Temas diversos. Observar, pensar, sentir, fazer crítica construtiva e refletir sobre tudo que o mundo e a própria vida nos traz - é o meu propósito. Um pequeno espaço para uma visão subjetiva, talvez impregnada de utopia, mas, certamente, repleta de perguntas, questionamentos, dúvidas e buscas, que norteiam a vida de muitas pessoas nos dias de hoje.

As perguntas sobre a existência e a vida humana, sobre a fé, a Bíblia, a religião, a Igreja (sobretudo a Igreja Católica) e sobre a sociedade em que vivemos – me ajudam a buscar uma compreensão melhor desses assuntos, com a qual eu me identifico. Nessa busca, encontrando as melhores interpretações, análises e colocações – faço questão para compartilhá-las com os visitantes desta página.

Dedico este Blog de modo especial a todos os adolescentes e jovens cuja vida está cheia de indagações.
"Navegar em mar aberto, vivendo em graça ou não, inteiramente no poder de Deus..." (Soren Kierkegaard)

sábado, 31 de maio de 2025

“Abençoar”. – Reflexão de José Antonio Pagola.

 

“E levou-os fora, até Betânia; e, levantando as suas mãos, os abençoou. E aconteceu que, abençoando-os ele, se apartou deles e foi elevado ao céu.” (Lc 24,50-51)

Abaixo, uma excelente reflexão, que tem como pano de fundo o texto bíblico Lucas 24,46-53 (Ascensão de Jesus ao céu). É de autoria do padre e teólogo espanhol José Antonio Pagola. O texto foi publicado pelo autor na sua página no Facebook.

Vale a pena ler!

WCejnóg


 Por José António Pagola

28 Maio 2025

ABENÇOAR

De acordo com o relato sugestivo de Lucas, Jesus regressa para junto do Pai "abençoando" os seus discípulos. É o seu último gesto. Jesus deixa a sua bênção. Os discípulos respondem ao gesto de Jesus marchando em direção ao templo cheios de alegria. E eles estavam ali a "bendizer" a Deus.

A bênção é uma prática enraizada em quase todas as culturas como o melhor desejo que podemos despertar para os outros. O judaísmo, o islamismo e o cristianismo sempre lhe deram grande importância. E embora nos nossos dias se tenha reduzido a um ritual que quase caiu em desuso, muitos são os que realçam o seu profundo conteúdo e a necessidade de o recuperar.

Abençoar é, acima de tudo, desejar o bem às pessoas que encontramos no nosso caminho. Querer o bem incondicionalmente e sem reservas. Desejando saúde, bem-estar, alegria... tudo o que os possa ajudar a viver com dignidade. Quanto mais desejamos o bem para todos, mais possível é a sua manifestação.

Abençoar é aprender a viver a partir de uma atitude básica de amor à vida e às pessoas. Quem abençoa esvazia o seu coração de outras atitudes prejudiciais, como a agressão, o medo, a hostilidade ou a indiferença. Não é possível abençoar e ao mesmo tempo viver condenando, rejeitando, odiando.

Abençoar é desejar o bem a alguém do fundo do nosso ser, embora não sejamos a fonte da bênção, mas apenas as suas testemunhas e portadores. Aquele que abençoa não faz mais do que evocar, desejar e pedir a presença bondosa do Criador, fonte de todo o bem. É por isso que só se pode abençoar numa atitude de gratidão a Deus.

A bênção faz bem a quem a recebe e a quem a pratica. Aquele que abençoa os outros abençoa-se a si mesmo. A bênção ressoa dentro de si como uma oração silenciosa que transforma o seu coração, tornando-o mais bondoso e nobre. Ninguém se pode sentir bem consigo mesmo enquanto continua a amaldiçoar os outros lá no fundo. Nós, seguidores de Jesus, somos portadores e testemunhas da bênção de Jesus para o mundo.

Ascensão do Senhor – C

(Lucas 24:46-53)

1 de junho

José António Pagola

buenasnoticias@ppc-editorial.com

Fonte: Facebook

 

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