Temas diversos. Observar, pensar, sentir, fazer crítica construtiva e refletir sobre tudo que o mundo e a própria vida nos traz - é o meu propósito. Um pequeno espaço para uma visão subjetiva, talvez impregnada de utopia, mas, certamente, repleta de perguntas, questionamentos, dúvidas e buscas, que norteiam a vida de muitas pessoas nos dias de hoje.

As perguntas sobre a existência e a vida humana, sobre a fé, a Bíblia, a religião, a Igreja (sobretudo a Igreja Católica) e sobre a sociedade em que vivemos – me ajudam a buscar uma compreensão melhor desses assuntos, com a qual eu me identifico. Nessa busca, encontrando as melhores interpretações, análises e colocações – faço questão para compartilhá-las com os visitantes desta página.

Dedico este Blog de modo especial a todos os adolescentes e jovens cuja vida está cheia de indagações.
"Navegar em mar aberto, vivendo em graça ou não, inteiramente no poder de Deus..." (Soren Kierkegaard)

sábado, 25 de junho de 2022

“Um cristianismo de seguimento”. – Reflexão de José Antonio Pagola.

 

Quando andavam pelo caminho, um homem lhe disse: <Eu te seguirei por onde quer que fores>. Jesus respondeu: <As raposas têm suas tocas e as aves do céu têm seus ninhos, mas o Filho do homem não tem onde repousar a cabeça>. (Lc 9. 57-58)

 

Abaixo, uma bonita reflexão, muito atual, que tem como pano de fundo o texto bíblico Lucas 9, 51-62 (Ensinamentos de Jesus). É de autoria do padre e teólogo espanhol José Antonio Pagola. O texto foi publicado pelo autor na sua página no Facebook.

Vale a pena ler!

WCejnóg


 Por José Antonio Pagola

24 Junho 2022

UM CRISTIANISMO DE SEGUIMENTO

Em tempos de crise há uma grande tentação de buscar segurança, voltar a posições fáceis e bater novamente às portas de uma religião que nos "protege" de tantos problemas e conflitos.

Temos que rever nosso cristianismo para ver se na Igreja de hoje vivemos motivados pela paixão de seguir Jesus ou se buscamos "segurança religiosa".

Segundo o conhecido teólogo alemão Johann Baptist Metz, este é o desafio mais sério que os cristãos na Europa enfrentam: decidir entre uma "religião burguesa" ou um "cristianismo de seguimento".


Seguir Jesus não significa fugir para um passado morto, mas tentar viver o hoje com o espírito que o animou. Como alguém sabiamente disse, trata-se de viver hoje “com o ar de Jesus” e não “com o vento que mais sopra”.

Este seguimento não consiste em buscar novidades ou em promover grupos seletos, mas em fazer de Jesus o único eixo de nossas comunidades, colocando-nos decididamente a serviço do que ele chamou de reino de Deus.

Por isso, seguir Jesus quase sempre implica caminhar "contra a corrente", numa atitude de rebeldia contra costumes, modas ou correntes de opinião que não condizem com o espírito do Evangelho. E isso requer não apenas não nos deixarmos dominar por uma sociedade superficial e consumista, mas até mesmo contradizer nossos próprios amigos e parentes quando nos convidam a seguir caminhos contrários ao Evangelho.

Por esta razão, seguir Jesus requer estar pronto para o conflito e a cruz. Estejamos, portanto, dispostos a compartilhar sua sorte.

Aceitemos o risco de uma vida crucificada como a dele, sabendo que a ressurreição nos espera.

Será que hoje somos capazes de ouvir o chamado sempre vivo de Jesus para segui-lo?

13 Tempo Comum - C

(Lucas 9,51-62)

26 de junho

goodnews@ppc-editorial.com

Fonte: Facebook

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