Temas diversos. Observar, pensar, sentir, fazer crítica construtiva e refletir sobre tudo que o mundo e a própria vida nos traz - é o meu propósito. Um pequeno espaço para uma visão subjetiva, talvez impregnada de utopia, mas, certamente, repleta de perguntas, questionamentos, dúvidas e buscas, que norteiam a vida de muitas pessoas nos dias de hoje.

As perguntas sobre a existência e a vida humana, sobre a fé, a Bíblia, a religião, a Igreja (sobretudo a Igreja Católica) e sobre a sociedade em que vivemos – me ajudam a buscar uma compreensão melhor desses assuntos, com a qual eu me identifico. Nessa busca, encontrando as melhores interpretações, análises e colocações – faço questão para compartilhá-las com os visitantes desta página.

Dedico este Blog de modo especial a todos os adolescentes e jovens cuja vida está cheia de indagações.
"Navegar em mar aberto, vivendo em graça ou não, inteiramente no poder de Deus..." (Soren Kierkegaard)

terça-feira, 10 de março de 2015

Aplicativos, jogos eletrônicos e problemas de saúde. - Reportagem de Riad Younes. Muito oportuna.


Abaixo, uma curta reportagem de Riad Younes, que aborda a questão de dependência das pessoas do uso de celulares e aparelhos similares. O uso desses aparelhos pode provocar sérios danos, dos quais muitos dos  usuários nem suspeitam.
Mesmo que a reportagem se refere concretamente à situação em outros países, a situação no Brasil, envolvendo adultos e jovens, e especialmente os(as) adolescentes e as crianças é a mesma.
Acho importante que as pessoas tomem conhecimento do perigo e passem a ter mais crítica e auto controle em relação a esses recursos modernos.
A matéria foi publicada na Carta Capital em maio de 2014, e também no site do Instituto Humanitas Unisinos (IHU).
Não deixe de ler.
WCejnóg


IHU - Notícias
Sexta, 09 de maio de 2014

Aplicativos, jogos eletrônicos e problemas de saúde

Multidão tenta tirar fotos do papa Francisco, em Roma, em 3 de maio. O vício em aplicativos e outras novas tecnologias aumentaram recentemente o número de atendimentos em consultórios e pronto socorros ao redor do mundo, por causa das intensas dores nas mãos e nos punhos.

A reportagem é de Riad Younes, publicado por Carta Capital, 07-05-2014.





Eis a reportagem

Mera curiosidade alguns anos atrás, a ocorrência de várias lesões causadas diretamente pelo uso intensivo de jogos eletrônicos e epidêmicos aplicativos de celular.

Basta sentar em um restaurante para ver um fenômeno universal. As pessoas se juntam para um jantar entre familiares e amigos. Alguns poucos minutos após se distribuírem ao redor da mesa, todos, ou quase todos, imediatamente puxam seus respectivos celulares e, silenciosos, enterram seus rostos nas telas dos aparelhos. E, freneticamente, digitam e digitam. Sem parar.

Fico sempre pensando qual seria o motivo de essas pessoas se trocarem, saírem de casa e enfrentarem o trânsito, pagarem muito caro (favor reler os insistentes textos de meu caro vizinho Marcio Alemão) por jantares, se ninguém fala com ninguém. Ou talvez estejam se comunicando através dos celulares.

Esses vícios, entre outros, aumentaram recentemente o número de atendimentos em consultórios e prontos socorros ao redor do mundo, por causa das dores intensas nas mãos e nos punhos. Desde 1990, o dr. R. Brasington descreveu paciente com inflamação intensa nas mãos causada por tendinite, inflamação dos tendões e dos pequenos músculos dos punhos e das mãos, decorrente de abuso de jogos Nintendo.  A síndrome foi intitulada de nintendinite.

Casos e mais casos foram relatados nas últimas décadas, todos relacionados ao uso dos equipamentos de diversão e de comunicação. O dr. J. Boris relatou tendinite recorrente em paciente jogando o Wii, e diagnosticou os primeiros casos de wiite em 2007. Um caso mais extremo de fratura na mão causada por jogo excessivo de Wii foi descrito pelo dr. K. A. Eley.

Todos esses casos foram publicados na prestigiosa revista de medicina New England Journal of Medicine. Poucos dias atrás, a dra. I. M. Fernandez-Guerrero, de Granada, na Espanha, acabou de relatar, na revista The Lancet, o caso de uma médica viciada (e quem não é hoje em dia?) em WhatsApp, que apareceu no pronto socorro com dor insuportável em ambos os punhos.


O desconforto começou de forma repentina, pela manhã, ao acordar. Somados todos os períodos de uso do aplicativo, essa paciente ultrapassava seis horas por dia. Todos os dias. Tratamento recomendado foi de anti-inflamatórios e abstenção total de mexer no aplicativo. Os analgésicos foram tomados, com melhora parcial das dores. A paciente não conseguiu parar totalmente de responder às mensagens de WhatsApp. Para esses casos, provavelmente um bom psiquiatra seria indicação apropriada.



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