"E vocês, o que dizem?, perguntou.
Quem vocês dizem que eu sou?
Pedro respondeu: O Cristo de Deus. Jesus os advertiu severamente que não contassem isso a ninguém. E disse: É necessário que o Filho do homem sofra muitas coisas e seja rejeitado pelos líderes religiosos, pelos chefes dos sacerdotes e pelos mestres da lei, seja morto e ressuscite no terceiro dia. Jesus dizia a todos: Se alguém quiser acompanhar-me, negue-se a si mesmo, tome diariamente a sua cruz e siga-me. Pois quem quiser salvar a sua vida a perderá; mas quem perder a sua vida por minha causa, este a salvará." (Lc 6, 43-45)
Pedro respondeu: O Cristo de Deus. Jesus os advertiu severamente que não contassem isso a ninguém. E disse: É necessário que o Filho do homem sofra muitas coisas e seja rejeitado pelos líderes religiosos, pelos chefes dos sacerdotes e pelos mestres da lei, seja morto e ressuscite no terceiro dia. Jesus dizia a todos: Se alguém quiser acompanhar-me, negue-se a si mesmo, tome diariamente a sua cruz e siga-me. Pois quem quiser salvar a sua vida a perderá; mas quem perder a sua vida por minha causa, este a salvará." (Lc 6, 43-45)
Abaixo, uma reflexão bem concreta e muito atual, que tem como pano de fundo o texto bíblico Lc 9, 18-24 (“Quem vocês dizeis que eu sou?”). É de autoria do padre e teólogo espanhol José Antonio Pagola.
O texto foi publicado na no site
do Instituto Humanitas Unisinos (IHU).
Vale a pena ler!
WCejnóg
IHU - ADITAL
21 Junho 2019
Acreditamos em Jesus?
A
leitura que a Igreja propõe neste domingo é o Evangelho segundo Lucas 9,18-24 que corresponde
ao 12°Domingo do Tempo Comum, ciclo C do Ano Litúrgico. O teólogo espanhol José
Antonio Pagola comenta o texto.
Eis o texto
As primeiras gerações cristãs conservaram a
lembrança deste episódio evangélico como um relato de importância vital para os
seguidores de Jesus. A sua intuição era certeira. Sabiam que a Igreja de Jesus
deveria escutar uma e outra vez a pregunta que um dia fez Jesus aos seus
discípulos nos arredores de Cesárea de Filipo: “Vós, quem dizeis que Eu
sou?”.
Se nas comunidades cristãs deixamos apagar a nossa
fé em Jesus, perderemos a nossa identidade. Não conseguiremos viver com audácia
criadora a missão que Jesus nos confiou; não nos atreveremos a enfrentar o
momento atual, abertos à novidade do Seu Espírito; iremos asfixiar na nossa
mediocridade.
Não são tempos fáceis para nós. Se não voltamos
para Jesus com mais verdade e fidelidade, a desorientação nos paralisará; as
nossas grandes palavras continuarão a perder credibilidade. Jesus é a chave,
o fundamento e a fonte de tudo o que somos, dizemos e fazemos. Quem é hoje
Jesus para os cristãos?
Nós confessamos, como Pedro, que Jesus é o «Messias
de Deus», o Enviado do Pai. É certo: Deus amou tanto o mundo que nos
ofereceu Jesus. Saberemos nós, os cristãos, acolher, cuidar, desfrutar e
celebrar esta grande oferta de Deus? É Jesus o centro das nossas celebrações,
encontros e reuniões?
Confessamos também «Filho de Deus». Ele pode nos
ensinar a conhecer melhor Deus, a confiar mais na sua bondade de Pai, a
escutar com mais fé sua chamada para construir um mundo mais fraterno e justo
para todos. Descobrimos nas nossas comunidades o verdadeiro rosto de Deus
encarnado em Jesus? Sabemos anunciá-Lo e comunicá-Lo como uma grande notícia
para todos?
Chamamos a Jesus «Salvador» porque tem força para humanizar as nossas vidas, libertar as nossas
pessoas e encaminhar a história humana para a sua verdadeira e definitiva
salvação. É esta a esperança que se respira entre nós? É esta a paz que se
contagia a partir das nossas comunidades?
Confessamos a Jesus como nosso único «Senhor». Não
queremos ter outros senhores nem submeter-nos a falsos ídolos. Mas, ocupa Jesus
realmente o centro das nossas vidas?, damos-lhe primazia absoluta nas nossas
comunidades?, colocamo-lo acima de tudo e de todos? Somos de Jesus? É
Ele quem nos anima e faz viver?
A grande tarefa dos cristãos é hoje juntar
forças e abrir caminhos para reafirmar muito mais a centralidade de Jesus
na Sua Igreja. Tudo o mais vem depois.
Fonte:
IHU –Comentário do Evangelho
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