Temas diversos. Observar, pensar, sentir, fazer crítica construtiva e refletir sobre tudo que o mundo e a própria vida nos traz - é o meu propósito. Um pequeno espaço para uma visão subjetiva, talvez impregnada de utopia, mas, certamente, repleta de perguntas, questionamentos, dúvidas e buscas, que norteiam a vida de muitas pessoas nos dias de hoje.

As perguntas sobre a existência e a vida humana, sobre a fé, a Bíblia, a religião, a Igreja (sobretudo a Igreja Católica) e sobre a sociedade em que vivemos – me ajudam a buscar uma compreensão melhor desses assuntos, com a qual eu me identifico. Nessa busca, encontrando as melhores interpretações, análises e colocações – faço questão para compartilhá-las com os visitantes desta página.

Dedico este Blog de modo especial a todos os adolescentes e jovens cuja vida está cheia de indagações.
"Navegar em mar aberto, vivendo em graça ou não, inteiramente no poder de Deus..." (Soren Kierkegaard)

domingo, 9 de junho de 2024

“A força de cura do Espírito”. – Reflexão de José Antonio Pagola.

 

E, olhando em redor para os que estavam assentados junto dele, disse: Eis aqui minha mãe e meus irmãos. Porquanto, qualquer que fizer a vontade de Deus, esse é meu irmão, e minha irmã, e minha mãe.” (Mc 3,34-35)

 

Abaixo, uma linda reflexão, muito atual, que tem como base o texto bíblico Marcos 3,20-35 (Quem faz a vontade de Deus). É de autoria do padre e teólogo espanhol José Antonio Pagola.

Vale a pena conferir!

WCejnóg

Por José Antonio Pagola

06 de junho de 2024 

 A FORÇA DE CURA DO ESPÍRITO

O homem contemporâneo habitua-se a viver sem responder à questão mais vital da sua vida: porquê e para que viver. O grave é que, quando a pessoa perde todo contato com a própria interioridade e mistério, a vida cai na trivialidade e no sentimento.

Vivemos então de impressões, na superfície das coisas e dos acontecimentos, desenvolvendo apenas a aparência da vida. Esta banalização da vida é provavelmente a raiz mais importante da descrença de muitos.

Quando o ser humano vive sem interioridade, perde o respeito pela vida, pelas pessoas e pelas coisas. Mas, acima de tudo, somos incapazes de “escutar” o mistério que se esconde nas profundezas da existência.

O homem de hoje resiste à profundidade. Ele não está disposto a cuidar de sua vida interior. Mas ele começa a se sentir insatisfeito: sente que precisa de algo que a vida cotidiana não lhe proporciona. Nessa insatisfação pode estar o início da sua salvação.

O grande teólogo Paul Tillich disse que somente o Espírito pode nos ajudar a redescobrir “o caminho das profundezas”. Pelo contrário, pecar contra o Espírito Santo seria “carregar o nosso pecado para sempre”.

O Espírito pode despertar em nós o desejo de lutar por algo mais nobre e melhor do que as coisas triviais do dia a dia. Pode nos dar a audácia necessária para iniciar o trabalho interior dentro de nós mesmos.

O Espírito pode trazer uma alegria diferente aos nossos corações; pode animar a nossa vida envelhecida; Pode despertar em nós o amor mesmo por aqueles por quem hoje não sentimos o menor interesse.

O Espírito é “uma força que atua em nós e que não é nossa”. É o próprio Deus inspirando e transformando nossas vidas. Ninguém pode dizer que não é habitado por esse Espírito. O importante é não apagá-lo, atiçar o seu fogo, fazê-lo arder, purificando e renovando a nossa vida. Talvez devêssemos começar invocando a Deus com o salmista: “Não retires de mim o teu Espírito”.

10 Tempo Comum – B

(Marcos 3:20-35)

9 de junho

José Antonio Pagola

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Fonte:Facebook

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