“E, comendo eles, tomou Jesus pão e, abençoando-o, o partiu e deu-lho, e disse: Tomai, comei, isto é o meu corpo. E, tomando o cálice, e dando graças, deu-lho; e todos beberam dele. E disse-lhes: Isto é o meu sangue, o sangue do novo testamento, que por muitos é derramado”. (Mc 14, 22-24)
Hoje temos uma ótima reflexão, baseada no texto bíblico Mc 14,12-16.22-26
(Corpo e Sangue de Cristo). É de autoria do padre e teólogo espanhol José Antonio Pagola.
O texto foi publicado pelo autor na sua página no Facebook.
Vale a pena ler!
WCejnóg
Por José Antonio Pagola
30 Maio 2024
EXPERIÊNCIA DECISIVA
Naturalmente, a celebração da missa mudou ao longo dos séculos. Dependendo da época, os cristãos destacaram alguns aspectos e negligenciaram outros. A missa tem servido de enquadramento para celebrar coroações de reis e papas, prestar homenagens ou comemorar vitórias de guerra. Os músicos transformaram isso em um concerto. O povo integrou-o nas suas devoções e costumes religiosos...
Passados vinte séculos, talvez seja necessário recordar alguns traços essenciais da Última Ceia do Senhor, tal como foi recordada e vivida pelas primeiras gerações cristãs.
No pano de fundo daquele jantar há uma firme convicção: os seus seguidores não ficarão órfãos. A morte de Jesus não poderá quebrar a sua comunhão com ele. Ninguém precisa sentir o vazio de sua ausência. Os seus discípulos não ficam sozinhos, à mercê das vicissitudes da história. No centro de cada comunidade cristã que celebra a Eucaristia está Cristo vivo e atuante. Aqui está o segredo de sua força.
A fé dos seus seguidores é alimentada por ele. Não basta comparecer a esse jantar. Os discípulos são convidados a “comer”. Para alimentar a nossa adesão a Jesus Cristo precisamos reunir-nos para ouvir as suas palavras e introduzi-las nos nossos corações. Precisamos aproximar-nos da comunhão com Ele, identificando-nos com o seu estilo de vida. Nenhuma outra experiência pode nos oferecer alimento mais sólido.
Não devemos esquecer que “comungar” com Jesus é comungar com alguém que viveu e morreu “doado” totalmente aos outros. É assim que Jesus insiste. O seu corpo é um “corpo dado” e o seu sangue é um “sangue derramado” para a salvação de todos. É uma contradição abordar a “comunhão” com Jesus resistindo à preocupação com algo que não seja o nosso próprio interesse.
Não há nada mais central e decisivo para os seguidores de Jesus do que a celebração desta Ceia do Senhor. Por isso temos que cuidar tanto disso. Bem celebrada, a Eucaristia molda-nos, une-nos a Jesus, alimenta-nos com a sua vida, familiariza-nos com o Evangelho, convida-nos a viver numa atitude de serviço fraterno e sustenta-nos na esperança do reencontro final com Ele.
Corpo e Sangue de Cristo – B
(Marcos 14,12-16.22-26)
2 de junho
José Antonio Pagola
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Fonte: Facebook
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