Temas diversos. Observar, pensar, sentir, fazer crítica construtiva e refletir sobre tudo que o mundo e a própria vida nos traz - é o meu propósito. Um pequeno espaço para uma visão subjetiva, talvez impregnada de utopia, mas, certamente, repleta de perguntas, questionamentos, dúvidas e buscas, que norteiam a vida de muitas pessoas nos dias de hoje.

As perguntas sobre a existência e a vida humana, sobre a fé, a Bíblia, a religião, a Igreja (sobretudo a Igreja Católica) e sobre a sociedade em que vivemos – me ajudam a buscar uma compreensão melhor desses assuntos, com a qual eu me identifico. Nessa busca, encontrando as melhores interpretações, análises e colocações – faço questão para compartilhá-las com os visitantes desta página.

Dedico este Blog de modo especial a todos os adolescentes e jovens cuja vida está cheia de indagações.
"Navegar em mar aberto, vivendo em graça ou não, inteiramente no poder de Deus..." (Soren Kierkegaard)

domingo, 2 de junho de 2024

“Experiência decisiva”. – Reflexão de José Antonio Pagola.

 

E, comendo eles, tomou Jesus pão e, abençoando-o, o partiu e deu-lho, e disse: Tomai, comei, isto é o meu corpo. E, tomando o cálice, e dando graças, deu-lho; e todos beberam dele. E disse-lhes: Isto é o meu sangue, o sangue do novo testamento, que por muitos é derramado”.  (Mc 14, 22-24)

 

Hoje temos uma ótima reflexão, baseada no texto bíblico Mc 14,12-16.22-26

(Corpo e Sangue de Cristo). É de autoria do padre e teólogo espanhol José Antonio Pagola.

O texto foi publicado pelo autor na sua página no Facebook.

Vale a pena ler!

WCejnóg

 


Por José Antonio Pagola

30 Maio 2024

EXPERIÊNCIA DECISIVA

Naturalmente, a celebração da missa mudou ao longo dos séculos. Dependendo da época, os cristãos destacaram alguns aspectos e negligenciaram outros. A missa tem servido de enquadramento para celebrar coroações de reis e papas, prestar homenagens ou comemorar vitórias de guerra. Os músicos transformaram isso em um concerto. O povo integrou-o nas suas devoções e costumes religiosos...

Passados ​​vinte séculos, talvez seja necessário recordar alguns traços essenciais da Última Ceia do Senhor, tal como foi recordada e vivida pelas primeiras gerações cristãs.

No pano de fundo daquele jantar há uma firme convicção: os seus seguidores não ficarão órfãos. A morte de Jesus não poderá quebrar a sua comunhão com ele. Ninguém precisa sentir o vazio de sua ausência. Os seus discípulos não ficam sozinhos, à mercê das vicissitudes da história. No centro de cada comunidade cristã que celebra a Eucaristia está Cristo vivo e atuante. Aqui está o segredo de sua força.

A fé dos seus seguidores é alimentada por ele. Não basta comparecer a esse jantar. Os discípulos são convidados a “comer”. Para alimentar a nossa adesão a Jesus Cristo precisamos reunir-nos para ouvir as suas palavras e introduzi-las nos nossos corações. Precisamos aproximar-nos da comunhão com Ele, identificando-nos com o seu estilo de vida. Nenhuma outra experiência pode nos oferecer alimento mais sólido.

Não devemos esquecer que “comungar” com Jesus é comungar com alguém que viveu e morreu “doado” totalmente aos outros. É assim que Jesus insiste. O seu corpo é um “corpo dado” e o seu sangue é um “sangue derramado” para a salvação de todos. É uma contradição abordar a “comunhão” com Jesus resistindo à preocupação com algo que não seja o nosso próprio interesse.

Não há nada mais central e decisivo para os seguidores de Jesus do que a celebração desta Ceia do Senhor. Por isso temos que cuidar tanto disso. Bem celebrada, a Eucaristia molda-nos, une-nos a Jesus, alimenta-nos com a sua vida, familiariza-nos com o Evangelho, convida-nos a viver numa atitude de serviço fraterno e sustenta-nos na esperança do reencontro final com Ele.

Corpo e Sangue de Cristo – B

(Marcos 14,12-16.22-26)

2 de junho

José Antonio Pagola

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Fonte: Facebook

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