Temas diversos. Observar, pensar, sentir, fazer crítica construtiva e refletir sobre tudo que o mundo e a própria vida nos traz - é o meu propósito. Um pequeno espaço para uma visão subjetiva, talvez impregnada de utopia, mas, certamente, repleta de perguntas, questionamentos, dúvidas e buscas, que norteiam a vida de muitas pessoas nos dias de hoje.

As perguntas sobre a existência e a vida humana, sobre a fé, a Bíblia, a religião, a Igreja (sobretudo a Igreja Católica) e sobre a sociedade em que vivemos – me ajudam a buscar uma compreensão melhor desses assuntos, com a qual eu me identifico. Nessa busca, encontrando as melhores interpretações, análises e colocações – faço questão para compartilhá-las com os visitantes desta página.

Dedico este Blog de modo especial a todos os adolescentes e jovens cuja vida está cheia de indagações.
"Navegar em mar aberto, vivendo em graça ou não, inteiramente no poder de Deus..." (Soren Kierkegaard)

sábado, 9 de março de 2024

“Deus ama o mundo”. – Reflexão de José Antonio Pagola.

 

“Porque Deus tanto amou o mundo que deu o seu Filho Unigênito, para que todo o que nele crer não pereça, mas tenha a vida eterna.”  (João 3,16)

 

Quaresma, 4º Dmingo.

Abaixo, uma excelente reflexão, baseada no texto bíblico João 3,14-21 (Jesus e Nicodemos). É de autoria do padre e teólogo espanhol José Antonio Pagola. O texto foi publicado pelo autor na sua página no Facebook.

Vale a pena ler!

WCejnóg

Por José Antonio Pagola

28 de fevereiro de 2024

DEUS AMA O MUNDO

Não é apenas mais uma frase. Palavras que poderiam ser eliminadas do evangelho sem que nada de importante mudasse. É a declaração que contém o núcleo essencial da fé cristã. "Deus amou o mundo de tal maneira que deu seu único Filho." Este amor de Deus é a origem e o fundamento da nossa esperança.

"Deus ama o mundo." Ele o ama do jeito que ele é. Inacabado e incerto. Cheio de conflitos e contradições. Capaz do melhor e do pior. Este mundo não segue o seu caminho sozinho, perdido e indefeso. Deus o envolve com seu amor em todos os quatro lados. Isto tem consequências da maior importância.

Primeiro. Jesus é, acima de tudo, o “presente” que Deus deu ao mundo, não apenas aos cristãos. Os pesquisadores podem discutir interminavelmente sobre muitos aspectos de sua figura histórica. Os teólogos podem continuar a desenvolver as suas teorias mais engenhosas. Só quem se aproxima de Jesus como grande dom de Deus pode descobrir nele, com emoção e alegria, a proximidade de Deus a cada ser humano.

Segundo. A razão da existência da Igreja, a única coisa que justifica a sua presença no mundo, é recordar o amor de Deus. O Vaticano II sublinhou-o muitas vezes: a Igreja “é enviada por Cristo para manifestar e comunicar o amor de Deus a todos os homens”. Não há nada mais importante. A primeira coisa é comunicar esse amor de Deus a cada ser humano.

Terceiro. Segundo o evangelista, Deus dá ao mundo aquele grande presente que é Jesus, “não para julgar o mundo, mas para que o mundo seja salvo por meio dele”. É perigoso fazer da denúncia e da condenação do mundo moderno um programa pastoral completo. Somente com o coração cheio de amor por todos poderemos chamar-nos uns aos outros à conversão. Se as pessoas se sentem condenadas por Deus, não estamos transmitindo a mensagem de Jesus, mas outra coisa: talvez o nosso ressentimento e a nossa raiva.

Nestes tempos em que tudo parece confuso, incerto e desanimador, nada impede cada um de nós de introduzir um pouco de amor no mundo. Foi o que Jesus fez. Você não precisa esperar por nada. Por que não haverá bons homens e mulheres neste momento que tragam amor, amizade, compaixão, justiça, sensibilidade e ajuda para aqueles que sofrem no mundo...? Estes constroem a Igreja de Jesus, a Igreja do amor.

4 Quaresma - B

(João 3:14-21)

10 de março de 2024

José Antonio Pagola

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Fonte: Facebook

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