«E vós, quem dizeis que eu sou?» (Lc
9,20)
Abaixo, uma bonita reflexão, muito concreta e atual, que tem como pano
de fundo o texto bíblico Lc 9,18-24
(Declaração de Simão Pedro que Jesus é Messias). As perguntas nos convidam e provocam para refletirmos sobre a autencidade ou não da nossa fé cristã nos dias de hoje.
É de autoria do padre e teólogo espanhol José Antonio Pagola.
O texto foi publicado na no site do Instituto Humanitas Unisinos (IHU).
Não deixe de ler!
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IHU - Noticias
Sexta, 17 de junho de 2016
Acreditamos em Jesus?
A leitura que a Igreja propõe neste domingo é o
Evangelho segundo Lucas 9, 18-24 que corresponde ào 12°Domingo do Tempo
Comum, ciclo C do Ano Litúrgico.
O teólogo espanhol José Antonio Pagola comenta
o texto.
Eis o texto
As primeiras gerações cristãs conservaram a
lembrança deste episódio evangélico como um relato de importância vital para os
seguidores de Jesus. A sua intuição era certeira. Sabiam que a Igreja de Jesus
deveria escutar uma e outra vez a pregunta que um dia fez Jesus aos seus
discípulos nos arredores de Cesárea de Filipo: “Vós, quem dizeis que Eu
sou?”.
Se nas comunidades cristãs deixarmos apagar a nossa
fé em Jesus, perderemos a nossa identidade. Não conseguiremos viver com audácia
criadora a missão que Jesus nos confiou; não nos atreveremos a enfrentar o
momento atual, abertos à novidade do Seu Espírito; iremos asfixiar-nos
na nossa mediocridade.
Não são tempos fáceis para nós. Se não voltarmos
para Jesus com mais verdade e fidelidade, a desorientação nos paralisará; as
nossas grandes palavras continuarão a perder credibilidade. Jesus é a
chave, o fundamento e a fonte de tudo o que somos, dizemos e fazemos.
Quem é hoje Jesus para os cristãos?
Nós confessamos, como Pedro, que Jesus é o «Messias
de Deus», o Enviado do Pai. É certo:
Deus amou tanto o mundo que nos ofereceu Jesus. Saberemos nós, os cristãos, acolher, cuidar, desfrutar e celebrar esta grande oferta de Deus? É Jesus o centro das nossas celebrações, encontros e reuniões?
Deus amou tanto o mundo que nos ofereceu Jesus. Saberemos nós, os cristãos, acolher, cuidar, desfrutar e celebrar esta grande oferta de Deus? É Jesus o centro das nossas celebrações, encontros e reuniões?
Confessamos também «Filho de Deus». Ele
pode nos ensinar a conhecer melhor Deus, a confiar mais na sua bondade de
Pai, a escutar com mais fé sua chamada para construir um mundo mais fraterno e
justo para todos.
Descobrimos nas nossas comunidades o verdadeiro rosto de Deus encarnado em Jesus? Sabemos anunciá-Lo e comunicá-Lo como uma grande notícia para todos?
Descobrimos nas nossas comunidades o verdadeiro rosto de Deus encarnado em Jesus? Sabemos anunciá-Lo e comunicá-Lo como uma grande notícia para todos?
Chamamos a Jesus «Salvador» porque
tem força para humanizar as nossas vidas, libertar as nossas pessoas e
encaminhar a história humana para a sua verdadeira e definitiva salvação.
É esta a esperança que se respira entre nós? É esta a paz que se contagia a partir das nossas comunidades?
É esta a esperança que se respira entre nós? É esta a paz que se contagia a partir das nossas comunidades?
Confessamos
a Jesus como nosso único «Senhor». Não queremos ter
outros senhores nem submeter-nos a falsos ídolos. Mas, ocupa Jesus realmente o
centro das nossas vidas?, damos-lhe primazia absoluta nas nossas comunidades?,
colocamo-Lo acima de tudo e de todos? Somos de Jesus? É Ele
quem nos anima e faz viver?
A grande tarefa dos cristãos é hoje juntar
forças e abrir caminhos para reafirmar muito mais a centralidade de Jesus
na Sua Igreja. Tudo o mais vem depois.
Fonte:
IHU-Notícias
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