dirige-se a enterrar o seu único filho. A Jesus sai-lhe de dentro o seu amor por aquela desconhecida: «Mulher, não chores». Quem ama como Jesus, vive aliviando o sofrimento e secando lágrimas.

Os Evangelhos recordam em várias ocasiões como Jesus captava com seu olhar o sofrimento das pessoas. Olhava-os e comovia-se: via-os sofrendo ou abatidos, como ovelhas sem pastor. Rapidamente se punha a curar os mais doentes ou a alimentá-los com suas palavras. Quem ama como Jesus aprende a olhar para os rostos das pessoas com compaixão.

É admirável a disponibilidade de Jesus para fazer o bem. Não pensa em si mesmo. Está atento a qualquer chamada, disposto sempre a fazer o que puder. A um mendigo cego que lhe pede compaixão enquanto está a caminho acolhe-o com estas palavras: «Que queres que faça por ti? ». Com esta atitude anda pela vida quem ama como Jesus.

Jesus sabe estar junto aos mais indefesos. Não é preciso que o peçam. Faz o que pode para curar as suas doenças, libertar as suas consciências, ou contagiar a sua confiança em Deus. Mas não pode resolver todos os problemas daquelas pessoas.

Então dedica-se a fazer gestos de bondade: abraça as crianças da rua: não quer que ninguém se sinta órfão; abençoa os doentes: não quer que se sintam esquecidos por Deus; acaricia a pele dos leprosos: não quer que se vejam excluídos. Assim são os gestos de quem ama como Jesus.

Fonte: IHU - Comentário do Evangelho

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