Temas diversos. Observar, pensar, sentir, fazer crítica construtiva e refletir sobre tudo que o mundo e a própria vida nos traz - é o meu propósito. Um pequeno espaço para uma visão subjetiva, talvez impregnada de utopia, mas, certamente, repleta de perguntas, questionamentos, dúvidas e buscas, que norteiam a vida de muitas pessoas nos dias de hoje.

As perguntas sobre a existência e a vida humana, sobre a fé, a Bíblia, a religião, a Igreja (sobretudo a Igreja Católica) e sobre a sociedade em que vivemos – me ajudam a buscar uma compreensão melhor desses assuntos, com a qual eu me identifico. Nessa busca, encontrando as melhores interpretações, análises e colocações – faço questão para compartilhá-las com os visitantes desta página.

Dedico este Blog de modo especial a todos os adolescentes e jovens cuja vida está cheia de indagações.
"Navegar em mar aberto, vivendo em graça ou não, inteiramente no poder de Deus..." (Soren Kierkegaard)

sábado, 25 de novembro de 2023

“Um estranho julgamento”. – Reflexão de José Antonio Pagola.

 

Responderá o Rei: Em verdade eu vos declaro: todas as vezes que fizestes isso a um destes meus irmãos mais pequeninos, foi a mim mesmo que o fizestes.” (Mt 25, 40)

Solenidade de Cristo Rei do Universo

Hoje temos uma excelente reflexão, baseada no texto bíblico Mateus 25,31-46 (Parábola do Julgamento Final). É de autoria do padre e teólogo espanhol José Antonio Pagola.

O texto foi publicado pelo autor na sua página no Facebook.

Vale a pena ler!

WCejnóg

Por José Antonio Pagola

23 Novembro 2023

UM ESTRANHO JULGAMENTO

As fontes não admitem dúvidas. Jesus vive focado naqueles que ele vê precisando de ajuda. Ele não consegue passar. Nenhum sofrimento lhe é estranho. Ele se identifica com os menores e mais indefesos e faz tudo o que pode por eles. Para ele, a compaixão vem em primeiro lugar. A única maneira de ser como Deus: “Seja compassivo como seu Pai é compassivo”.

Não devemos surpreender-nos que, ao falar do Juízo Final, Jesus apresente a compaixão como o critério final e decisivo que julgará a nossa vida e a nossa identificação com ele. Como podemos ficar surpresos que ele se apresente identificado com todas as pessoas pobres e infelizes da história?

Segundo o relato de Mateus, “todas as nações” são comparadas diante do Filho do Homem, isto é, diante de Jesus, o compassivo. Nenhuma diferença é feita entre “povos escolhidos” e “povos pagãos”. Nada é dito sobre as diferentes religiões e cultos. Falamos de algo muito humano e que todos entendem: o que fizemos com aqueles que sofreram ao nosso lado?

O evangelista não pára adequadamente para descrever os detalhes de um julgamento. O que se destaca é um duplo diálogo que ilumina imensamente o nosso presente e nos abre os olhos para ver que, em última análise, existem duas formas de reagir a quem sofre: temos pena deles e os ajudamos ou os ignoramos e abandonamos.

O orador é um juiz identificado com todos os pobres e necessitados: “Cada vez que você ajudou um desses meus irmãozinhos, você fez isso comigo”. Aqueles que vieram ajudar alguém necessitado vieram até ele. É por isso que eles devem estar com ele no reino: “Vinde, vós que sois abençoados por meu Pai”.

Depois se dirige aos que viveram sem compaixão: “Cada vez que vocês não ajudaram um desses pequeninos, vocês pararam de me ajudar”. Aqueles que se afastaram daqueles que sofrem se afastaram de Jesus. É lógico que agora ele lhes diga: “Afastem-se de mim”. Siga seu caminho.

Nossa vida está em jogo agora. Não há necessidade de esperar por qualquer julgamento. Agora estamos nos aproximando ou nos afastando daqueles que sofrem. Agora estamos nos aproximando ou nos afastando de Cristo. Agora estamos decidindo nossa vida.

Jesus Cristo, Rei do universo – Solenidade

(Mateus 25,31-46)

26 de novembro

José Antonio Pagola

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Fonte:Facebook

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