“Responderá o Rei: Em verdade eu vos declaro: todas as vezes que fizestes isso a um destes meus irmãos mais pequeninos, foi a mim mesmo que o fizestes.” (Mt 25, 40)
Solenidade de Cristo Rei do Universo
Hoje temos uma excelente reflexão, baseada no texto bíblico Mateus 25,31-46 (Parábola do Julgamento Final). É de autoria do padre e teólogo espanhol José Antonio Pagola.
O texto foi publicado pelo autor na sua página no Facebook.
Vale a pena ler!
WCejnóg
Por José Antonio Pagola
23 Novembro 2023
UM ESTRANHO JULGAMENTO
As fontes não admitem dúvidas. Jesus vive focado naqueles que ele vê precisando de ajuda. Ele não consegue passar. Nenhum sofrimento lhe é estranho. Ele se identifica com os menores e mais indefesos e faz tudo o que pode por eles. Para ele, a compaixão vem em primeiro lugar. A única maneira de ser como Deus: “Seja compassivo como seu Pai é compassivo”.
Não devemos surpreender-nos que, ao falar do Juízo Final, Jesus apresente a compaixão como o critério final e decisivo que julgará a nossa vida e a nossa identificação com ele. Como podemos ficar surpresos que ele se apresente identificado com todas as pessoas pobres e infelizes da história?
O evangelista não pára adequadamente para descrever os detalhes de um julgamento. O que se destaca é um duplo diálogo que ilumina imensamente o nosso presente e nos abre os olhos para ver que, em última análise, existem duas formas de reagir a quem sofre: temos pena deles e os ajudamos ou os ignoramos e abandonamos.
O orador é um juiz identificado com todos os pobres e necessitados: “Cada vez que você ajudou um desses meus irmãozinhos, você fez isso comigo”. Aqueles que vieram ajudar alguém necessitado vieram até ele. É por isso que eles devem estar com ele no reino: “Vinde, vós que sois abençoados por meu Pai”.
Depois se dirige aos que viveram sem compaixão: “Cada vez que vocês não ajudaram um desses pequeninos, vocês pararam de me ajudar”. Aqueles que se afastaram daqueles que sofrem se afastaram de Jesus. É lógico que agora ele lhes diga: “Afastem-se de mim”. Siga seu caminho.
Nossa vida está em jogo agora. Não há necessidade de esperar por qualquer julgamento. Agora estamos nos aproximando ou nos afastando daqueles que sofrem. Agora estamos nos aproximando ou nos afastando de Cristo. Agora estamos decidindo nossa vida.
Jesus Cristo, Rei do universo – Solenidade
(Mateus 25,31-46)
26 de novembro
José Antonio Pagola
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Fonte:Facebook