Temas diversos. Observar, pensar, sentir, fazer crítica construtiva e refletir sobre tudo que o mundo e a própria vida nos traz - é o meu propósito. Um pequeno espaço para uma visão subjetiva, talvez impregnada de utopia, mas, certamente, repleta de perguntas, questionamentos, dúvidas e buscas, que norteiam a vida de muitas pessoas nos dias de hoje.

As perguntas sobre a existência e a vida humana, sobre a fé, a Bíblia, a religião, a Igreja (sobretudo a Igreja Católica) e sobre a sociedade em que vivemos – me ajudam a buscar uma compreensão melhor desses assuntos, com a qual eu me identifico. Nessa busca, encontrando as melhores interpretações, análises e colocações – faço questão para compartilhá-las com os visitantes desta página.

Dedico este Blog de modo especial a todos os adolescentes e jovens cuja vida está cheia de indagações.
"Navegar em mar aberto, vivendo em graça ou não, inteiramente no poder de Deus..." (Soren Kierkegaard)

domingo, 20 de novembro de 2011

Existo então penso?


“Penso, logo existo” - Descartes fala a verdade, tão óbvia e clara, para todos nós, nesse sentido de que só quem pensa nesse mundo se manifesta e se faz como ser, então passa a existir. Mas também é verdade que eu, para pensar preciso antes existir... É,  sem dúvida nenhuma, a existência precede o pensamento e a ação. Existo, e isto é o fato. A partir deste fato é possível que eu possa pensar. São as questões que saltam aos olhos de qualquer ser que é capaz de refletir e pensar sobre o seu próprio ser e a vida. Mas, muitas vezes, para muita gente - e posso saber disso porque eu posso me relacionar com os outros – essas questões existem somente debaixo das coisas superficiais, que desviam a atenção das pessoas da reflexão, escolhendo o comodismo, onde, então, o ser humano prefere nem pensar e nem saber.

Estou imaginando como é possível existir o mundo, e eu nele, e como isso é complexo. Suponhamos que para mim o mundo só existe porque eu o apercebo, eu o vejo, contemplo, sinto, toco, observo, enfim,  levo essas informações para dentro  de mim e sei que o mundo existe. Eu também existo, porque posso fazer o mesmo comigo: eu me apercebo e, então, crio consciência de que eu existo. 

O mundo, que eu apercebo, é  tudo aquilo que está fora  de mim, o que existe e o que se manifesta através de inúmeras e diferentes reações e fenômenos em  volta de mim, e inclui também a mim mesmo, como um dos seus elementos que existem. Então, o mundo existe, e eu  somente sei que ele existe, porque eu o posso aperceber, e isso é possível  exclusivamente porque eu existo. Não é uma coisa estupenda?! 

Não é a toa que o ser humano consciente tem um impulso quase que natural para sentir-se de  grande importância e como se o seu ego constituísse o centro do mundo. Entendo que é assim porque o mundo existe e ‘gira’ em volta dele. A pessoa se  sente no centro e todo o resto gira em torno dela. Essa consciência de existência em si, e de existir do mundo, acontece por meio do ato consciente  de  perceber que se existe.

Mas, penso eu,  isso  faz parte do jogo de existência. Se eu vejo o mundo, e por isso o mundo existe, assim também acontece com todos os outros  seres humanos que existem no mundo. Assim acontecia também com todos os outros, de ontem e desde o início, quando o ser humano teve essa consciência da existência. Então cada uma dessas pessoas também vai afirmar que o mundo existe e que ela existe, somente porque ela pode fazer isso, isto é, porque ela existe. Tece-se uma enorme teia de ligações conscientes no mundo, através dos seres humanos (representantes de todas as criaturas vivas, no seu mais alto grau de evolução), que fazem isso ao se comunicarem. 

O Planeta Azul, nossa casa, está vivo, pulsando, porque as criaturas que nela existem, através dos humanos,  tem consciência da sua existência. Poderia se chamar isso de consciência globalizada? Não se trata somente do mundo civilizado da humanidade, com todas as suas facetas, dinâmicas e processos, passíveis a observação e descrição – e por isso também existente. Trata-se do processo fundamental e primário de existência apercebida somente e exclusivamente graças a consciência de um dos seus elementos, no caso os  seres humanos, como coroação de tudo que neste mundo existe.

WCejnog

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