Temas diversos. Observar, pensar, sentir, fazer crítica construtiva e refletir sobre tudo que o mundo e a própria vida nos traz - é o meu propósito. Um pequeno espaço para uma visão subjetiva, talvez impregnada de utopia, mas, certamente, repleta de perguntas, questionamentos, dúvidas e buscas, que norteiam a vida de muitas pessoas nos dias de hoje.

As perguntas sobre a existência e a vida humana, sobre a fé, a Bíblia, a religião, a Igreja (sobretudo a Igreja Católica) e sobre a sociedade em que vivemos – me ajudam a buscar uma compreensão melhor desses assuntos, com a qual eu me identifico. Nessa busca, encontrando as melhores interpretações, análises e colocações – faço questão para compartilhá-las com os visitantes desta página.

Dedico este Blog de modo especial a todos os adolescentes e jovens cuja vida está cheia de indagações.
"Navegar em mar aberto, vivendo em graça ou não, inteiramente no poder de Deus..." (Soren Kierkegaard)

sábado, 2 de julho de 2022

“Das instruções de Jesus”. – Refelexão de José Antonio Pagola. Excelente!

 

E dizia-lhes: Grande é, em verdade, a seara, mas os obreiros são poucos; rogai, pois, ao Senhor da seara que envie obreiros para a sua seara. Ide; eis que vos mando como cordeiros ao meio de lobos. Não leveis bolsa, nem alforje, nem alparcas; e a ninguém saudeis pelo caminho. E, em qualquer casa onde entrardes, dizei primeiro: Paz seja nesta casa". (Lc 10, 2-5)

Abaixo, uma reflexão muito relevante e concreta atualmente, que tem como pano de fundo o texto bíblico Lc 10,1-12,17-20 (Jesus envia seus discípulos). É de autoria do padre e teólogo espanhol José Antonio Pagola.

O texto foi publicado pelo autor na sua página no Facebook.

Vale a pena ler!

WCejnóg


 Por José Antonio Pagola

29 Junho 2022

DAS INSTRUÇÕES DE JESUS

Depois de vinte séculos de cristianismo, é difícil dar as instruções de Jesus a seus seguidores sem se sentir constrangido. Não se trata de vivê-los literalmente. Não. Simplesmente não agir contra o espírito que eles contêm. Só me lembrarei de dois slogans. Jesus envia seus discípulos pelas aldeias da Galiléia como "cordeiros no meio de lobos". Quem acredita hoje que essa deve ser nossa identidade em uma sociedade atravessada por todos os tipos de conflitos e confrontos? E, no entanto, não precisamos de mais lobos entre nós, mas de mais cordeiros. Cada vez que a agressividade e o ressentimento são alimentados pela Igreja ou seu entorno, ou são lançados insultos e ataques que dificultam o entendimento mútuo, estamos agindo contra o espírito de Jesus.

A “primeira” coisa a comunicar aos seus discípulos ao entrar numa casa é: “Paz a esta casa”. A paz é o primeiro sinal do reino de Deus. Se a Igreja não introduz a paz na convivência, nós cristãos anulamos pela raiz nossa primeira tarefa. O outro slogan é mais desconcertante: "Não leve bolsa, nem alforje, nem sandálias". Os seguidores de Jesus viverão como os vagabundos que estão em seu caminho. Eles não vão levar dinheiro ou provisões. Andarão descalços, como tantos pobres que não têm um par de sandálias de couro. Não levavam nem alforje, como faziam certos filósofos itinerantes.

Todos poderão ver na sua forma de vestir e equipar a sua paixão pelo que há de mais moderno. O surpreendente é que Jesus não está pensando no que eles devem fazer, mas exatamente o contrário: o que eles não devem levar; para que não se distanciem demais dos mais pobres.

Como esse espírito de Jesus pode ser traduzido hoje para a sociedade do bem-estar? Não simplesmente recorrer a uma vestimenta que nos identifique como membros de uma instituição religiosa ou responsáveis ​​por um cargo na Igreja. Cada um de nós deve rever humildemente qual padrão de vida, quais comportamentos, qual palavra, qual atitude melhor nos identifica com este último.

14 Tempo Comum - C (Lucas 10,1-12,17-20)

03 Julho

Jose Antonio Pagola

goodnews@ppc-editorial.com

Fonte: Facebook


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