Na atualidade, a nossa sociedade se torna cada vez mais escrava do mercado, onde a produção e o consumo pretendem determinar os valores da vida humana. Isso afeta todos nós, mas especialmente os nossos adolescentes e jovens. Se de um lado eles são incentivados a entrar na ‘dança’ do mercado e se mostrarem competitivos, flexíveis e criativos (para ter alguma chance de conseguir um emprego), por outro – são vítimas da cultura do consumo: não podem comprar tudo o que lhes é oferecido e anunciado como “indispensável”. Isso gera a insuportável sensação de falta de limites, a insegurança e violência. Esta situação, junto com os outros fatores, reforça o convite para uso de drogas. Assistimos uma violência contra os nosso jovens, adolescentes e crianças. Muitos deles, mais conscientes, organizam-se manifestando o seu protesto. As noticias do mundo inteiro, nos últimos anos (e especialmente nos últimos meses nos países árabes e na Europa), com freqüência exibem as manifestações de estudantes universitários e jovens em geral que estão nas ruas exigindo mudanças e lutando por elas. Fica claro que eles não se contentam com as coisas erradas, com imposições da política e do mercado e com a falta de perspectivas para a vida e para o futuro. A vida, para eles, tem sentido?
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(...) Um fragmento da carta de um jovem de 16 anos enviado a um monge: “Necessito de aconselhamento e preciso de fé; preciso acreditar em alguma coisa, que dê sentido a minha vida. Já faz bom tempo que uso drogas para poder esquecer os problemas. Gostaria de romper com isso, mas fico com medo do que me pode esperar depois. A cocaína me permite esquecer das coisas por pouco tempo. Depois começa, sempre de novo, aquele vazio.(...) Por favor, ajude-me responder a pergunta, por que eu devo viver”.
Pode ser que os jovens busquem respostas para essa pergunta avançando na direção errada. Quando perturbam o trânsito nas cidades, ocupam os prédios públicos, manifestam violência nas manifestações contra certas políticas do Estado, protestando contra o sistema – os jovens demonstram que procuram algo, o que possa enriquecer a sua vida e alargar os horizontes da consciência. Eles lutam por suas expectativas e esperanças da vida, o que é certo e bom.(...)
(KRENZER, F. Taka jest nasza wiara, Paris, Éditions Du Dialogue, 1981, p.17.)
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