“Penso, logo existo” - Descartes fala a verdade, tão óbvia e clara, para todos nós, nesse sentido de que só quem pensa nesse mundo se manifesta e se faz como ser, então passa a existir. Mas também é verdade que eu, para pensar preciso antes existir... É, sem dúvida nenhuma, a existência precede o pensamento e a ação. Existo, e isto é o fato. A partir deste fato é possível que eu possa pensar. São as questões que saltam aos olhos de qualquer ser que é capaz de refletir e pensar sobre o seu próprio ser e a vida. Mas, muitas vezes, para muita gente - e posso saber disso porque eu posso me relacionar com os outros – essas questões existem somente debaixo das coisas superficiais, que desviam a atenção das pessoas da reflexão, escolhendo o comodismo, onde, então, o ser humano prefere nem pensar e nem saber.
Estou imaginando como é possível existir o mundo, e eu nele, e como isso é complexo. Suponhamos que para mim o mundo só existe porque eu o apercebo, eu o vejo, contemplo, sinto, toco, observo, enfim, levo essas informações para dentro de mim e sei que o mundo existe. Eu também existo, porque posso fazer o mesmo comigo: eu me apercebo e, então, crio consciência de que eu existo.
O mundo, que eu apercebo, é tudo aquilo que está fora de mim, o que existe e o que se manifesta através de inúmeras e diferentes reações e fenômenos em volta de mim, e inclui também a mim mesmo, como um dos seus elementos que existem. Então, o mundo existe, e eu somente sei que ele existe, porque eu o posso aperceber, e isso é possível exclusivamente porque eu existo. Não é uma coisa estupenda?!
Não é a toa que o ser humano consciente tem um impulso quase que natural para sentir-se de grande importância e como se o seu ego constituísse o centro do mundo. Entendo que é assim porque o mundo existe e ‘gira’ em volta dele. A pessoa se sente no centro e todo o resto gira em torno dela. Essa consciência de existência em si, e de existir do mundo, acontece por meio do ato consciente de perceber que se existe.
Mas, penso eu, isso faz parte do jogo de existência. Se eu vejo o mundo, e por isso o mundo existe, assim também acontece com todos os outros seres humanos que existem no mundo. Assim acontecia também com todos os outros, de ontem e desde o início, quando o ser humano teve essa consciência da existência. Então cada uma dessas pessoas também vai afirmar que o mundo existe e que ela existe, somente porque ela pode fazer isso, isto é, porque ela existe. Tece-se uma enorme teia de ligações conscientes no mundo, através dos seres humanos (representantes de todas as criaturas vivas, no seu mais alto grau de evolução), que fazem isso ao se comunicarem.
O Planeta Azul, nossa casa, está vivo, pulsando, porque as criaturas que nela existem, através dos humanos, tem consciência da sua existência. Poderia se chamar isso de consciência globalizada? Não se trata somente do mundo civilizado da humanidade, com todas as suas facetas, dinâmicas e processos, passíveis a observação e descrição – e por isso também existente. Trata-se do processo fundamental e primário de existência apercebida somente e exclusivamente graças a consciência de um dos seus elementos, no caso os seres humanos, como coroação de tudo que neste mundo existe.
O Planeta Azul, nossa casa, está vivo, pulsando, porque as criaturas que nela existem, através dos humanos, tem consciência da sua existência. Poderia se chamar isso de consciência globalizada? Não se trata somente do mundo civilizado da humanidade, com todas as suas facetas, dinâmicas e processos, passíveis a observação e descrição – e por isso também existente. Trata-se do processo fundamental e primário de existência apercebida somente e exclusivamente graças a consciência de um dos seus elementos, no caso os seres humanos, como coroação de tudo que neste mundo existe.
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