Temas diversos. Observar, pensar, sentir, fazer crítica construtiva e refletir sobre tudo que o mundo e a própria vida nos traz - é o meu propósito. Um pequeno espaço para uma visão subjetiva, talvez impregnada de utopia, mas, certamente, repleta de perguntas, questionamentos, dúvidas e buscas, que norteiam a vida de muitas pessoas nos dias de hoje.

As perguntas sobre a existência e a vida humana, sobre a fé, a Bíblia, a religião, a Igreja (sobretudo a Igreja Católica) e sobre a sociedade em que vivemos – me ajudam a buscar uma compreensão melhor desses assuntos, com a qual eu me identifico. Nessa busca, encontrando as melhores interpretações, análises e colocações – faço questão para compartilhá-las com os visitantes desta página.

Dedico este Blog de modo especial a todos os adolescentes e jovens cuja vida está cheia de indagações.
"Navegar em mar aberto, vivendo em graça ou não, inteiramente no poder de Deus..." (Soren Kierkegaard)

sábado, 3 de maio de 2025

“Qualquer um não é bom”. – Reflexão de José Antonio Pagola.

 

Considero que todas as reflexões que trago para este blog Indagações-Zapytania trazem uma interpretação interessante e uma visão autêntica e realista das mensagens contidas nos textos da Bíblia. Tenho muito aprazo pelos autores, cujos textos apresento aqui.

A Palavra das Escrituras é o caminho para a libertação do ser humano como filho de Deus, e de valorização à sua dignidade. A Palavra de Deus nunca deve ser usada para formular a desinformação, ou para fomentar ingenuidade, hipocrisia ou falsidade.

Essa é a ideia princiapal deste blog: as boas reflexões. encontrar os esclarecimentos que possam nos ajudar a alcançar respostas melhores para as indagações que nos inquietam. Espero que, pelo menos em parte, as postagens deste blog cumpram o seu objetivo.                                                                                                (WCejnog) 

 

“Disse-lhe terceira vez: Simão, filho de Jonas, amas-me? Simão entristeceu-se por lhe ter dito terceira vez: Amas-me? E disse-lhe: Senhor, tu sabes tudo; tu sabes que eu te amo. Jesus disse-lhe: Apascenta as minhas ovelhas”. (Jo 21,17)

 

Abaixo, uma excelente reflexão, que tem como base o texto bíblico João 21,1-19 (O amor em primeiro lugar). É de autoria do padre e teólogo espanhol José Antonio Pagola.

O texto foi publicado pelo autor na sua página no Facebook.

Vale a pena ler!

WCejnóg

Por José Antonio Pagola

30 Abril 2025

Qualquer um não é bom

Após cear com seu povo à beira do lago, Jesus inicia uma conversa com Pedro. O diálogo foi cuidadosamente elaborado, pois visa nos lembrar de algo de grande importância para a comunidade cristã: entre os seguidores de Jesus, somente aqueles que se distinguem por seu amor a Ele são qualificados para serem líderes e pastores.

Nunca houve uma ocasião em que Pedro não tenha expressado sua absoluta fidelidade a Jesus acima de todos os outros. No entanto, no momento da verdade, ele é o primeiro a negá-la. Que verdade há em sua fidelidade? Ele pode ser o líder e pastor dos seguidores de Jesus?

Antes de lhe confiar seu "rebanho", Jesus lhe faz a pergunta fundamental: "Você me ama mais do que estes?" Ele não lhe pergunta: "Você se sente forte o suficiente? Você conhece bem os meus ensinamentos? Você se considera capaz de governar os meus?" Não. É o amor por Jesus que o capacita a encorajar, guiar e nutrir seus seguidores, como ele fez.

Pedro responde humildemente e sem se comparar a ninguém: "Tu sabes que eu te amo". Mas Jesus repete a pergunta mais duas vezes, cada vez mais incisivamente: "Tu me amas? Tu me amas de verdade?" A insegurança de Pedro aumenta. Ele se torna cada vez menos ousado em proclamar sua fidelidade. Por fim, fica triste. Não sabe mais como responder: "Tu sabes tudo".

À medida que Pedro se torna mais consciente da importância do amor, Jesus lhe confia seu rebanho para que cuide, alimente e comunique vida aos seus seguidores, começando pelos menores e mais necessitados: os "cordeiros".

Hierarcas e pastores são frequentemente associados apenas à capacidade de governar com autoridade ou de pregar a verdade com certeza. No entanto, existem fidelidades firmes, seguras e absolutas a Cristo que, desprovidas de amor, não são capazes de cuidar e guiar os seguidores de Jesus. Poucos fatores são mais decisivos para a conversão da Igreja do que a conversão de hierarcas, bispos, padres e líderes religiosos ao amor de Jesus. Somos os primeiros a ouvir a sua pergunta: "Amas-me mais do que estes? Amas os meus cordeiros e as minhas ovelhas?"

3 Páscoa – C

(João 21,1-19)

4 de maio

José Antonio Pagola

buenasnoticias@ppc-editorial.com

Fonte: Facebook


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