Temas diversos. Observar, pensar, sentir, fazer crítica construtiva e refletir sobre tudo que o mundo e a própria vida nos traz - é o meu propósito. Um pequeno espaço para uma visão subjetiva, talvez impregnada de utopia, mas, certamente, repleta de perguntas, questionamentos, dúvidas e buscas, que norteiam a vida de muitas pessoas nos dias de hoje.

As perguntas sobre a existência e a vida humana, sobre a fé, a Bíblia, a religião, a Igreja (sobretudo a Igreja Católica) e sobre a sociedade em que vivemos – me ajudam a buscar uma compreensão melhor desses assuntos, com a qual eu me identifico. Nessa busca, encontrando as melhores interpretações, análises e colocações – faço questão para compartilhá-las com os visitantes desta página.

Dedico este Blog de modo especial a todos os adolescentes e jovens cuja vida está cheia de indagações.
"Navegar em mar aberto, vivendo em graça ou não, inteiramente no poder de Deus..." (Soren Kierkegaard)

sábado, 3 de fevereiro de 2024

“Paixão pela vida”. – Reflexão de José Antonio Pagola.

“E ele lhes disse: Vamos às aldeias vizinhas, para que eu ali também pregue; porque para isso vim.  E pregava nas sinagogas deles, por toda a Galiléia, e expulsava os demônios.” (Mc 1.38-39)

 

Hoje temos uma excelente reflexão, baseada no texto bíblico Mc 1,29-39 (Jesus se compadece da miséria humana). É de autoria do padre e teólogo espanhol José Antonio Pagola.

O texto foi publicado pelo autor na sua página no Facebook.

Vale a pena ler!

WCejnóg

Por José Antonio Pagola

31 Janeiro 2024

Paixão pela vida

Onde Jesus está, a vida cresce. É isso que descobre com alegria quem percorre as queridas páginas do evangelista Marcos e encontra aquele Jesus que cura os enfermos, acolhe os desamparados, cura os loucos e perdoa os pecadores.

Onde está Jesus há amor à vida, interesse por quem sofre, paixão pela libertação de todo mal. Nunca devemos esquecer que a primeira imagem que as histórias evangélicas nos oferecem é a de um Jesus que cura. Um homem que espalha vida e restaura o que está doente.

É por isso que sempre encontramos a miséria da humanidade ao nosso redor: possuídos, doentes, paralíticos, leprosos, cegos, surdos. Homens que não têm vida; “aqueles que estão no escuro”, como diria Bertolt Brecht.

As curas de Jesus não resolveram praticamente nada na dolorosa história dos homens. A sua presença salvadora não resolveu os problemas. Devemos continuar lutando contra o mal. Mas descobriram algo decisivo e esperançoso. Deus é amigo da vida e ama apaixonadamente a felicidade, a saúde, a alegria e a realização de seus filhos e filhas.

É perturbador ver quão facilmente nos habituamos à morte: a morte da natureza, a destruição pela poluição industrial, a morte nas estradas, a morte pela violência, a morte daqueles que não nasceram, a morte das almas.

É insuportável observar com que indiferença ouvimos números aterrorizantes que nos falam da morte de milhões de famintos no mundo, e com que passividade contemplamos a violência silenciosa, mas eficaz e constante, de estruturas injustas que mergulham os mais fracos em marginalização.

A dor e o sofrimento dos outros pouco nos preocupam. Cada um parece estar interessado apenas nos seus problemas, no seu bem-estar ou na sua segurança pessoal. A apatia está tomando conta de muitos. Corremos o risco de nos tornarmos cada vez mais incapazes de amar a vida e de vibrar com aqueles que não conseguem viver felizes.

5 Tempo Comum – B

(Marcos 1:29-39)

4 de fevereiro

José Antonio Pagola

goodnews@ppc-editorial.com

Fonte: Facebook

Nenhum comentário:

Postar um comentário