Temas diversos. Observar, pensar, sentir, fazer crítica construtiva e refletir sobre tudo que o mundo e a própria vida nos traz - é o meu propósito. Um pequeno espaço para uma visão subjetiva, talvez impregnada de utopia, mas, certamente, repleta de perguntas, questionamentos, dúvidas e buscas, que norteiam a vida de muitas pessoas nos dias de hoje.

As perguntas sobre a existência e a vida humana, sobre a fé, a Bíblia, a religião, a Igreja (sobretudo a Igreja Católica) e sobre a sociedade em que vivemos – me ajudam a buscar uma compreensão melhor desses assuntos, com a qual eu me identifico. Nessa busca, encontrando as melhores interpretações, análises e colocações – faço questão para compartilhá-las com os visitantes desta página.

Dedico este Blog de modo especial a todos os adolescentes e jovens cuja vida está cheia de indagações.
"Navegar em mar aberto, vivendo em graça ou não, inteiramente no poder de Deus..." (Soren Kierkegaard)

sábado, 14 de março de 2015

Deus ama o mundo. – Reflexão de José Antonio Pagola. Bem atual!



Abaixo, uma ótima reflexão, bem concreta e muito atual, do padre e teólogo espanhol José Antonio Pagola sobre o texto Jo 3, 14-21 (A missão de Jesus Cristo). Sem dúvida, quem procura a entender melhor esse texto bíblico, encontrará aqui  uma grande ajuda.
O texto foi publicado no site do Instituto Humanitas Unisinos (IHU).
Não deixe de ler!

WCejnog


IHU – Notícias
Sexta, 13 de março de 2015

Deus ama o mundo

A leitura que a Igreja propõe neste domingo é o Evangelho de Jesus Cristo segundo João 3,14-21 que corresponde ao Quarto Domingo de Quaresma, Ciclo B, do Ano Litúrgico. O teólogo espanhol José Antonio Pagola comenta o texto.


Eis o texto
  

Não é uma frase a mais. Palavras que se poderiam eliminar do Evangelho, sem que nada importante se alterasse. É a afirmação que recolhe o núcleo essencial da fé cristã. “Tanto amou Deus ao mundo que entregou o Seu único Filho.” Este amor de Deus é a origem e o fundamento da nossa esperança.

“Deus ama o mundo.” Ama-o tal como é. Inacabado e incerto. Cheio de conflitos e contradições. Capaz do melhor e do pior. Este mundo não percorre o seu caminho só, perdido e desamparado. Deus envolve-o com o Seu amor por toda a parte. Este fato tem consequências da máxima importância.

Jesus é, antes de tudo, o “presente” que Deus fez ao mundo, não só aos cristãos. Os investigadores podem discutir sem fim sobre muitos aspectos da Sua figura histórica. Os teólogos podem continuar a desenvolver as suas teorias mais engenhosas. Só quem se aproxima de Jesus Cristo como o grande presente de Deus, pode ir descobrindo em todos os Seus gestos, com emoção e satisfação, a proximidade de Deus a todos os seres humanos.

A razão de ser da Igreja, o único que justifica a sua presença no mundo é recordar o amor de Deus. Foi sublinhado muitas vezes pelo Vaticano II: A Igreja “é enviada por Cristo a manifestar e comunicar o amor de Deus a todos os homens”. Nada há mais importante. O primeiro é comunicar esse amor de Deus a todo o ser humano.

Segundo o evangelista, Deus faz ao mundo esse grande presente que é Jesus, “não para julgar o mundo, mas para que o mundo se salve por ele”. É muito perigoso fazer da denúncia e da condenação do mundo moderno todo um programa pastoral. Só com o coração cheio de amor a todos, nós podemos chamar uns aos outros à conversão. Se as pessoas se sentem condenadas por Deus, não lhes estamos a transmitir a mensagem de Jesus, mas outra coisa: talvez, o nosso ressentimento e desagrado.

Nestes momentos em que tudo parece confuso, incerto e desalentador, nada nos impede a cada um de introduzir um pouco de amor no mundo. É o que fez Jesus. Não há que esperar a ninguém. Por que não haverá nestes momentos homens e mulheres bons, que introduzam entre nós amor, amizade, compaixão, justiça, sensibilidade e  ajuda aos que sofrem?  Estes constroem a Igreja de Jesus, a Igreja do amor.


Nenhum comentário:

Postar um comentário