Temas diversos. Observar, pensar, sentir, fazer crítica construtiva e refletir sobre tudo que o mundo e a própria vida nos traz - é o meu propósito. Um pequeno espaço para uma visão subjetiva, talvez impregnada de utopia, mas, certamente, repleta de perguntas, questionamentos, dúvidas e buscas, que norteiam a vida de muitas pessoas nos dias de hoje.

As perguntas sobre a existência e a vida humana, sobre a fé, a Bíblia, a religião, a Igreja (sobretudo a Igreja Católica) e sobre a sociedade em que vivemos – me ajudam a buscar uma compreensão melhor desses assuntos, com a qual eu me identifico. Nessa busca, encontrando as melhores interpretações, análises e colocações – faço questão para compartilhá-las com os visitantes desta página.

Dedico este Blog de modo especial a todos os adolescentes e jovens cuja vida está cheia de indagações.
"Navegar em mar aberto, vivendo em graça ou não, inteiramente no poder de Deus..." (Soren Kierkegaard)

sexta-feira, 16 de maio de 2025

“Comunidade da amizade”. – Reflexão de José Antonio Pagola.

“Um novo mandamento vos dou: Que vos ameis uns aos outros; como eu vos amei a vós, que também vós uns aos outros vos ameis”. (Jo 13,34)

 

Hoje temos uma excelente reflexão, baseada no texto bíblico João 13,31-33a, 34-35 (Jesus nos dá um novo mandamento: Amai-vos!). É de autoria do padre e teólogo espanhol José Antonio Pagola. O texto foi publicado pelo autor na sua página no Facebook.

Vale a pena ler!

WCejnóg

Por José Antonio Pagola

14 Maio 2025

COMUNIDADE DA AMIZADE

Jesus compartilha com seus discípulos os últimos momentos antes de retornar ao mistério do Pai. O relato de João registra cuidadosamente seu testamento: o que Jesus quer deixar gravado para sempre em seus corações: "Eu vos dou um novo mandamento: que vos ameis uns aos outros, assim como eu vos amei."

O evangelista João concentra sua atenção na comunidade cristã. Ele não está pensando em pessoas de fora. Quando Jesus se for, em sua comunidade eles terão que se amar como "amigos", porque foi assim que Jesus os amou: "Vocês são meus amigos"; "Eu não os chamo mais de servos, eu os chamo de amigos." A comunidade de Jesus será uma comunidade de amizade.

Essa imagem da comunidade cristã como uma "comunidade de amigos" foi logo esquecida. Durante muitos séculos, os cristãos se viram como uma "família" onde alguns são "pais" (o Papa, os bispos, os padres, os abades...); outros são "filhos" fiéis e todos devem viver como "irmãos".

Entender a comunidade cristã dessa maneira incentiva a fraternidade, mas tem seus riscos. Na "família cristã" há uma tendência a enfatizar o lugar que cada pessoa merece. O que se destaca é o que nos diferencia, não o que nos une; grande importância é dada à autoridade, ordem, unidade e subordinação. E há o risco de promover dependência, infantilismo e irresponsabilidade em muitos.

Uma comunidade baseada na "amizade cristã" enriqueceria e transformaria a Igreja de Jesus hoje. A amizade promove o que nos une, não o que nos diferencia. Entre amigos cultiva-se a igualdade, a reciprocidade e o apoio mútuo. Ninguém está acima de ninguém. Nenhum amigo é superior ao outro. As diferenças são respeitadas, mas a proximidade e os relacionamentos são nutridos.

Entre amigos é mais fácil sentir-se responsável e colaborar. E não é tão difícil estar aberto a estranhos e àqueles que são diferentes, aqueles que precisam de aceitação e amizade. É difícil deixar uma comunidade de amigos. De uma comunidade fria, rotineira e indiferente, as pessoas vão embora, e as que ficam mal percebem.

5 Páscoa – C

(João 13:31-33a, 34-35)

18 de maio

José Antonio Pagola

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Fonte: Facebook

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