“O reino dos céus é semelhante ao homem, negociante, que busca
boas pérolas; e, encontrando uma pérola de grande valor, foi, vendeu
tudo quanto tinha, e comprou-a.” (Mt 13, 45-46)
Hoje,
mais uma bonita reflexão, muito atual e importante. Como pano de fundo tem o texto bíblico Mt 13, 44-52 (Jesus serve-se de parábolas para falar do reino de Deus). Já foi publicada anteriormente neste espaço (em julho de 2014), mas continua muito atual.
É de autoria do padre e teólogo espanhol José Antonio Pagola.
É de autoria do padre e teólogo espanhol José Antonio Pagola.
O texto foi publicado na no site
do Instituto Humanitas Unisinos (IHU).
Vale a pena ler e refletir!
WCejnóg
IHU - ADITAL
28 julho 2017.
A decisão mais importante
28 julho 2017.
A leitura que a Igreja propõe neste
domingo é o Evangelho de Jesus Cristo segundo Mateus 13,44-52 que
corresponde ao 17º Domingo do Tempo Comum, ciclo A do Ano Litúrgico. O teólogo
espanhol José Antônio Pagola comenta o texto.
Eis o
texto
O evangelho recolhe duas breves
parábolas de Jesus com uma mesma mensagem. Em ambos os relatos, o protagonista
descobre um tesouro muito valioso ou uma pérola de valor incalculável. E
nos dois reage do mesmo modo: vende com alegria e decididamente o que tem e
fica com o tesouro ou a pérola. Segundo Jesus, assim reagem os que descobrem o
reino de Deus.
Ao que parece, Jesus teme que as
pessoas o sigam por diferentes interesses,
sem descobrir o mais atrativo e importante: esse projeto apaixonante do Pai que
consiste em conduzir a humanidade para um mundo mais justo, fraterno e ditoso,
encaminhando-o assim para a sua salvação definitiva em Deus.
Que podemos dizer hoje depois de
vinte séculos de cristianismo? Por que tantos cristãos bons vivem
fechados na sua prática religiosa com a sensação de não ter descoberto nela
nenhum «tesouro»? Onde está a raiz última dessa falta de entusiasmo e
alegria em não poucos âmbitos da nossa Igreja, incapaz de atrair para o núcleo
do Evangelho a tantos homens e mulheres que se vão afastando dela, sem
renunciar por isso a Deus nem a Jesus?
Depois do Concílio, Paulo VI fez
esta afirmação rotunda: «Só o reino de Deus é absoluto. Todo o resto é
relativo». Anos mais tarde, João Paulo II reafirmou dizendo: «A Igreja não é
ela o seu próprio fim, pois está orientada para o reino de Deus, do qual é
origem, sinal e instrumento». O papa Francisco vem repetindo: «O projeto de
Jesus é instaurar o reino de Deus».
Se esta é a fé da Igreja, por
que há cristãos que nem sequer ouviram falar desse projeto que Jesus chamava
«reino de Deus»? Porque não sabem que a paixão que animou toda a vida
de Jesus, a razão de ser e o objetivo de toda a sua atuação, foi de anunciar e
promover esse projeto humanizador do Pai: procurar o reino de Deus e a Sua
justiça?
A Igreja não pode renovar-se a partir
da sua raiz se não descobre o «tesouro» do reino de Deus. Não é o mesmo chamar os cristãos a colaborar
com Deus no Seu grande projeto de fazer um mundo mais humano que viver
distraídos em práticas e costumes que nos fazem esquecer o verdadeiro núcleo do
Evangelho.
Fonte: IHU - Comentário do Evangelho
Nenhum comentário:
Postar um comentário